Rogério Machado
Li, tempos atrás, na revista Galileu, nº 129, uma matéria intitulada “Memórias da morte”. A reportagem relatava “os impressionantes relatos dos pacientes ressuscitados em hospitais”. Conforme a reportagem, o cardiologista holandês Pim van Lommel compilou e publicou, na revista médica inglesa The Lancet, a experiência de pacientes que “passaram para o lado de lá” e voltaram.
O cardiologista entrevistou 344 pacientes de dez hospitais da Holanda que tinham sido considerados clinicamente mortos. Dos entrevistados, 18% disseram ter passado por uma experiência que os estudiosos chamam de quase morte. Os outros 82% disseram não se lembrar de nada no período em que estiveram inconscientes.
O interesse e a polêmica sobre a vida após a morte, ressurreição e reencarnação é uma mistura dos conhecimentos da ciência e das crenças religiosas de cada um. Para o padre e parapsicólogo Oscar Quevedo, que já fez palestras em Bragança Paulista, “os parapsicólogos que estudam as experiências de quase-morte afirmam que o fenômeno é raríssimo, espontâneo e nada tem a ver com o além”. Já a psicóloga Susan Blackmore, autora do livro Experiências Fora do Corpo, afirma que “qualquer coisa que provoque uma sensação de desinibição no cérebro, como drogas, por exemplo, pode causar uma visão ou uma sensação parecida com aquela experimentada pelas pessoas que estiveram clinicamente mortas!”. Enquanto isso, Julia Nezu Oliveira, diretora executiva da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, afirma que “os relatos de pessoas clinicamente mortas que voltaram à vida mostra à humanidade que o espírito continua vivo após a morte”.
Sobre vida, morte, vida após a morte, reencarnação e ressurreição, somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus inspirada e revelada ao ser humano, é capaz de esclarecer o assunto. Primeiro devemos entender que o ser humano foi criado a imagem do Senhor, conforme Gênesis 1:27, com um diferencial: o corpo. Após o pecado, a morte entra no mundo e é transferida por hereditariedade a toda a humanidade, conforme a Epístola de Paulo aos Romanos 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Dessa forma “está decretado ao homem morrer uma única vez, vindo depois disso o juízo” – Epístola aos Hebreus 9:27.
De acordo com o propósito de Deus, o ser humano deveria viver aqui neste mundo num compromisso sério com Ele, adquirindo assim o direito de viver para todo o sempre com o Senhor na eternidade. Isso passa pelo reconhecimento de Jesus Cristo como o Deus encarnado que veio ao mundo para resgatar/salvar a humanidade, conforme o Evangelho de João 1:1 a 14, e a entrega total e incondicional do controle de nossas vidas ao Senhor onde “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” – Epístola de Paulo aos Gálatas 1:20. A eternidade do espírito ao lado do Senhor ou no “Lago de fogo e enxofre” é uma decisão única, em vida, que todos nós devemos fazer mais cedo ou mais tarde.
No Evangelho de João, capítulo 11:25, Jesus Cristo diz “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. Nesse mesmo Evangelho, capítulo 3:36 lemos: “Quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna”.
Isso posto, meu desafio a você é crer em Jesus Cristo não para ter “memórias da morte”, mas para ter “memórias em vida eterna”.
Rogério Machado é jornalista e pastor da Igreja Batista Boas Novas – Cd. Planejada 2. prrogeriomachado@yahoo.com.br