A Secretaria de Cultura e Turismo apresenta amanhã (25) , às 10 horas, na Sala de Atos, localizada nas dependências do Centro Cultural Prefeito Jesus Chedid, o projeto “Graffiti & Inclusão: humanização através da arte”.
A capacitação acontece em duas etapas, iniciando com a palestra “Protagonismo: a loucura de ser eu”, ministrada por Márcio Reis (Banguone), e encerrando com workshop de graffiti.
A palestra conta com três módulos: a história do graffiti em São Paulo e no mundo; inclusão: como a arte do graffiti inclui; e sonhos são resistência: como alcancei meus sonhos através da arte.
Às 13h30 o artista promoverá um workshop de graffiti no bairro Vila Aparecida. Para participar da ação é necessário preencher o formulário on-line (https://forms.gle/ryCW48zgBnmBLW4e9).
A qualificação é gratuita, mas a Prefeitura pede que os participantes doem para a campanha social “ingresso solidário”, doando 1 kg de alimento não perecível, exceto sal, que esteja na validade e com sua embalagem original.
Banguone – Nascido em 1979, Márcio Reis iniciou no Graffiti quando era criança fazendo seus primeiros rabiscos nos muros de Itaquera, zona leste de São Paulo, no início de 1990.
Aos 19 anos Banguone foi diagnosticado com daltonismo, passando a entender a razão de não distinguir certas cores. Porém, o artista preferiu manter o daltonismo em segredo, pois sempre sofreu o preconceito de quem não entendia o motivo de não aprender.
Quebrou suas barreiras e se formou como produtor audiovisual, diretor de imagens, cinegrafista e fotógrafo, sem nunca abandonar a arte, que sempre foi o que o motivava. Após alguns anos, ele assumiu o daltonismo pois percebeu que podia fazer tudo aquilo que se propusesse, mesmo com tal deficiência.
Com a bagagem adquirida em suas formações, surgiu a ideia dos “pixels” (ponto eletrônico colorido) e o artista viu que era possível converter a frequência das cores em pigmentação, podendo utilizar até mesmo as cores que não conseguia enxergar, pois era possível senti-las, criando uma metodologia na qual pudesse ensinar arte as pessoas, com ou sem qualquer tipo de deficiência, nascendo assim o projeto: Graffiti – Inclusão através da arte.