Depois de se mostrar estabilizado no mês de dezembro, o preço médio do litro da gasolina voltou a subir, segundo levantamento feito pela reportagem junto a oito postos de combustíveis em diferentes regiões da cidade, que foi alterado logo após o anúncio da Petrobras do reajuste no valor para as distribuidoras. O aumento varia entre R$ 0,10 e R$ 0,30.
Foi o primeiro aumento do combustível este ano e o litro agora é encontrado a R$ 6,39, R$ 6,49 e R$ 6,59. Em dezembro o consumidor pagava entre R$ 6,19 e R$ 6,29.
O etanol não sofreu qualquer reajuste e o litro é vendido entre R$ 4,69 (menor preço) e R$ 4,99 (o maior).
O diesel S-10 é encontrado na cidade hoje com preços que variam de R$ 5,64 a R$ 5,79.
Inflação – A escalada de preços dos combustíveis na pandemia virou preocupação para o Governo Federal. Em 2021, o aumento de itens como a gasolina pressionou a inflação no Brasil.
No ano passado, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou variação de 10,06%. Foi a maior alta desde 2015.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a escalada do IPCA foi puxada pelo grupo de transportes, que, por sua vez, refletiu a carestia dos combustíveis.
Pelos resultados do indicador de inflação, a gasolina disparou 47,49% no ano de 2021. Foi o principal impacto individual sobre o IPCA. O etanol, por sua vez, teve um salto de 62,23%.
Em diferentes ocasiões, o presidente da República fez críticas à política de preços da Petrobras, que leva em conta as cotações do petróleo no mercado internacional e a variação do dólar para definir o patamar dos combustíveis nas refinarias.
Na terça-feira (11), a estatal anunciou aumentos no diesel, de 8%, e na gasolina, de 4,85%. O reajuste nos preços para as distribuidoras entrou em vigor na quarta-feira (12).
A disparada do diesel na pandemia espalha uma série de reflexos em setores diversos da economia brasileira, já que encarece o transporte de cargas e passageiros.
Foto: Jonathan Alberti