Embora frenético no primeiro tempo, Bragantino e Bahia fizeram um jogo em que as duas defensivas falharam além do tolerável. Logo no início o Bragantino partiu pra cima do tricolor baiano e chegou a marcar o primeiro gol aos 2 minutos, em chute de Artur que contou com a falha do goleiro Mateus Claus. Só que o VAR entrou em ação e o árbitro, após consulta ao monitor, viu falta no início da jogada e anulou.
Mesmo assim continuou pressionando, com transições rápidas, sempre pelo lado direito do ataque, já que Artur se mostrava em noite inspirada. Se a defesa do Bahia falhava bastante, principalmente na tentativa de sair jogando, aos 15 minutos foi a vez da zaga do Massa Bruta também errar. Numa das raras ações ofensivas dos baianos, em velocidade, Rossi foi derrubado na entrada da área. Na cobrança da falta, Rodriguinho pegou o rebote e cruzou na cabeça de Gilberto, que entre os dois zagueiros (Ortiz e Natan) mandou às redes e abriu o marcador.
Os jogadores ainda comemoravam quando três minutos depois o zagueiro Léo Ortiz perdeu a bola infantilmente para Gilberto, que carregou pela esquerda até a entrada da área, cortou novamente Léo Ortiz e bateu no canto esquerdo de Júlio César, ampliando o placar.
Por sorte, Artur conseguiu, aos 21 minutos, diminuir a vantagem, ao ser acionado pela direita, invadir a área e bater, para novo erro do goleiro Mateus Claus. E o empate poderia ter ocorrido logo depois, em cobrança de falta que o zagueiro Natan cabeceou para as redes, mas em impedimento, o que levou à anulação da jogada. Outras boas chances foram criadas, mas o 2 x 1 permaneceu até o final do primeiro tempo.
A etapa inicial se caracterizou por jogadas em profundidade, principalmente através de ligações longas entre defesa e ataque.
Empate – As duas zagas continuaram a falhar na etapa final e o Bragantino se aproveitou disso para balançar as redes e empatar logo aos cinco minutos. Em cobrança de escanteio, o lateral Luan Cândido subiu mais que a zaga e cabeceou para as redes.
O Bragantino aumentou a pressão e nada permitiu ao Bahia, que não conseguia concatenar jogadas ofensivas. E de tanto insistir o Massa Bruta desempatou aos 23 minutos, através de Cuello, que pelo lado esquerdo do ataque carregou a bola e mandou um lindo chute que entrou no ângulo esquerdo da meta de Claus, virando o placar.
As substituições feitas por ambos os técnicos pouco mudaram o panorama do jogo, exceção feita a Jonas. Quando a vitória do Bragantino parecia definida, o atacante acertou um belo chute da entrada da área, já aos 40 minutos, e garantiu o empate para os baianos, placar que se manteve até o apito final do árbitro.
Apesar da péssima atuação da defensiva bragantina, o time foi melhor durante os 90 minutos, mas não soube garantir a vitória que se desenhou até os últimos minutos.
Confrontos – O Bragantino volta a campo pelo Brasileiro somente no próximo domingo, às 16 horas, quando recebe o Fluminense. Mesmo Fluminense que estará em Bragança dias antes, na quarta-feira, 21h30, para a partida de volta da Copa do Brasil. O Massa Bruta precisa reverter a vantagem de 2 x 0 dos cariocas, construída no jogo de ida, no Maracanã.
ATUAÇÕES
Júlio César: Sem culpa nos gols, foi mais exigido no primeiro tempo.
Aderlan: Sem grande brilho no setor defensivo, desenvolveu melhor futebol quando apoiou o ataque.
Léo Ortiz: Uma jogada imperdoável no segundo gol dos baianos. Dez minutos antes já tinha proporcionado um contra-ataque, também ao sair jogando mal.
Natan: Não fosse a marcação de um gol, anulado pelo árbitro, nem teria sido notado.
Luan Cândido: Defensivamente deixou muito a desejar. Pelo seu setor o Bahia criou boas chances no primeiro tempo. Ofensivamente se houve melhor e fez o gol de empate.
Jadsom Silva: Teve dificuldades em conter as transições rápidas do Bahia, mas aos poucos conseguiu melhorar seu posicionamento.
Lucas Evangelista: Bom primeiro tempo, criador das principais jogadas, mas cansou no final.
Cuello: Sua melhor apresentação. Fim de contrato faz todo mundo correr. Foi participativo e premiado com um belo gol.
Artur: Foi o nome do jogo, principalmente no primeiro tempo. Marcou dois, mas só um valeu. Pelo seu setor o time criou as melhores oportunidades.
Ytalo: Não foi o mesmo de outras partidas. Desta vez não teve ímpeto de goleador.
Pedrinho: Corre bastante, se enrola com a bola, às vezes faltoso e ainda longe do que dele se espera.
Barbieri: O mérito maior foi não inventar. E fez as substituições no tempo certo.
BRAGANTINO 3 x 3 BAHIA
Campeonato Brasileiro Série A – 2ª rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 5 de junho de 2021 (sábado, 21 horas)
Árbitro: Vinícius Gomes do Amaral (RS) – Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Maurício Coelho Silva Penna (RS)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Jadsom Silva (Bragantino) e Matheus Galdezani e Jonas (Bahia)
Gols: Artur aos 21’, Luan Cândido aos 49’ e Cuello aos 67’ (Bragantino) e Gilberto aos 15’ e aos 18’ e Jonas aos 85’ (Bahia)
BRAGANTINO: Júlio César, Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Jadsom Silva, Lucas Evangelista e Cuello; Artur, Ytalo e Pedrinho. Técnico: Maurício Barbieri.
BAHIA: Mateus Claus; Renan Guedes, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick de Lucca (Lucas Araújo), Matheus Galdezani (Jonas), Rodriguinho (Alesson) e Thaciano (Oscar Ruíz); Rossi (Maycon Douglas) e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti.