Neste ano, Bragança tem registrado a marca de 21 casos de estupro, no período de janeiro a outubro. Os dados constam das estatísticas mensais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).
O resultado só perde na comparação com 2019, quando no mesmo intervalo de tempo foram registradas 28 ocorrências. Em 2018 foram 18 casos, em 2020 mais 14, e no ano passado um total de 15.
No total, nos últimos cinco anos, foram 96 notificações de violência sexual na cidade. Os índices de 2022, se a progressão for observada, deve chegar a 30 casos.
De acordo com especialistas, maior conscientização do tema, legitimidade dos relatos das vítimas e condenação dos acusados por estupro pela Justiça, poderiam contribuir para uma redução no número de casos. Por outro lado, um maior número de denúncias também influencia no resultado obtido.
Vulneráveis – De janeiro a outubro deste ano o estupro praticado contra pessoas vulneráveis (deficientes, menores de 14 anos ou pessoas sem condições de se defender) representa 61,9% dos casos (cerca de 13, de um total de 21).
Os números também são expressivos nos quatro anos anteriores: 11 em 2021, 6 em 2020, 20 em 2019 e 18 em 2018. Nesse particular, de acordo com autoridades da área de Segurança, a visibilidade e conscientização dos adultos envolvidos é que resultaram nos números, e não em aumento real no número de casos.
Onde denunciar – Polícia Miliar – 190 : quando a criança está correndo risco imediato; Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes; Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres, ou pelo app “153 Cidadão”, desenvolvido pela Prefeitura, com espaço destinado à mulheres, através da GCM Guardiã Maria da Penha, com um botão de emergência para as vítimas terem prioridade no atendimento por parte da polícia municipal; Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa; Conselho tutelar, que vai até o local da denúncia, verificam o caso, e já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito. Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia; WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008 ou Disque 180.