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Home Policial

Feminicídio: Mulher é espancada e morta; namorado assume o crime

por Jonathan Alberti
fevereiro 16, 2021
no Policial
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Feminicídio: Mulher é espancada e morta;  namorado assume o crime

Fiat/Uno pode ter sido onde a vítima foi espancada pelo companheiro. Carro estava com o vidro traseiro do passageiro quebrado Foto: Jonathan Alberti/GB

Atualizada às 9h48

Na sexta-feira (12), Vanessa Silva Nascimento, de 28 anos, foi vítima de feminicídio no bairro do Campo Novo. O autor foi seu namorado Marcelo Ap. Eusébio, de 30 anos, que confessou o crime. Vanessa chegou a ser socorrida com vida pelo Resgate do Corpo de Bombeiros, porém segundo Boletim de Ocorrência, ela deu entrada no hospital com hematomas no rosto e corpo e com parada cardiorrespiratória, não resistindo a gravidade dos ferimentos. No dia dos fatos, a PM apurou que ela teria sido vítima de roubo juntamente com Marcelo.

Os policiais tentaram localizá-lo para esclarecer os fatos e ele não estava em sua casa. Porém, na manhã de segunda-feira (15), Marcelo foi até a Delegacia de Defesa da Mulher e confessou o crime, porém não sabe dizer como a matou. Ele alegou estar alcoolizado e sobre efeito de drogas e que em determinado momento ele e Vanessa discutiram e ele a agrediu, porém diz não se lembrar o quanto e qual a violência do ataque. Marcelo ainda disse que estava escondido no mato após o crime.

O carro de Marcelo, um Fiat/Uno, prata, placas locais, BLT-6690, pode ter sido o local do crime e foi apreendido para ser periciado. O carro tinha marcas de mãos do lado de fora e o vidro traseiro do lado do passageiro estava quebrado, possivelmente enquanto a vítima se defendia. A reportagem da GB apurou preliminarmente que o veículo possivelmente foi o local onde Vanessa foi espancada pelo companheiro e que ela teria resistido a agressão enquanto, possivelmente, era esganada durante a briga. “O fato é que foi ele que agrediu a vítima e da agressão ela veio a óbito” explicou, Dra. Denise Jordão de Toledo, titular da DDM.

A delegada indiciou Marcelo por feminicídio e pediu a prisão temporária que foi decretada pela Justiça por 30 dias. Dra. Denise ainda relatou que as investigações continuam e que espera os laudos periciais tanto do veículo, quanto o necroscópico para concluir o inquérito em 30 dias, quando terá a validade da prisão temporária. Após esse período a prisão pode se tornar preventiva.

Morte suspeita – A morte de Vanessa foi registrada como morte suspeita, diante das circunstâncias apresentadas ao delegado de Plantão. Segundo Boletim de Ocorrência, por volta de 11h da manhã de sexta-feira (12), Policiais Militares foram informados que o resgate do Corpo de Bombeiros havia socorrido uma mulher, até então com identidade desconhecida, em frente ao motel Viper, na Rod. Alkindar Monteiro Junqueir, e levada para o Hospital Universitário. Prontamente os PMs foram até o hospital sendo informados que a mulher estava inconsciente e que supostamente teria sido vítima de roubo, informação essa recebida pelos socorristas do Corpo de Bombeiros e passada ao hospital. Os policiais solicitaram que o Hospital os avisasse sobre a evolução do quadro da mulher e por volta de 16h eles foram comunicados que ela havia falecido.

Os policiais retornaram ao hospital e apuraram que a mulher deu entrada no hospital com vários hematomas no rosto e corpo e já em parada cardiorrespiratória, acabando por evoluir para óbito. Enquanto os policiais estavam no hospital colhendo informações, ali chegou uma mulher, dizendo ser sogra da vítima, identificando-a como Vanessa Silva Nascimento, de 28 anos.

Ela relatou aos policiais que Vanessa e o filho tinham saído na noite anterior para pescar, retornando à residência na manhã seguinte, dizendo que tinham sido roubados enquanto namoravam no interior do veículo do casal, que estava estacionado no acostamento da rodovia. Diante do estado de Vanessa, a mulher teria acionado o Corpo de Bombeiros e pedido a um vizinho que a levasse até um ponto no bairro para encontrar o socorro, razão pela qual ela tinha sido socorrida como desconhecida. Ela não soube explicar porque o filho não acompanhou Vanessa até o hospital. Os policiais então acompanharam a mulher até a casa onde reside o filho, mas ele não foi localizado, assim como o carro e alguns pertences. O corpo de Vanessa foi encaminhado ao IML para exames necroscópicos.

Tags: bragançabragança paulistaconfissãocotidianoDDMDelegacia de Defesa da MulherespancamentofeminicídiomortepolíciaPolícia CivilSeccional Bragança Paulista

Jonathan Alberti

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