O Bragantino saiu de campo na noite deste sábado (5), em Curitiba, não com um ponto na bagagem ao empatar com o Coxa. Voltou com três pontos não conquistados. Senhor absoluto das ações durante os 90 minutos, o Bragantino demonstrou extrema incompetência para chegar ao gol. Sim, não há outro adjetivo: incompetência. Foram pelo menos sete ou oito oportunidades perdidas, três delas com Ytalo, que poderiam ter distanciado o time do Z4.
Não há muito o que falar da partida. Um Coritiba extremamente defensivo, sem poder de ataque, confuso em suas linhas, mas com sorte ao extremo diante da inoperância do time de Barbieri. Difícil imaginar que o conjunto paranaense consiga evitar o rebaixamento com esse futebol que vem apresentado.
Já ao Massa Bruta, além da incompetência dos atacantes, de se destacar a complacência do técnico em mexer tarde ou mudar o plano de jogo. Novamente o time abusou do tic-tac, do excessivo número de passes errados, da ausência de criatividade, especialmente em noite ruim de Claudinho e Lucas Evangelista, responsáveis pela criação de jogadas.
Isso tudo, aliado a jogadores muito abaixo do esperado, resultou num melancólico 0 x 0. Dois pontos não ganhos e que poderão fazer falta mais adiante.
O Massa Bruta volta a campo no sábado (12), no Nabizão, às 17 horas, para enfrentar o Fortaleza.
ATUAÇÕES
Cleiton: Mero expectador, nenhuma defesa importante.
Aderlan: Foi bem no apoio ao ataque e defensivamente não teve o que fazer diante da ruindade do adversário.
Léo Ortiz: Uma ou outra cobertura aos laterais e também sem trabalho pelo seu setor.
Ligger: Foi melhor como elo de ligação entre a defesa ao ataque, pois defensivamente não teve o que fazer.
Luan Cândido: Vem se firmando na posição, mas ofensivamente desta vez ficou devendo.
Raul: Em 15 minutos errou mais passes do que nas 23 partidas anteriores. Na criação também deixou a desejar.
Lucas Evangelista: A sua pior partida. Disperso, pouco criativo e uma enormidade de passes errados.
Claudinho: Embora corresse mais que os outros e tentasse chutes a gol, também errou passes e criou menos que das vezes anteriores.
Morato: Tão fraco quanto Artur, que desta vez não jogou. Produziu muito pouco para quem almeja ser titular.
Ytalo: Poderia ter se consagrado se tivesse sido garçom em pelo menos duas, das três oportunidades em que perdeu os gols.
Bruno Tubarão: Outro que ficou devendo, muito abaixo do que costuma jogar.
Alerrando: Entrou no posto de Ytalo e o time parecia estar jogando com dez. Pegou duas vezes na bola. E só!
Cuello: Figura decorativa. Nada acrescentou.
Eric Ramires: Entrou por dever de ofício. O que poderia produzir em 4 minutos?
Maurício Barbieri: Errou ao não conseguir mudar o esquema de jogo que não deu certo. Colocar Ramires faltando 4 minutos para o jogo acabar foi uma infantilidade.
CORITIBA 0 x 0 BRAGANTINO
Local: Estádio Couto Pereira, Curitiba (PR)
Data: 5 de dezembro de 2020 (sábado, 21 horas)
Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO) – Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence (GO)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Rhodolfo, William Matheus, Matheus Sales e Matheus Galdezani (Coritiba) e Lucas Evangelista, Morato e Bruno Tubarão (Bragantino)
CORITIBA: Wilson, Maílton (Jonathan), Rhodolfo, Sabino e William Matheus; Matheus Sales, Matheus Galdezani e Matheus Oliveira (Bryan Lucumi); Robson (Osman), Ricardo Oliveira (Pablo Thomaz) e Yan Sasse. Técnico: Rodrigo Santana.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiza, Ligger e Luan Cândido; Raul, Lucas Evangelista e Claudinho; Morato (Eric Ramires), Ytalo (Alerrandro) e Bruno Tubarão (Cuello). Técnico: Maurício Barbieri.
foto : Ari Ferreira/RB Bragantino