Bragantino: evoluindo como nunca, perdendo como sempre! Até quando?
Não há mais justificativas. Não há mais desculpas. Não há mais discurso pronto em entrevistas. Mas há que se dividir responsabilidades entre jogadores, comissão técnica e a diretoria. O Bragantino é um vexame em nível nacional. Perdeu mais uma, é o vice lanterna e caminha a passos largos para fazer o caminho de volta à Série B.
Nem nos sonhos mais delirantes se imaginaria que um time organizado dentro e fora de campo em 2019 fosse se transformar num saco de pancadas, na piada pronta no país do futebol.
Comentar o que é feito durante as partidas é um exercício masoquista de repetição. E não foi diferente contra o Atlético-GO. Nem as ausências de Artur e Alerrandro (que também não jogam nada faz tempo), podem ser usadas para justificar o novo fracasso.
A derrota para o time goiano foi uma demonstração inequívoca de que Barbieri não é o comandante que o Bragantino precisa. Alargou o seu repertório de sandices. Escalou mal de novo ao jogar o volante Raul na lateral, colocar Uillian Correia como primeiro volante (quando deveria ser o articulador das jogadas ofensivas), avançou Ryller para criar, o que não sabe fazer, e colocou um meia, Leandrinho, para jogar pelo lado do campo. Não funcionou. Não fosse a bobagem do goleiro atleticano Jean, e o 100º gol da equipe bragantina nem teria ocorrido.
Para coroar as bobagens que fez, Barbieri trocou logo três jogadores no intervalo e errou de novo ao tirar Uillian Correia. O pior, no entanto, estava reservado a Wesley. Depois de nove meses sem jogar, entrou para substituir Leandrinho. Nem deu tempo de esquentar e foi tirado para dar lugar a Luís Phelipe. Não se faz isso com nenhum jogador. Foi um desrespeito. Se não acreditava nele, porque colocá-lo?
Repetidas vezes escrevi que a diretoria do Bragantino conseguiu desmontar um time de sucesso, a quem faltava reforços pontuais. Só! Mas não foi o que se viu. Gastou exageradamente em reforços ruins, em promessas futuras (Brasileirão não é campeonato para testes) e em treinadores de segunda linha.
Repito, não há mais desculpas a serem dadas. O time não ganha em casa e muito menos fora.
Hora de recolher os cacos, ter coragem de tomar atitudes extremas e necessárias e mudar, mudar tudo, inclusive a diretoria, se for o caso.