A secretária de Saúde Marina de Oliveira, defende enfaticamente as medidas de isolamento utilizadas na cidade e em todo o Estado de São Paulo, conforme orientações da OMS. Marina diz que a prevenção é a única maneira efetiva de combater a transmissão do vírus evitando assim mais doentes e sobrecarga do sistema de saúde. Para as autoridades de saúde e sanitárias para prevenir é necessário o isolamento social e se habituar a seguir as orientações de higiene, entre elas a mais básica que é lavar as mãos de forma correta, não compartilhar objetos, se precisar sair, manter distanciamento das pessoas, ao tossir ou espirrar cobrir a boca com lenço ou com o braço, são ações básicas e fundamentais.Em seu pronunciamento diário Marina informou que Bragança, até ontem, contava com 69 casos notificados de covid-19, destes 10 já foram descartados, sete foram confirmados por laboratório particular e 52 aguardam resultados dos exames. Estão internados em UTI 12 pacientes entre 34 e 79 anos, destes 50 % tem mais de 60 anos, 25% mais de 50 e os outros 25% mais de 30. Estão em leito de enfermaria 11 pacientes, sendo que uma delas era paciente de UTI e apresentou melhora agora está na enfermaria, e os demais casos suspeitos estão em isolamento domiciliar. Oito casos foram notificados ontem no final do dia, e mais uma morte ocorreu sob suspeita de covid-19, um homem de 59 anos. Sobre os casos notificados não foi informado se estão internados ou isolamento domiciliar, o que foi divulgado é que são cinco mulheres, três homens entre 20 a 63 anos.Isolamento social – Em coletiva de imprensa na manhã de ontem o diretor do Instituto Butantan e um dos membros do Centro de Contingência do Coronavírus no estado de São Paulo, Dimas Covas, enfatizou que as medidas de isolamento utilizadas tanto no estado quanto na capital, estão dando resultado, diminuindo a taxa de contaminação do covid-19. As medidas começaram a ser implantadas no dia 13 de março, com a suspensão das aulas, e no dia 24 de março com a publicação do decreto da quarentena até, pelo menos, o dia 7 de abril. Com essas medidas “Houve redução na taxa de contaminação. Antes das medidas, era um indivíduo infectado transmitindo para seis indivíduos da população. Após as medidas, isso caiu de um [infectado transmitindo] para dois”, falou.“Em uma situação em que não houvessem sido tomadas as medidas, a epidemia, já no começo de abril, começaria a se aproximar de seu pico e exigiria a criação de 20 mil leitos só no município de São Paulo, sendo 14 mil leitos hospitalares e 6,5 mil de UTI. Com as medidas [de isolamento social], a projeção entrou dentro do que é disponível. Assim vamos ter, em abril e em maio, capacidade de atendimento se essas medidas continuarem, ou seja, não estaremos sobrecarregando o sistema de saúde”, acrescentou Covas. O diretor ainda falou que projeções feitas por institutos internacionais previa, para São Paulo, 277 mil mortes nos próximos 180 dias caso nenhuma medida de contenção fosse tomada. Com as medidas, disse ele, isso já cai para 111 mil. “O estado de São Paulo mostra a importância de se manter essas medidas. Temos que implementar essas medidas para que isso caia mais acentuadamente”.No estado de São Paulo até ontem eram 1.451 casos confirmados e 98 mortes. O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, disse que 206 pessoas estão internadas em unidades de terapia intensiva em todo o estado e que o no dia anterior esse número era de 174 pacientes internados em UTI.Nas enfermarias, com pacientes internados em estado leve, são 258 pessoas em todo o estado, no dia anterior era 265 pacientes. Segundo Germann, a maioria dos países apresenta crescimento em torno de 33% no número de casos confirmados de coronavírus a cada dia, ou seja, o número dobra a cada três dias. Em São Paulo, qdisse que desde o dia 23 de março, não houve nenhum dia em que o número de casos chegou a atingir o patamar de 33%.