A vacinação infantil é fundamental para evitar casos graves
Assim como em todo o país, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 foi registrado aumento no número de casos confirmados de Covid-19 em Bragança Paulista. Na faixa etária de 0 a 9 anos, o crescimento foi de 95,4%. A boa notícia é que de todos os casos confirmados em janeiro são leves, necessitando apenas de isolamento domiciliar.
A confirmação de casos em crianças entre 0 e 9 anos apresentou alta nos últimos 4 meses. Do total de testes positivos, 9% eram de crianças nessa faixa etária em outubro. Em novembro foram 8%, aumentando para 10% dos casos em dezembro. No mês de janeiro, de todos os testes positivos, 3% eram de crianças.
Apesar dos testes positivos terem diminuído em relação ao total, na faixa etária de 0 a 9 anos quase dobrou entre dezembro e 18 de janeiro. Foram 22 casos em dezembro de 2021 e 43 até o dia 18 de janeiro (aumento de 95,4%).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, são 1.243 casos de crianças de 0 a 9 anos infectadas (confirmados). Em 18 de janeiro havia 3 casos suspeitos em análise.
A faixa etária entre 10 a 19 anos apresentou crescimento de positivados desde setembro, quando 14% do total eram crianças e adolescentes nessa faixa. Em outubro eram 11%; em novembro, 11%; em dezembro eram 10% e, em janeiro, 9%.
Nessa faixa de idade, houve um salto de casos confirmados, passando de 20 em dezembro de 2021 para 130 até o dia 18 de janeiro. Desde o início da pandemia, há 2.187 casos confirmados na faixa entre 10 a 19 anos e um caso está em análise.
Síndrome – Houve crescimento também nos atendimentos de síndrome gripal. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, somente entre 1º e 18 de janeiro, dos cerca de 16 mil atendimentos nas UPAs Vila Davi e Bom Jesus relacionados à síndrome gripal e suspeita de Covid-19, cerca de 3 mil foram de crianças.
Do total de casos confirmados em janeiro (43) que estão em acompanhamento, entre 0 e 9 anos, todos estão em isolamento domiciliar. Na faixa de 10 a 19 anos, dos 130 confirmados, sendo acompanhados.
Há, no entanto, dois casos suspeitos em acompanhamento, que estão em UTI. Um na faixa de 0 a 9 anos e um com idade entre 10 e 19 anos.
Vacinação – A vacinação, em todas as faixas etárias elegíveis, é fundamental para o controle da pandemia. Os gráficos mostram que houve queda acentuada nas internações em enfermaria e em UTI a partir de junho de 2021, quando a população idosa – a mais afetada pelos casos graves – já estava com as duas doses da vacina ou dose única.
Em junho de 2021, 268 bragantinos internados em enfermaria tinham sido contaminados pelo coronavírus. Até 18 de janeiro eram 13. Na UTI, eram 96 bragantinos internados em junho e em janeiro foram registrados quatro. Os óbitos também caíram, de 60 em junho para um até 18 de janeiro (houve mais uma confirmação no dia 20/1). Desde o início da pandemia, não foi registrado nenhum óbito na faixa entre 0 e 19 anos.
A vacinação infantil, que começou na última segunda-feira (17), também é importante para evitar casos graves e óbitos na faixa entre 5 a 11 anos.
Casos leves – Mais de 90% dos casos no município são considerados leves, sem necessidade de hospitalização. São 26.762 casos leves, ou 92,47% do total. Outros 539 casos, ou 1,86%, foram considerados de leve a moderado, com hospitalização de até quatro dias. Há 723 casos moderados, com hospitalização superior a quatro dias, mas sem necessidade de UTI, o que representa 2,5% do total. Casos graves com hospitalização em UTI e/ou óbito representam 3,17% dos casos, com 918.
A faixa entre 20 a 39 anos é a que mais apresentou casos confirmados: 11.988. Na sequência, com 9.729 confirmações, está a faixa de 40 a 59 anos. Os casos positivos em pessoas de 60 a 79 anos somam 3.372 desde início da pandemia e na faixa acima dos 80 anos foram confirmados 423 casos.
No dia 18 de janeiro, havia 1.404 casos leves em acompanhamento, nove casos de leve a moderado, oito moderados e cinco graves. Do total de casos graves (918) desde o início da pandemia, 594 evoluíram para óbito.
Os relatórios de monitoramento dos casos são divulgados semanalmente pela Divisão de Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria Municipal de Saúde.