A cada ano que passa, a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente em Bragança Paulista parece cada vez mais um capítulo de uma história de terror. Como exemplo, as lambanças, cada vez maiores e desavergonhadas realizadas pela Associação dos Proprietários do Loteamento Residence Euroville parece não ter fim. Tem sido comum a todo ano, uma inusitada novidade da Associação do Euroville, que degrada e decompõe o abalado meio ambiente bragantino.
Dessa vez foi a atabalhoada obra de complementação do sistema de drenagem do Euroville que, a cargo dos entendidos diretores da Associação do Euroville, acabou por lançar a céu aberto, sem nenhum sistema de controle, águas volumosas e destrutivas dentro da Área Institucional do Loteamento.
A Associação do Euroville executou obras de drenagem que lançam águas destruidoras no interior da Área Institucional do Loteamento, que pertence à Prefeitura. Essa obra tem causado grande processo erosivo, formando verdadeiras voçorocas na área pública e levando todo esse sedimento para a bacia do ribeirão Lavapés, através do ribeirão do Caete, que é considerado crime ambiental.
E se a coisa já parece feia para o Meio Ambiente, pode se ter certeza, que nas mãos dos irreverentes diretores da Associação do Euroville, poderia ficar muito pior. E ficou.
A mesma Área Institucional vítima da erosão causada pelas obras da Associação , foi também assolada recentemente por intenso incêndio, causando a destruição de toda vegetação em franca regeneração ali presente. Esse fogo atingiu também o sistema de lazer desse loteamento, e apesar do Decreto de Fechamento conseguido pela Associação , que a obriga a zelar e cuidar dessa área, a mesma nada fez. Nem mesmo se utilizou de todo sistema de combate a incêndio que a entidade possui. Uma lástima que mostra, uma vez mais, o desleixo e o descaso com o Meio Ambiente, que ela se obrigou a zelar, e não fez nada.
Por outro lado, a mesma Associação continua insistindo nas insidiosas placas que tem colocado e mantido em algumas áreas verdes no entorno do condomínio em franca anunciação enganosa. São placas que indicam serem essas áreas, protegidas e recuperadas pela “benevolente” Associação do Euroville. Acontece que na verdade não são recuperações de áreas degradadas (como indicam as falsas placas) nem ao menos a Associação é protetora ambiental, pois esses plantios que ela realiza nessas áreas é, na verdade, por Compensação Ambiental de crimes que ela mesmo cometeu, ou seja, está pagando ,como pena ,pelos danos que foram cometidos como contra partida por crime ambiental. Nada de benevolência nessa história. Só insídia e falsidade ideológica, exposta descaradamente em placas públicas.
E continuando na agressão ambiental, a Associação continua a cortar as árvores plantadas pela Loteadora, destruindo premeditadamente a arborização do loteamento. Se ao menos plantassem outra árvore no lugar mas, nada. O loteamento em breve ficará sem praticamente nada de árvores. Essa é a contribuição da entidade para o bem-estar dos moradores do loteamento, na questão ambiental. A arborização das vias é obrigação legal conforme o decreto de fechamento no. 2267/16.
O início do vil projeto da eliminação das árvores do loteamento, as quais foram plantadas pela Loteadora, atendendo a legislação municipal, foi praticada em grande escala, sob a falsa alegação de que as árvores eram particulares. Na seqüência, impedida de dizimar as árvores, a Associação do Euroville iniciou a prática criminosa de podas drásticas que, na seqüência, acaba matando a árvore. Porém, todos esses atos, caracterizados como crimes ambientais, foram “resolvidos com brandos TACs (Termo de Ajustes de Conduta) onde a Associação se obrigava, como punição, a plantar outras árvores em locais determinados pela Prefeitura. Porém, por falta de atenção da Secretaria do Meio Ambiente, deixou a Associação do Euroville de replantar as árvores no loteamento, de onde elas foram criminosamente suprimidas, contrariando a legislação ambiental municipal, que exige a arborização das vias públicas.
O que chama a atenção é a forma, invariavelmente insidiosa de agir, registrada nas falsas placas, como marca registrada da Associação do Euroville, “comandada” em caráter vitalício por um ex-presidente que se ocupa atabalhoadamente, em administrar condomínios.
O assoreamento do Lago do Orfeu, a colocação irresponsável e inconsequente de um depósito e transbordo de lixo do lado do Booster da Sabesp, a concretagem de Áreas de Proteção Ambiental, e outras tantas peripécias de igual quilate, compõe um currículo desmerecedor e irreverente da citada Associação, até quando não se sabe, pois, o cargo de diretor presidente tem o caráter “vitalício” na concepção da diretoria.
De forma lamentável os defensores públicos do meio ambiente, talvez desatentos, permitem o sucesso e a continuidade dos crimes ambientais em nossa cidade, já denunciadas amplamente na edição no. 3113 de 28 de maio de 2016. (Matéria completa ao fim do texto*)
Acontece que a falta de controle das podas necessárias e obrigatórias a cargo da Associação do Euroville leva conseqüentemente ao gigantismo das árvores, o que as condena em cortes futuros. Parece ser esse o objetivo criminoso, e estratégia maligna da Associação do Euroville para a eliminação completa da arborização das ruas do loteamento.
Segundo se comenta entre condôminos e proprietários, o presidente de fato da Associação do Euroville continua sendo um ex-presidente, que mora em Minas Gerais e que pode estar dirigindo a entidade a distância por via WhatsApp e e-mails , tendo como gerente geral, pessoa próxima de seu relacionamento em caso explícito de nepotismo funcional. Teoricamente, segundo associados, o então presidente de “direito” Sr. Alexandre Palomo, exerceria o cargo como se fosse uma “Rainha da Inglaterra”.
Enfim, mais um capítulo da trágica novela caracterizada na irreverência e desobediência da malfadada diretoria da Associação do Euroville, que vem, desde muito tempo, praticando atos reprováveis e repreensíveis, que pode ser sintetizado nas palavras do sr. Secretário Municipal de Planejamento de 2011, que diz: “As irregularidades urbanísticas promovidas pela Associação do Euroville ferem a legislação municipal, em especial o Código de Obras – Lei 1146/71; e o Código de Urbanismo – Lei 556/07 e o Plano Diretor – Lei Complementar 534/07.
Em outro caso antigo, embora plenamente divulgado pela GB, áreas verdes do loteamento Santa Helena, continuam invadidas e privatizadas pelos proprietários dos lotes vizinhos, e nada de eficaz se consolidou pela defesa da área pública.
Então, no dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado ontem, Bragança Paulista tem pouco a comemorar e muito a cobrar.