O sistema Cantareira, maior reservatório de São Paulo, está em estado de restrição e tem, neste domingo (10), 28,9% da capacidade total de armazenamento de água. De acordo com o ANA (Agência Nacional de Águas), está classificado na faixa de restrição.
Apesar do cenário atual, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) não prevê alteração na operação do sistema, mas revela que está retirando menos água do manancial.
Segundo a companhia informou em nota, a captação é “atualmente de 23 m³/s, inferior ao limite máximo de 27 m³/s autorizado, o que é possível graças à integração com os demais sistemas”.
Nível do Reservatório – Há uma escala para medir o volume útil dos reservatórios. O manancial apresenta estado normal quando o volume é igual ou superior a 60%; estado de atenção com o volume igual ou superior a 40% e inferior a 60%; em alerta, superior a 30% e inferior a 40%; e em restrição, superior a 20% e inferior a 30%.
Isto acontece porque a ANA leva em consideração o nível do manancial no último dia do mês. Uma nova determinação ou a manutenção da atual faixa só será divulgada pela ANA no último dia de outubro e valerá para todo o mês de novembro.
Mananciais – O Cantareira é um dos sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo. Ele é formado por seis reservatórios (Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Águas Claras e Paiva Castro). O índice atual de reservação é o pior dos últimos cinco anos.
Junto com outros seis mananciais do Estado totalizam 37,3% da capacidade para abastecimento da população, segundo dados da Sabesp. Apenas o sistema Rio Grande tem volume considerado normal, com 76,7%, seguido pelo São Lourenço tem agora 52,8%. Os outros registram menos da metade da capacidade: Rio Claro (36,3%), Alto Tietê (39,0%), Guarapiranga (45,2%) e Cotia (47,9%).
Para a Sabesp, com a integração entre os sete sistemas, não há risco de desabastecimento. “Esse sistema integrado permite transferências rotineiras de água entre regiões, conforme a necessidade operacional. Não há risco de desabastecimento neste momento, mas a companhia reforça a necessidade do uso consciente da água”.
Ainda de acordo com a Sabesp, a projeção para a região metropolitana de São Paulo indica “níveis satisfatórios dos reservatórios com as perspectivas de chuvas do final da primavera e início do verão, quando a situação será reavaliada”.
A empresa lembrou também que a queda no nível das represas é normal nesta época do ano devido ao período de estiagem e ao volume baixo de chuvas. (Foto: Agência Brasília)