Dita com insistência, a ‘evolução’ do Bragantino só existe na cabeça do técnico Barbieri e de alguns coleguinhas da imprensa. O time que “não entrou” em campo diante do Internacional foi a senha de que está acontecendo algo no mínimo estranho nos bastidores do clube, mas que ainda não foi dito publicamente.
Um time que manteve a base vencedora do ano passado não pode jogar tão mal, demonstrar quase nenhum interesse pelas partidas, mesmo sendo atrapalhado pelos treinadores.
A diretoria se mostra calada, reticente em dar explicações sobre altíssimos investimentos (só menores que Flamengo e Atlético-MG) e resultados pífios em campo. Jogadores erram, treinadores erram mas a diretoria também tem errado muito.
A expectativa de se alcançar pelo menos a sul-americana quando iniciado o certame, esvai-se a cada rodada. A Série B parece ser o caminho mais curto a ser trilhado.
O jogo – Não há o que comentar sobre a partida contra o Internacional. Absolutamente nada. Time desmotivado, jogadores considerados titulares que já deveriam estar esquentando o banco de reservas e planos táticos e técnicos que se existem, seguem no papel.
O Internacional praticamente realizou um coletivo de luxo, tocando a bola com tranquilidade, atacando com eficiência pelos dois lados de campo e, quando viu que o Bragantino era ‘galinha morta’, diminuiu o ritmo e esperou o tempo passar.
Aquilo que a diretoria do Bragantino vendeu para a cidade e para a torcida, ainda não entregou. E da forma como a coisa vai, dificilmente o fará. Lamentável.
ATUAÇÕES
Júlio César: Sem culpa nos gols sofridos e completamente vendido pela fraca atuação da zaga.
Aderlan: Ainda tentou alguma coisa ofensivamente, mas ruim na marcação e na cobertura.
Léo Ortiz: Naufragou em meio à mediocridade do time. Mal posicionado nos dois gols do Inter.
Ligger: Afundou junto com toda a zaga. No segundo gol de Galhardo, ele e seus companheiros marcavam Júlio César, não o atacante colorado.
Edimar: Ofensivamente ainda tentou alguma coisa. Defensivamente deixou um buraco em seu setor.
Ricardo Ryller: Nas últimas partidas deixou de lado o bom futebol que vinha jogando e partiu para a pancadaria. Em 14 jogos coleciona 8 amarelos.
Raul: Taticamente nulo, não ajudou a defesa como deveria e pouco produziu na armação de jogadas.
Claudinho: Muito abaixo do que pode produzir e sem companheiros com que dividir a armação de jogadas.
Artur: Não há mais o que dizer desse jogador. Cantado em prosa e verso, começa a colocar em dúvida o seu potencial. O custo-benefício da sua milionária contratação, até aqui, é zero.
Alerrandro: Outra ‘joia’ que parece bijuteria. Gordo, lento, um ou outro lampejo de boas jogadas e só. Espera-se que a contusão que o tirou do jogo não o devolva com muitos quilos a mais.
Bruno Tubarão: Longe de outras atuações, mas compreensível. Não tem com quem jogar. Lutador.
Novamente não há o que se comentar sobre os reservas que entraram no decorrer da partida. Três deles, para não perder o hábito, depois dos 30 minutos do segundo tempo.
Maurício Barbieri: Pode ser muito teórico, pode falar bem, mas na prática a realidade é outra. Conseguiu suplantar a campanha ruim de Felipe Conceição. Não tem condições de tirar o time do buraco em que está metido.
BRAGANTINO 0 x 2 INTERNACIONAL
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 8 de outubro de 2020 (quinta-feira – 21 horas)
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG) – Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Felipe Alan Costa Oliveira (MG)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Ricardo Ryller, Edimar e Uillian Correia (Bragantino) e Cuesta, Lindoso e Edenilson (Internacional)
Cartão vermelho: Thonny Anderson (Bragantino)
Gols: Thiago Galhardo aos 16’ e aos 24’ (Internacional)
BRAGANTINO: Júlio César, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar; Ricardo Ryller (Uillian Correia), Raul e Claudinho (Thonny Anderson); Artur (Leandrinho), Alerrandro (Ytalo) e Bruno Tubarão (Luís Phelipe). Técnico: Maurício Barbieri.
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba, Heitor, Zé Gabriel, Cuesta e Uendel; Lindoso, Edenilson, Boschilia (Marcos Guilherme) e Patrick (Rodrigo Moledo); Thiago Galhardo (D’Alessandro) e William Potker (Abel Hernández). Técnico: Eduardo Coudet
FOTO | Ricardo Duarte/Internacional