Depois de um mês, o Bragantino voltou a jogar um bom futebol e derrotou o Fortaleza na noite de sábado (13) no Estádio Nabi Abi Chedid, por 3 x 0. Alguns fatores contribuíram para essa retomada depois de três derrotas consecutivas: a volta do capitão Léo Ortiz, que organizou todo o sistema defensivo; o retorno do meia Praxedes, que é melhor articulador que todos os outros que estiveram investidos na função durante sua ausência; e o técnico Barbieri ter escalado três atacantes para enfrentar um adversário que jogou com três zagueiros.
A necessidade de ainda brigar por uma vaga direta na Libertadores fez com que os jogadores se empenhassem desde o apito inicial do árbitro e fizessem marcação alta, o que não vinha ocorrendo. O primeiro gol, logo aos 3 minutos, em lançamento de Aderlan para Helinho, que concluiu com sucesso, contribuiu muito para dar tranquilidade ao time. O Fortaleza acusou o golpe logo de cara e tinha dificuldades em construir ações ofensivas, embora o goleiro Cleiton, em duas oportunidades, ao tentar sair jogando, quase complica o bom futebol que a zaga realizava.
Dono das ações, criando mais, jogando com rapidez, inclusive com a volta dos lançamentos longos e precisos de Léo Ortiz, o Bragantino chegou ao segundo gol aos 14 minutos, com nova participação de Helinho, que lançou para Ytalo dentro da área. O artilheiro antecipou-se à marcação e tocou sem chance para o goleiro Marcelo Boeck. O primeiro tempo foi de total domínio do time da casa.
Etapa final – Na volta do intervalo o Bragantino relaxou a marcação no campo adversário e deu espaço para que o tricolor cearense articulasse melhor suas jogadas ofensivas. Esse domínio dos comandados de Vojvoda durou até aos 10 minutos, quando o Massa Bruta voltou a marcar alto e bloquear o meio-campo adversário. E Helinho, aos 14′, participou da jogada do terceiro gol. Ao receber lançamento na entrada da área, pela esquerda, deu um ‘chapéu’ no zagueiro Titi que, com o braço, o acertou no rosto, e resultou na marcação do pênalti. Artur foi para a cobrança e assinalou o terceiro gol, que seria o placar definitivo.
Foi visível o comando de Léo Ortiz na organização da defesa, o recuo de Eric Ramires para ajudar Jadsom na marcação e os avanços dos dois laterais (Edimar e Aderlan) no auxílio ao ataque com eficiência, ações não vistas nos jogos anteriores.
O Bragantino volta a campo na terça-feira, às 18 horas, para enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre. Com a decisão do título da Copa Sul-Americana, marcada para o próximo sábado, é quase certeza que o técnico Maurício Barbieri vai poupar os titulares. Cleiton, Praxedes e Jadsom Silva, por força do terceiro cartão amarelo, estão fora.
ATUAÇÕES
Cleiton: Voltou a usar os pés para sair jogando, o que não é seu forte. Quase se complica em dois lances dentro da pequena área. Nota 6,5.
Aderlan: Começou bem no apoio ao ataque, foi o garçom do primeiro gol e na etapa final mostrou desgaste. Nota 7,0.
Fabrício Bruno: Se sentiu mais confortável com a presença de Léo Ortiz na zaga. Não comprometeu. Nota 6,5.
Léo Ortiz: É imprescindível a sua presença no time titular. Antecipou jogadas, cobriu as duas laterais, bem posicionado e voltou a fazer lançamentos longos e precisos. Nota 8,0.
Edimar: Foi participativo no apoio ao ataque e não teve maiores complicações na recomposição da defesa. Nota 7,0.
Jadsom Silva: Mais plantado no meio-campo, rendeu melhor e ainda arriscou alguns chutes a gol. Nota 7,0.
Eric Ramires: Foi importante na ajuda a Jadsom no combate ao meio-campo adversário. Nota 6,5.
Praxedes: Voltou ao time depois de longo período machucado, sentiu esse retorno, mas fez boas jogadas ofensivas. Nota 6,5.
Artur: Sumido no primeiro tempo, foi melhor na etapa final e cobrou o pênalti como se deve. Nota 7,0.
Ytalo: Artilheiro nato, não desperdiçou a chance que teve. Também foi importante nas jogadas mais agudas. Nota 7,0.
Helinho: Há muito tempo não jogava bem. Foi o nome do jogo com um gol e participação nos outros dois. Nota 8,5.
Barbieri: Desta vez escalou o que tinha de melhor e acertou no esquema escolhido para enfrentar um time difícil e perigoso como o Fortaleza. Nota 7,5.
Pedrinho: Entrou na etapa final e é um dos poucos reservas que podem jogar. Nota 6,5.
Luciano: Ainda é novo e precisa de mais tempo para se adaptar ao futebol que o time pratica. Não comprometeu. Nota 6,5.
Alerrandro e Weverson: Entraram já no final e sem tempo para qualquer ação mais efetiva. Sem nota.
BRAGANTINO 3 x 0 FORTALEZA
Campeonato Brasileiro Série A – 32ª rodada
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 13 de novembro de 2021 (sábado, 19 horas)
Árbitro: Rafael Traci (SC) – Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Johnny Barros de Oliveira (SC)
Público: 1.978 – Renda: R$ 53.510,00
Cartões amarelos: Cleiton, Praxedes e Jadsom Silva (Bragantino) e Bruno Mello, Lucas Lima, Depietri e Matheus Jussa (Fortaleza)
Gols: Helinho aos 3′, Ytalo aos 14′ e Artur (p) aos 66′ (Bragantino)
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Edimar; Jadsom Silva, Eric Ramires (Luciano) e Praxedes (Pedrinho); Artur, Ytalo (Alerrandro) e Helinho (Weverson). Técnico: Maurício Barbieri.
FORTALEZA: Marcelo Boeck; Tinga, Titi e Benevenuto; Yago Pikachu, Éderson (Ronald), Felipe (Matheus Jussa), Lucas Lima (Matheus Vargas) e Bruno Melo; Ángelo Henríquez (Igor Torres) e Depietri (Edinho). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.