Derrota para o Nacional tira a vaga na Sul-Americana
A eliminação do Bragantino na primeira fase da Libertadores, depois da derrota desta terça-feira para o Nacional (3 x 0), partida realizada na capital uruguaia, não foi surpresa para quem entende um pouco de futebol e acompanha aquilo que o time vem fazendo nas últimas semanas. Se havia expectativa por um bom resultado, ela se desmanchou logo aos 8’, quando Trezza, em jogada pela “Avenida Andrés Hurtado” abriu o marcador, num erro primário da defensiva bragantina.
Embora tivesse tido maior posse de bola, o time de Barbieri, a exemplo do que vinha fazendo, era lento, previsível, jogadores com futebol abaixo do que se esperava e um abatimento que se observa há pelo menos quatro jogos.
O Nacional não tem um time superior ao Bragantino, mas demonstrou vontade, correu muito, apresentou um repertório diferente daquele que se viu no jogo de ida, no Nabizão, enfim, fez por merecer o resultado.
O segundo gol veio aos 30’, com o lateral Cándido, melhor homem em campo, aproveitando-se uma vez mais da “Avenida Andrés Hurtado” e ampliar, em jogada idêntica à do primeiro gol. Nesta, Eric Ramires e Natan ficaram olhando o lateral empurrar para as redes.
Da forma como atuava e sem poder de reação, o Massa Bruta propiciou outras oportunidades ao time uruguaio, que não ampliou o placar porque Cleiton fez duas boas defesas.
Segundo tempo – Os comandados de Barbieri voltaram do intervalo com uma série de substituições, e embora tivesse maior posse de bola, não conseguiu criar jogadas ofensivas, jogo sem profundidade, apenas toques de lado. O meio-campo não existiu e as situações de gol novamente foram todas do Nacional, que chegou ao terceiro gol aos 33’, em jogada dentro da área: após a cobrança de lateral a bola tocou no braço de Lucas Evangelista e o árbitro assinalou pênalti. Fagúndez cobrou, a bola caprichosamente tocou nas duas traves e entrou: 3 x 0, que seria o placar final.
O conjunto de Barbieri foi mal, pouco efetivo, bastante falho em sua defensiva, não ofereceu perigo ao adversário e deixou a Libertadores com uma campanha pífia, na lanterna do grupo e nem mesmo conseguiu vaga para a Sul-Americana.
Verdadeiro balde de água fria na esperança do torcedor e uma lição à arrogância do clube de Bragança. A expectativa agora é que esse amontoado de equívocos não se repita no Campeonato Brasileiro.
ATUAÇÕES
Cleiton: A única figura lúcida do time, realizou pelo menos três boas defesas. Nota 6,0.
Andrés Hurtado: Atuação desastrosa, do tamanho da América. Pelo seu setor, o time uruguaio criou situações de perigo e dois gols. Nota 2,0.
Léo Ortiz: Com esses companheiros de zaga que lhe arrumaram, vai sofrer muito e comprometer seu futebol. Nota 4,0.
Natan: Fez o de sempre, ou seja, nada. No primeiro gol ficou olhando o atacante do Nacional empurrar a bola para as redes. Nota 3,0.
Ramon: Defensivamente é horrível. Ofensivamente ainda tentou criar algumas jogadas mais agudas. Nota 4,0.
Jadsom Silva: Desta vez falhou além do razoável. No gol de Cándido ficou espiando a conclusão da jogada. Nota 3,0.
Eric Ramires: Ou é muito, mas muito amigo de Barbieri, ou o técnico jogou a toalha em relação aos jogadores de meio que o time tem. Fraco em todos os aspectos. Nota 2,0.
Praxedes: Correu um pouquinho mais que os outros, mas tem um futebol limitado. Nota 4,0.
Artur: Sozinho não pode muita coisa, mas é preciso dizer que depois do retorno do período de contusão, está longe do que sabe e pode produzir. Nota 4,0.
Ytalo: Mais uma vez vítima de um time que não cria. E aí fica difícil. Nota 3,5.
Helinho: Errou 95% dos passes, chutou todas para fora e foi refém da boa atuação do lateral uruguaio. Nota 3,5.
Lucas Evangelista: Embora tenha tido a falta de sorte na jogada do pênalti, foi o único dos substitutos que tentou fazer alguma coisa. Nota 4,5.
Barbieri: Como na partida anterior, escalou mal e quando quis correr atrás do prejuízo era tarde demais. Nota 3,0.
NACIONAL 3 x 0 BRAGANTINO
Copa Libertadores 2022 – 1ª fase – 6ª rodada
Local: Estádio Gran Parque Central, Montevidéu, Uruguai
Data: 25 de maio de 2022 (terça-feira, 19h15)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia) – Assistentes: Alexandre Guzmán (Colômbia) e Wilmar Navarro (Colômbia)
Público e Renda: Não divulgados
Cartões amarelos: Cándido, Lozano, Natan e Fagúndez (Nacional) e Praxedes, Helinho e Miguel (Bragantino)
Gol: Trezza aos 8’, Cándido aos 30’ e Fagúndez aos 83’ (Nacional)
NACIONAL: Sergio Rochet; Lozano (José Rodríguez), Léo Coelho, Nicolás Marichal e Camilo Cándido (Christian Almeida); Yonathan Rodríguez, Carballo, Alfonso Trezza e Zabala (Otormín); Castro (Fagúndez) e Emmanuel Gigliotti (Ignacio Ramírez). Técnico: Pablo Repetto.
BRAGANTINO: Cleiton; Andrés Hurtado, Léo Ortiz, Natan (Jan Hurtado) e Ramon; Jadsom (Alerrandro), Eric Ramires (Lucas Evangelista) e Praxedes; Artur, Ytalo (Miguel) e Helinho. Técnico: Maurício Barbieri.