O resultado era mais que esperado. Com um time de reservas fraquíssimo, sem conjunto, sem pegada, o Bragantino foi presa fácil para o time gaúcho, que agradeceu aos céus o time paulista ter ido a campo com uma formação alternativa.
Quem acompanha o Bragantino sabe que o time tem, exagerando muito, 15 jogadores com condições de disputar campeonatos importantes. Mesmo alguns contratados a ‘peso de ouro’ nunca corresponderam.
O Grêmio construiu a vitória no primeiro tempo e logo aos 5′, depois de duas oportunidades criadas, chegou ao gol através de pênalti cobrado por Diego Souza. A bola pegou no braço do volante Luciano e o árbitro mandou a bola para a marca da cal. O goleiro Júlio César chegou a defender a cobrança, porém no rebote o próprio Diego cabeceou para as redes.
O Bragantino incomodou só aos 23′, em cobrança de falta de Luan Cândido, que obrigou o goleiro Brunno a grande defesa.
Animado, o tricolor gaúcho encurralou o Massa Bruta em seu campo de defesa e de tanto insistir chegou ao segundo gol, em triangulação entre Campaz, Ferreirinha e Lucas Silva, que concluiu às redes sem chances para Júlio César. E três minutos depois foi a vez de Jhonata Robert chutar da intermediária e colocar no canto direito do goleiro bragantino, que falhou e decretou o terceiro gol gremista. O time de Vagner Mancini ainda criou outras duas boas chances, porém esbarrou no goleiro do Massa Bruta.
Na etapa final o jogo caiu muito de produção e embora os comandados de Barbieri demonstrassem um pouco mais de vontade, raras oportunidades de gol foram criadas. O Bragantino teve apenas uma, aos 45′, com Alerrandro, que viu a bola bater no travessão e o zagueiro afastar o perigo.
Vitória de um time fraco, desesperado com sua posição no campeonato e derrota de um time de reservas cujos jogadores parecem ter se conhecido no vestiário, antes de entrar em campo.
Quem assistiu à partida não encontra meios para acreditar que esses reservas treinam juntos.
ATUAÇÕES
Júlio César: Pelo menos quatro boas defesas e falha no terceiro gol gremista. Nota 5,5.
Weverton: Muita dificuldade para marcar Ferreirinha e poucas vezes subiu no apoio ao ataque. Nota 4,5.
Léo Realpe: Foi enganado pela cigana. Pelo que jogou desde a sua chegada, não convence. Nota 4,0.
Natan: Joga muito pouco pela marketing em torno do seu nome. Falha muito nas coberturas. Nota 5,0.
Guilherme: Jovem ainda e com dificuldades de mostrar seu futebol em meio a um time fraco. Nota 5,0.
Luan Cândido: Voltou no pior momento e ainda tentou um gol em cobrança de falta. Nota 6,0.
Luciano: Não levou sorte ao cometer o pênalti e mostrou limitações na proteção à defesa. Nota 5,0.
Gabriel Novaes: Como Natan, muito marketing e pouco futebol. Nota 5,0.
Pedrinho: Quem mais tentou articular jogadas, porém, sozinho, não obteve sucesso. Nota 5,5.
Weverson: Teve dificuldades pelo seu setor e ofensivamente foi figura nula. Nota 4,5.
Alerrandro: Como na maioria das vezes, figura apagada e no finalzinho tentou um gol por cobertura, que a zaga afastou. Muito pouco. Nota 4,5.
Barbieri: Embora não admita a qualidade discutível, é esse o banco de reservas que tem. E não tinha alternativa para poupar os titulares. Sem nota.
GRÊMIO 3 x 0 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro – Série A – 33ª rodada
Local: Arena do Grêmio, Porto Alegre (RS)
Data: 16/11/2021 (terça-feira, 18 horas)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN) – Assistentes: Jean Marcio dos Santos (RN) e Lorival Candido das Flores (RN)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Júlio César e Natan (Bragantino)
Gols: Diego Souza, aos 5′, Lucas Silva aos 34′ e Jhonata Robert aos 37′ (Grêmio)
GRÊMIO: Brenno; Rafinha, Geromel, Kannemann e Cortez; Thiago Santos (Mateus Sarará), Lucas Silva (Victor Bobsin) e Campaz (Jean Pyerre); Jhonata Robert (Alisson), Ferreira e Diego Souza (Diego Churín) Técnico: Vagner Mancini.
BRAGANTINO: Júlio César; Weverton, Léo Realpe (Cesar Haydar), Natan e Guilherme (Emiliano Martínez); Luan Cândido, Luciano (Cristiano), Gabriel Novaes, Pedrinho (Bruninho) e Weverson (Leandrinho); Alerrandro. Técnico: Maurício Barbieri.