Ao final dos 90 minutos, o placar de Racing e Bragantino apontou 3 x 0 para a equipe argentina. Mas poderia ter sido uma goleada histórica, tamanha a falta de competitividade e compromisso do Massa Bruta.
A equipe está distante daquela que encerrou a temporada de 2024 e pode ser considerada uma caricatura do time que ficou em sexto lugar no Brasileirão.
O conjunto de Pedro Caixinha fez um Campeonato Paulista capenga e conseguiu chegar à semifinal diante da fragilidade dos competidores. Na estreia da Sul-Americana, sofreu em casa para fazer 1 x 0 no fraquíssimo Coquimbo e nesta quarta-feira deu vexame na Argentina.
O Braga tem mostrado um futebol previsível, pouca efetividade, excessivo número de passes errados, transições lentas e um setor defensivo temerário. Os erros mais básicos de marcação têm sido a alegria dos adversários. E isso se repetiu novamente diante do Racing, que logo aos 2 minutos se aproveitou da falha dos zagueiros Douglas Mendes e Luan Candido. Com menos de 20 minutos, o placar já apontava 2 x 0 e, até então, nenhum chute a gol do time de Bragança.
A teimosia do técnico Caixinha em exigir marcação alta dos seus defensores tem sido equivocada em todos os aspectos.
Tanto na etapa inicial, quanto no segundo tempo, o Bragantino pouco produziu e a insistência de manter Thiago Borbas no time titular é algo inexplicável. Lento, pouco combativo, deixa a certeza de que o time joga sempre com dez.
De acordo com as estatísticas do confronto, o Bragantino, durante mais de 90 minutos (considerando os acréscimos) deu apenas 1 chute a gol, o que justifica a péssima atuação coletiva.
Dificilmente vai terminar a primeira fase na dianteira da classificação, já que apenas o melhor colocado avança para a próxima etapa.
Pela terceira rodada, que será em Bragança, no dia 24 (quarta-feira), o Braga recebe o Sportivo Luqueño, do Paraguai.
ATUAÇÕES
Cleiton: Sem culpa nos gols, ainda fez duas boas defesas e vai sofrer muito com a zaga que tem. Nota 6,0.
Nathan Mendes: Ruim na marcação, fraco no apoio ao ataque e lento na recomposição defensiva. Falhou pelo menos em dois gols. Nota 4,0.
Douglas Mendes: Ainda é muito jovem para embarcar nas sandices dos mais experientes. Falhou no primeiro gol. Nota 4,5.
Luan Cândido: O torcedor se pergunta o que esse jogador ainda está fazendo na equipe. Fraquíssimo como lateral e ainda pior atuando como zagueiro. Falhou em dois gols. Nota 3,0.
Guilherme Lopes: Seu futebol até razoável acaba comprometido com a atuação dos companheiros de zaga. Nota 4,5.
Jadsom Silva: A obrigatoriedade de na maior parte do tempo avançar, tem comprometido suas ações defensivas. Nota 5,0.
Eric Ramires: Pouco criou, menos ainda ajudou a defesa e acabou sucumbindo com o restante do meio-campo. Nota 4,5.
Juninho Capixaba: A pergunta é: até quando vai ter que jogar por ele e pelos outros? É incansável, se desloca por todo o campo, mas poucos são os que o ajudam. Acabou expulso. Nota 5,5.
Nacho Laquintana: Figura decorativa no setor ofensivo. Nota 4,0.
Eduardo Sasha: É o que vai para o sacrifício para satisfazer a preferência do técnico por Borbas. Outro que, sozinho, pouco vai realizar. Nota 5,5.
Thiago Borbas: É o ‘queridinho’ do técnico Pedro Caixinha. Com seu futebol pobre, mais atrapalha do que ajuda. Mas o treinador gosta dele. Nota 3,5.
Substitutos: Nenhum destaque, pois o time já era refém de sua própria incompetência. Sem nota.
Pedro Caixinha: Inacreditável que não consiga organizar o sistema defensivo, que excessivamente comete erros básicos. Ora os lançamentos dos adversários acontecem entre a dupla de zaga, ora ela está em marcação alta, sem competência e fôlego para recompor nos contra-ataques. Caixinha, pelo que se viu neste início de ano, tem cometido erros primários e insiste em manter um esquema de jogo previsível. Nota 2,0.
2ª RODADA
RACING 3 x 0 BRAGANTINO
Copa Sul-Americana – Grupo H – 2ª Rodada
Local: Estádio Presidente Perón (El Cilindro), Buenos Aires (ARG)
Data: 10 de abril de 2024 (quarta-feira, 21h30)
Árbitro: Alexis Herrera (COL) – Assistentes: Lubin Torrealva (VEN) e Erizon Neto (VEN) – Árbitro de vídeo: Leonard Mosquera (COL)
Público: 19.826 pagantes – Renda: R$
Cartões amarelos: Almendra e Martirena (Racing) e Juninho Capixaba (Bragantino)
Cartão vermelho: Juninho Capixaba (Bragantino)
Gols: Salas aos 2’, Adrián Martínez aos 19’ e Roger Martínez aos 91’ (Racing)
RACING: Arias; Mura, García Basso e Di Césare; Martirena (Galván), Sosa, Zuculini, Almendra (Conti) e Solari (Urzi); Salas (David González) e Adrián Martínez (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
BRAGANTINO: Cleiton; Nathan Mendes (Vitinho Kiev), Douglas Mendes, Luan Cândido e Guilherme Lopes (Gustavinho); Jadsom Silva, Eric Ramires (Bruninho) e Juninho Capixaba; Nacho Laquintana (Henry Mosquera), Eduardo Sasha (Talisson) e Thiago Borbas. Técnico: Pedro Caixinha.