Durante fiscalização de rotina, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente identificou grave incidente ambiental na manhã da última segunda-feira (28), nas proximidades da Rua Dr. Ciro Berlinck, na Cidade Nova.
Foi constatado o lançamento de grande volume de efluentes com características de esgoto doméstico diretamente em um ribeirão no local. O despejo ocorreu próximo a uma ponte, e a origem foi identificada como um ramal da Rede Coletora de Esgoto (RCE) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), que margeia o curso d’água.
No momento da ocorrência, equipes da Sabesp realizavam a substituição de tubulações da rede. Apesar da presença técnica no local, o vazamento não foi contido a tempo, provocando uma descarga prolongada de esgoto no ribeirão.
Diante da gravidade do caso, a Prefeitura aplicou uma multa no valor de R$ 23 milhões.
A Divisão de Fiscalização Ambiental (DIFA) ressaltou que o ribeirão atingido é afluente do Ribeirão do Lavapés, que deságua no Rio Jaguari – uma das principais bacias hidrográficas do estado. Técnicos da Secretaria reforçam a necessidade de monitoramento contínuo da qualidade da água e exigem que a Sabesp adote providências imediatas para evitar novas ocorrências, inclusive para avaliar possíveis danos à fauna aquática, como a mortandade de peixes.
Vazamento e obstrução – Em julho do ano passado a Cia foi multada em 92,2 milhões pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, após ser identificado vazamento e obstrução de redes de esgoto, sob a responsabilidade da SABESP. O vazamento, segunda a Pasta, causou alterações na coloração da água e odor de corpos hídricos na região da Penha, Hípica Jaguari e nas imediações da Vila Romana e acesso ao Green Park.
A equipe técnica constatou, na época, que o vazamento nesses quatro pontos resultou em impacto ambiental devido à espessura do material encontrado na água, após teste de amostragem em laboratório especializado, confirmando índices de carga orgânica acima do valor máximo permitido.
Prestação de serviço ao consumidor – Além dos danos ambientais causado no município a Cia não tem prestado um serviço decente a parte de seus consumidores. Recentemente a Gb recebeu denúncias de moradores reclamando da interrupção do fornecimento de água por horas sem aviso prévio e quando há o retorno da água, esta vem barrenta com forte do odor de cloro sem condições de uso imediato. Até agora a Cia tem se isentado dos problemas com o consumidor, dizendo que são ações emergenciais, apesar de serem corriqueiras, segundo as denúncias. A Cia limita-se a “pedir desculpas pelos transtornos gerados pelo serviço emergencial.”