Com base em dados da Fundação Seade, Bragança registrou queda no número de nascidos a cada mil habitantes nos últimos 21 anos. Levantamento realizado pela reportagem levou em consideração o período em que a Fundação começou a divulgar dados relativos à taxa de natalidade, no ano de 2000.Por outro lado, esses números revelam que a cidade está ficando mais velha em razão do aumento da longevidade da população, o que reduz o número de nascimentos.
Essa taxa de natalidade foi reduzida na cidade: de 18,39 nascidos vivos a cada mil habitantes em 2000, para 12,47 no ano passado, acima da média do Estado, que é de 11,64%. A queda foi de 32,2% no período analisado.
Envelhecimento – Bragança vê a sua população envelhecer, hoje com índice de 89,90%, também de acordo com dados da Fundação Seade, índice esse acima da média registrada no Estado, de 83,89%.
Dados de 2021 mostram que a cidade tinha 26.795 pessoas na faixa etária acima de 60 anos. Há dez anos, em 2011, eram 19.171, crescimento de 28,50%.
Na comparação com as cinco maiores cidades da região, Bragança fica na quarta colocação. Socorro tem o maior índice de envelhecimento, 129,16%, Amparo vem a seguir com 117,28%, Piracaia (95,11%) e Atibaia (82,89%).
O índice de envelhecimento é a razão entre os componentes etários extremos da população, representados por idosos e jovens. Valores elevados desse índice indicam que a transição demográfica se encontra em estágio avançado.
Projeção – Médicos e analistas apontam que considerável parcela de pessoas idosas está vivendo mais, consequência do acesso a melhores condições de vida. Mas isso também significa maiores gastos com saúde pública e uma inversão da pirâmide etária, com mais idosos do que jovens, o que também vai impactar a Previdência Social.
Projeções da Fundação Seade mostram que Bragança terá 34.481 idosos em 2030, crescimento de 22,3% em relação a 2021, e que chegará a 2050 com um total de 53.393 pessoas com idades acima de 60 anos.