LUZ VERMELHA (I)
Três partidas, três derrotas, nenhum gol marcado e cinco sofridos. Com esse retrospecto a luz vermelha se acendeu no Bragantino e se algo não for feito rapidamente para estancar essa sangria, a coisa pode desandar de vez. É fato que alguns titulares ausentes tem feito muita falta. Mas não é menos verdade que os reservas estão muito aquém daquilo que se imagina para um time que quer estar entre os melhores do País.
FRAQUÍSSIMOS!
Exemplos definitivos: Ytalo é o atacante titular e artilheiro do time. Quando não joga, disputam o seu lugar Alerrandro, Gabriel Novaes e Jan Hurtado. Algum deles conseguiu se efetivar na função ou foi destaque em alguma partida? Fraquíssimos! Quando Léo Ortiz não está em campo, que são seus reservas? Natan, Léo Realpe e raramente, até mesmo entre os reservas, César Haydar. Fraquíssimos! Quando ausente, quem substitui Aderlan? Weverton ou Rafael Luís. Fraquíssimos! E há muitos outros exemplos.
IMPROVISOS
O técnico Maurício Barbieri, de uma hora para outra, resolveu improvisar seu meio-campo e os resultados foram negativos. Quando lançou mão de Pedrinho, diante do Cuiabá, e o time rendeu bem e esperava-se sua efetivação na equipe titular. Mas isso não ocorreu. Inexplicavelmente Barbieri não só o colocou na reserva, como escalou dois atacantes para a função de terceiro homem do meio-campo. Os resultados foram o que todos viram.
GANHAR OU GANHAR
O adversário de amanhã no Nabizão é o Fortaleza. O time cearense tem a mesma pontuação do Braga, porém realizou uma partida a menos. Ou seja, se vencer em Bragança e o jogo atrasado, abre seis pontos para o time de Barbieri. Hoje, o tricolor cearense é o quarto e o Bragantino o quinto colocado. Ou seja, é ganhar ou ganhar amanhã à noite.
PRESENÇA
Se o torcedor cobra o time quando a coisa não vai bem, é preciso que ele faça a sua parte e compareça aos jogos. Exceção feita ao jogo contra o São Paulo (4.345 torcedores), a presença de público no Nabi Abi Chedid é decepcionante. Contra o Athletico Paranaense foram 1.701 pagantes. Antes, contra o Sport, 931 testemunhas. Diante do Atlético-GO, 971 presentes. Para quem gosta de estatística, nos anos 1960 o Bragantino levava de 4 mil a 8 mil torcedores em seus jogos. E naqueles tempos a cidade tinha a metade dos habitantes que tem hoje e disputava o Paulista Série A2 e apenas uma vez esteve na série A1. E tem torcedor que reclamou da diretoria do clube, quando foi dito que a reforma do estádio vai ensejar uma capacidade de 16 mil lugares. Pra que mais?
RENOVOU
O goleiro Júlio César, o mais experiente do elenco, renovou seu contrato com o Bragantino até o final de 2022. Nada mais justo pelo que já fez em favor da equipe, desde os tempos de Red Bull Brasil.
REI DO AMARELO
Com o cartão amarelo recebido diante o Santos, o volante Jadsom Silva soma 11 no Brasileirão. É de longe o mais ‘amarelado’ da equipe. A se considerar que entrou em campo 21 vezes, das quais 15 como titular e 6 no decorrer das partidas. A esses 11 cartões somam-se mais dois: 1 na Sul-Americana e outro no Campeonato Paulista. Desfalcou o time em três partidas, por suspensão. Gosta muito da cor amarela o volante.
CIGANO
Pelo andar da carruagem o futebol brasileiro tem mais um técnico cigano. Depois de boa passagem pelo América de Minas Gerais, Felipe Conceição não conseguiu realizar bom trabalho por onde passou. Mesmo com excelente infraestrutura não deu certo no Bragantino, onde sua maior proeza foi transformar Claudinho em reserva; foi para o Guarani de Campinas e largou o clube para assumir o Cruzeiro, e também deixou o clube mineiro em meio à competição para assumir o Clube do Remo, de onde foi demitido esta semana por um trabalho bem abaixo do esperado. Um currículo nada ‘invejável’ em pouco mais de um ano.
BRIGA DE FOICE
A briga pelos quatro primeiros lugares no Brasileirão Série B, que dá direito a disputar a elite do futebol nacional no ano que vem, deve acabar somente na última rodada. Sete equipes (Botafogo, Coritiba, Avaí, Goiás, CRB, Guarani e CSA) tem chances de ficar com as vagas. Equipes de mais tradição (embora isso não seja garantia de nada) ficaram pelo caminho: Vasco da Gama, Cruzeiro, Náutico, Ponte Preta e Vitória vão amargar mais um ano de Série B. E se não chega a ser surpresa, é no mínimo curioso que os dois rivais alagoanos estejam brigando para subir. Do jeito que a coisa vai, não dá para cravar quem serão os quatro novos integrantes da Série A em 2022.