O mega aumento de 16,1% aplicado pela Petrobras no gás de cozinha desde a última sexta-feira (11) já foi repassado aos consumidores em Bragança. A Reportagem da GB verificou os preços em cinco revendas.
Os valores para retirada do botijão de 13 quilos varia de R$ 109,00 a R$ 118,00, diferença de 7,7%, enquanto para entrega em domicílio parte de R$ 116,00 até R$ 125,00, reajuste de 7,2%.
A Reportagem também apurou que não houve longas filas em busca de gás na cidade, como se viu em outras oportunidades. Outra explicação para a baixa procura se deve à queda no poder de compra dos consumidores.
Os aumentos no gás de cozinha têm sido constantes desde o ano passado, para acompanhar as cotações do mercado internacional de petróleo. Segundo a Petrobras, no entanto, o reajuste do gás na última sexta ocorreu após 152 dias com o mesmo preço. A última alta havia sido no dia 9 de outubro de 2021.
A Sergás, entidade que representa cerca de 9.800 revendas no Estado de São Paulo, cita que o setor está em crise, com queda entre 20% e 25% no consumo do gás de cozinha, além de 40% de demissões nos últimos dois anos, quando a pandemia alterou o hábito dos consumidores.
Ainda segundo a entidade, os reajustes de outros combustíveis também atingem as revendas, já que fica mais caro para entregar o produto. Em Bragança a diferença entre o preço da entrega e o da retirada chega a R$ 16,00, dependendo da revenda.
Opções – O consumidor bragantino, diante dos preços da gasolina e gás de cozinha, tem buscado novas opções para alimentação e transporte. Forno à lenha, motocicleta elétrica e uso do transporte coletivo ou por aplicativo (quando consegue encontrar) se tornaram alternativas para quem busca driblar o aumento.
Reportagem publicada pela GB em abril do ano passado, mostrava consumidores usando a criatividade em relação ao gás de cozinha, alguns improvisando forno à lenha, pois naquela oportunidade o botijão de 13 quilos custava R$ 88,00 em média.
Para algumas pessoas não foi difícil ‘construir’ um fogão à lenha, com tijolos e pedaços de madeira, além de partes de fogões velhos. Segundo eles, a experiência com o fogão à lenha adaptado gerou uma economia entre 40% e 50%.
Gasolina e diesel – Para muitos bragantinos, ficou inviável abastecer o veículo. Uma das alternativas tem sido o uso de motocicletas.
Outros decidiram pelo uso do transporte coletivo (ônibus), que permite uma economia entre R$ 7 e R$ 8 por dia.
Quem depende exclusivamente do veículo para trabalhar, tem procurado racionalizar as atividades de modo a torná-las menos dispendiosas.