WAGNER AZEVEDO
Diante dos dados preocupantes dos desmatamentos e das queimadas no território brasileiro, notadamente na Amazônia, no ano de 2020 foi apresentado o Plano Amazônia 2021/2022. O governo federal articulado com os governos estaduais da região propuseram, através de ações coordenadas e integradas de ministérios e órgãos de fiscalização e controle, tal plano que apresentou como meta reduzir, até 2022, o número de queimadas e desmatamentos ilegais para a média histórica do período 2016/2020 de 8,7 mil km2, medido pelo satélite do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Conforme anunciou a Agência Brasil, em abril de 2021, “o plano do governo apresentou metas para reduzir desmatamento na Amazônia e se propôs aumentar a fiscalização do Meio Ambiente e Recursos naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o INCRA e a FUNAI, o plano fala em priorizar áreas de maior ocorrência de crimes ambientais e pretende oferecer alternativas socioeconômicas à população da região dentro do princípio do desenvolvimento sustentável”.
Conforme divulgou o MapBiomas, no último dia 31/1, a queimada no território brasileiro chegou a 16 milhões de hectares em 2022. Comparando com a área queimada que ocorreu em 2021 houve um aumento de 93% quando atingiu pouco mais de 1,4 milhões de hectares.
A Amazônia, com 7,9 milhões de hectares queimados, ou seja, 49% de todo o território queimado. O segundo mais afetado, com 46%, foi o Cerrado com mais de 7,4 milhões de hectares queimados, um aumento de 18% em relação ao ano de 2021.
Os biomas da Caatinga, da Mata Atlântica e o do Pantanal representam os outros 5% das áreas queimadas no território brasileiro. A Caatinga com 508 mil hectares seguida pelos biomas da Mata Atlântica e do Pantanal que apresentaram a menor área queimada nos últimos 4 anos, respectivamente 203 mil hectares e 194 mil hectares, sendo que o Pantanal teve uma redução de 85% em relação a 2021. A seguir o Pampas, no Rio Grande do Sul, com 39 mil hectares.
As florestas brasileiras queimadas por pouco dobraram em relação a 2021: foram 2,8 milhões de hectares em 2022 e o bioma da Amazônia foi o mais afetado, pois teve 85% da área de florestas queimadas, entre os meses de agosto a outubro de 2022.
Os incêndios ocorrem na Amazônia entre junho e outubro, mas, segundo Roberto Peixoto do G1, durante todo o ano” fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la”.