Frase:
“Não é o diploma médico, mas a qualidade humana, o decisivo. ” (Carl Gustav Jung)
CRIME AMBIENTAL
O Ministério Público de São Paulo (MP) ajuizou ação solicitando a demissão de toda a diretoria da CESTEB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A decisão do MP baseou-se no fato da agência ter concedido mais de 4 mil licenças ambientais sem as necessárias vistorias durante a fase da pandemia.
Trata-se, no meu entender, de um cheque em branco irresponsavelmente dado a empreendedores que atuam em áreas sujeitas a inspeção normativa necessária para que a prefeitura e outros órgãos públicos autorizem ou não o início da obra.
EM BRAGANÇA
Em nossa cidade é comum que alguns empreendedores não considerem a importância da preservação do meio ambiente e das áreas protegidas. Ao longo de minha carreira denunciei dezenas de situações graves, inclusive a obra de construção e ampliação do Fórum local, edificados em uma área de nascentes e brejo. Outras tantas obras privadas exigiram a ação da fiscalização por terem sido executadas em áreas de preservação permanente, com nascentes e cursos d’água, etc. Algumas delas, embora a justiça tenha agido, funcionam até hoje sob liminar, como é o caso do supermercado Convém.
CULPA DO MENSAGEIRO
Normalmente quando a imprensa cumpre o seu papel de ser o Sentinela da Nação, como profetizou Rui Barbosa, em muitos casos o mensageiro (Imprensa) é penalizado. Basta levantar no Jus Brasil os exemplos disso, principalmente sobre a Gazeta Bragantina.
Por outro lado, alguns crimes ambientais são minimizados pelo próprio Poder Público por meio de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), como se esse instrumento jurídico, que acho uma excreção (em casos ambientais), fosse a mão Divina da reconstrução da natureza. O TAC invariavelmente favorece o infrator ambiental quando ele devasta áreas, desvia curso natural de rios, destrói vegetação nativa, vegetação ciliar, assassina nascentes, etc. Um TAC não recupera rios, nascentes, matas devastadas ou áreas de preservação permanente.
Não vou listar aqui os empreendimentos denunciados e que cometeram crimes ambientais ao destruir ou modificar, para pior, a natureza. Com certeza, nesse rol, tem até escolas que deveriam agir de forma inversa.
PANDEMIA
O Brasil reclama a falta de profissionais da saúde. Médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros, etc., não se encontra no mercado para atender as vítimas da pandemia.
Obviamente há profissionais que agem em outras áreas da medicina que não se propõem (por escolha) atuar na pandemia, como aqueles voluntários se propõem em situação de guerra e fome, a exemplo da instituição Médicos Sem Fronteiras.
Acredito que, na situação extrema reinante no País, equiparada a outros tipos de guerra, o governo deveria convocar todos os profissionais de saúde que não estão na linha de frente do combate ao coronavírus, de forma escalonada, para que deem sua contribuição ao País e à humanidade.
EXEMPLO
Porque faltam médicos e outros profissionais de saúde? Numa análise bem simplista, um dos motivos, acredito, seja o alto custo de uma faculdade de medicina, de enfermagem, etc. São cursos que privilegiam os que tem recursos, elitizados, que só milionários conseguem pagar.
O governo deveria atentar para esse detalhe importante que deixa milhares de pessoas com o dom da profissão privadas de exercer a doação humanitária que carrega desde nascença. Não sejamos hipócritas em acreditar que esse inferno pandêmico que vivemos será o único. Outros virão e mais profissionais de saúde faltarão se o governo não abrir as portas das faculdades para formação de verdadeiros agentes de preservação da espécie humana.
Como diz um amigo, há médicos e profissionais da saúde. E isso nos faz refletir sobre a frase de Jung, que abre a Coluna de hoje.
VERBORRAGIA
Se Bolsonaro e Lula já trocavam ‘amabilidades’ antes e durante a prisão do petista, com maior ênfase agora que ele ameaça se candidatar, a bola da vez é o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, que também é candidatíssimo à presidência da República no ano que vem. E pelo último discurso, seu alvo preferido é o ex-presidente. E a primeira frase que soltou, no último domingo, ecoou Brasil afora: “Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança”.
‘DINHEIRINHO!’
Pelo que se viu, leu e assistiu até aqui, uma saída para Bolsonaro acabar de vez com os problemas no Brasil é separar um ‘dinheirinho’, coisa entre R$ 2 e R$ 3 bilhões. Extermina até com a pandemia do dia para noite. Basta dividir essa grana com o Grupo Globo, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo, a revista Veja e outras mídias, que estará vivendo no paraíso. O que se vê, por enquanto, é uma guerra imunda entre a mídia, a esquerda e o governo, que tem todos os sintomas de ser mais letal que a própria pandemia.
EXPECTATIVA
A classe política está torcendo muito para que a pandemia seja logo controlada. Só assim poderão sair Brasil afora atrás de votos, pois 2022 é ano de eleição. Sem ficarem impedidos de visitar prefeitos e vereadores, a reeleição fica mais distante. Assim como a eleição dos marinheiros de primeira viagem.