Durante a semana a reportagem da GB Norte percorreu os bairros São Miguel, Planejada I e Águas Claras verificando denúncias de que vielas, sem condição de passeio, viraram depósitos de entulho. As denúncias não só se confirmaram, como também foram encontrados outros problemas que precisam de reparos urgentes. Esse é o caso de uma viela no Jardim Águas Claras, que tem início na Avenida Luís Gonzaga Leme e liga quatro ruas, Julhio Ramos da Silva, Joaquim Simplício dos Santos, Osvaldo Aparecido Latanzi e Benedito Serbino e tem uma caixa de coleta de água pluvial com a tampa quebrada. A reportagem também esteve em uma viela que liga as ruas Hermelinda Maria da Conceição Messías e Aralto Silva Vilaça, na Planejada I e encontrou um depósito de lixo e entulho. Já no Jardim São Miguel, a reclamação dos moradores sobre a passagem entre as ruas Francisco da Silva Leme e Antônio Lopes da Silva também é o aparecimento de animais peçonhentos, que segundo um morador é causado “pela falta de consciência de pessoas que jogam lixo e entulho aqui”. Em todos eles um ponto em comum: a presença de usuários de drogas. Segundo apurado, a prefeitura através da secretária de Serviços tem feito a limpeza dos locais, porém a maioria dos moradores ouvidos pela GB Note, alegam que a limpeza é feita, mas as sobras das podas ficam espalhadas pelo chão.
Planejada I
São Miguel
Aviela que liga as ruas Francisco da Silva Leme e Antônio Lopes da Silva foi limpa recentemente, segundo o relato de um morador à reportagem da GBN. Porém a passagem é praticamente intransitável, já que ela praticamente é um barranco íngreme. No local a reportagem constatou um pequeno acúmulo de lixo e entulho e resto de podas. “Não adianta eles limpar e deixar o resto das podas aí secando” disse um morador. O mato seco pode pegar fogo facilmente, necessitando apenas de uma guimba de cigarro para ocasionar um incêndio afetando as casas que fazem muro com a passagem. Além disso o morador revelou que um dos vizinhos reclamou da aparição de ratos em sua casa, antes da limpeza do local.
A reivindicação dos moradores é o calçamento e a instalação de iluminação no local, já que, a exemplo do que acontece na Planejada I, o local é frequentado por usuários de drogas, tendo em vista a proximidade do local com uma das biqueiras do bairro, na rua Plínio Dallara, que fica a menos de 200 metros da viela.
Águas Claras
No Jardim Águas Claras a extensa passagem, aparece no mapa do Google como uma continuação da Avenida Oito de Maio, que liga o Henedina Cortez ao bairro, porém, a passagem está mais para área de lazer do que para rua. Sem nenhuma intervenção para que seja uma área de lazer, no bairro a nomenclatura de viela é usada pelos moradores. Aliás a nomenclatura chega a ser elogio para o local. Com chão de terra em toda a sua extensão, cerca de 250 mts, a passagem apresenta buracos, restos de podas, muito lixo e entulho e muitos outros problemas que a GBN elenca abaixo. Em alguns trechos, a reportagem notou que algumas casas fazem frente para a passagem, sendo elas usadas também por veículos desses moradores.
A reportagem esteve no local na quinta-feira, 4, e constatou que já no início da passagem, entre a avenida Luís Gonzaga Leme e rua Julhio Ramos da Silva, uma escada de terra improvisada pelos moradores, alivia o aclive do terreno facilitando a subida dos transeuntes. Em sua sequência, entre as ruas Julhio Ramos da Silva e Joaquim Simplício dos Santos, as guias e sarjetas já não existem, foram quebradas junto com um pedaço do asfalto e toda a água que vem da rua, corre pelo terreno em céu aberto. No final desta passagem, já na rua Joaquim Simplício dos Santos, uma caixa de coleta de água pluvial está com a tampa quebrada, causando risco de queda não apenas de transeuntes que por ali transitam, mas também de crianças que brincam no local. Uma pessoa que passava pelo local, falou com a reportagem e relatou que a tampa está quebrada a um bom tempo. “Isso taí a meses, as crianças vivem correndo por aqui, o dia em que uma delas cair eles arrumam” relatou o morador.
Em continuidade, a passagem liga as ruas Joaquim Simplício dos Santos e Osvaldo Aparecido Latanzi e, além da sujeira e mato, tem uma parte da tubulação e água pluvial exposta. A galeria está a tanto tempo exposta que dá para se ver pelo satélite do Google Maps. Entre a rua Osvaldo Aparecido Latanzi e Benedito Serbino, a passagem está cheia de entulho. Porém, parte da área tem árvores plantadas por moradores, que fizeram um belo jardim, que contrasta com as pilhas de entulho. A reportagem conversou com dois trabalhadores que usam a passagem todos os dias. Eles relataram que o local sempre foi assim e que às vezes ele é limpo. Porém destacaram a falta de consciência das pessoas que jogam lixo e entulho no local. “Eles não entendem que isso prejudica a gente, que passa aqui todo dia”, disse. Um morador disse que o aparecimento de animais peçonhentos como escorpiões é comum quando o acúmulo de entulho é muito grande. Porém, já se acostumaram com o aparecimento de aranhas e outros bichos, por conta da vegetação.
Todas as fontes ouvidas pela GB Norte reivindicam que, se a passagem é uma rua que seja devidamente construída melhorando a infraestrutura e o trânsito do bairro. Mas, se for uma área de lazer que seja estruturada, para que as diversas crianças que brincam pelas ruas do bairro tenham uma estrutura melhor para se divertir e os transeuntes tenham uma passagem mais estruturada e sem riscos. Ambas as alternativas aumentariam a segurança dos transeuntes e moradores do bairro.