Tratativas foram iniciadas pela Prefeitura para aquisição do prédio, que por muitas décadas foi sede do Preventório Imaculada Conceição, considerado patrimônio histórico da cidade localizado no Centro.
O chefe de gabinete José Galileu de Matos e a arquiteta Jéssica Oliveira Conceição, discutiram o tema em reunião com representantes da Fundação Vida e Esperança, Rosene Biazon, diretora geral, Paula R.D. Unger, Coordenadora Administrativa; Adalberto de Jesus da Silva, advogado; e Ricardo Borges, Consultor Estratégico.
Após a desativação do Preventório, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Bragança Paulista (CONDEPHAC), órgão municipal responsável por definir política de defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade, tombou o prédio declarando-o patrimônio público. O prédio, atualmente desativado, é administrado pela Fundação Vida e Esperança (FVE), que é a nova denominação da Fundação Obra de Preservação dos Filhos de Tuberculose. A FVE, que é gerida com o Instituto Claré, missionários claretianos, é uma congregação católica que está instalada há mais de 100 anos no Brasil e realiza serviços sociais que atendem famílias em situação de vulnerabilidade, dando suporte alimentar, social, psicológico e jurídico. O Preventório foi uma entidade que cuidava de crianças sem lar e em certo período contou com os trabalhos da hoje Santa, Madre Paulina.
A Prefeitura demonstrou interesse em dar destinação ao imóvel, entre eles a possível instalação da Secretaria Municipal de Educação.
“Essa é uma das primeiras tratativas com a Fundação e estamos alinhando esse interesse da Prefeitura para que possamos chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes. Ficamos satisfeitos em saber que uma das intenções do Município é utilizar o local para a instalação da Secretaria de Educação, que tem tudo a ver com o que sempre representou este local”, disse Ricardo Borges.
Uma das exigências da Fundação Vida e Esperança é que a capela Imaculada Conceição seja preservada, pois existe uma autorização do Bispo Diocesano para que possa ser revitalizada e utilizada para atividades religiosas, e que os restauros sejam realizados respeitando o tombamento do prédio.
História – Em 1908, a Fundação Obra de Preservação dos Filhos de Tuberculosos acolhia filhos de pessoas com a doença e, em 1913 implantou o Preventório Imaculada Conceição para abrigar filhos de pessoas carentes da capital paulista com tuberculose. De 82 a 93, as Irmãs de Maria de Schoenstatt de Atibaia dirigiram o Preventório Imaculada Conceição, e na oportunidade acolhiam crianças e adolescentes em situação vulnerável, afastadas da família por ordem judicial. O Preventório também foi palco dos trabalhos da hoje Santa, Madre Paulina.
Após a desativação do local, o CONDEPHAC considerou o prédio como Patrimônio Histórico e Cultural.