Com um futebol previsível e muito aquém daquele que já foi mostrado ao longo do campeonato, o Bragantino sofreu seu terceiro revés consecutivo na noite de quarta-feira (10), ao perder por 2 x 0 para o Santos, partida disputada na Vila Belmiro. Com jogos a mais que seus perseguidores próximos, dificilmente conseguirá se manter no G4, que garante classificação direta para a fase de grupos da Libertadores.
O Santos foi infinitamente superior na etapa inicial e se aproveitou da desorganização tática do Massa Bruta para impor o seu ritmo. O Bragantino ainda chegou com perigo em chute de Eric Ramires aos 10’, que passou rente à trave de João Paulo e aos 40’, em linda jogada de Cuello que viu Edimar penetrar na área e fez um passe na medida, mas o lateral bateu cruzado e a bola percorreu toda a extensão da pequena área e foi à linha de fundo.
O Santos teve amplo domínio nas ações de meio-campo e através de Lucas Braga criou boas chances. Aos 27’, em chute de Pirani, o goleiro Cleiton voltou a falhar ao rebater para dentro da pequena área que encontrou Marinho livre para cabecear às redes. Aos 44’ o Peixe também em jogada pela esquerda, com Lucas Braga, quase chega ao segundo, em cabeçada de Diego Tardelli.
O Bragantino não conseguiu ficar com um só rebote defensivo e até mesmo ofensivo durante os primeiros 45 minutos.
Melhor – A equipe voltou um pouco melhor na etapa complementar e logo aos 2’ Cuello bateu para defesa de João Paulo; aos 10’, Aderlan cabeceia com perigo, mas a bola sai à esquerda do goleiro. Aos 14’ foi a vez de Pirani levar perigo, em jogada de contra-ataque e Jadsom Silva, em boa jogada com Ytalo, bateu a gol aos 22’, mas a bola foi para fora.
A partir daí foi uma sucessão de erros de ambos os lados e o Bragantino, com um repertório muito abaixo da média e sem criatividade, repetiu os erros dos últimos jogos e com isso não criou o suficiente para chegar ao empate. Só aos 43′ uma nova chance surgiu, em cabeçada de Gabriel Novaes, que também não teve a direção do gol.
O Santos levou perigo em dois contra-ataques, o primeiro pela esquerda, com Ângelo, que resultou em chute de Zanocello sobre o gol, e o segundo, pela direita, novamente com Ângelo, que viu Marinho entrando pelo lado esquerdo da área, tocou e o atacante foi derrubado por Emiliano Martínez. Pênalti cobrado com perfeição por Carlos Sánchez e fim de jogo.
Fortaleza – Os comandados de Barbieri voltam a campo no sábado (13), às 19 horas, no Nabizão, quando enfrenta o tricolor cearense, outra partida difícil e confronto direto pelas primeiras colocações na tabela de classificação.
ATUAÇÕES
Cleiton: Voltou a falhar e colaborou com o primeiro gol do Santos. Pelo que já fez, tem crédito, mas as falhas nos dois últimos jogos são preocupantes. Nota 5,0.
Aderlan: Levou um ‘baile’ de Lucas Braga no primeiro tempo e foi um pouco melhor quando se aventurou ofensivamente. Nota 5,5.
Fabrício Bruno: Quando avança, tem dificuldades em voltar e recompor a defesa. No segundo gol estava distante da área. Nota 5,5.
Natan: Não sabe sair jogando e quando chamado a fazê-lo, avança até o meio-campo e recua a bola para o goleiro. Faz isso com uma constância absurda, que passa a certeza de que tem um futebol limitado. Nota 5,5.
Edimar: Foi até bem ofensivamente, mas isso é muito pouco. Nota 5,5.
Jadsom Silva: Até arrisca alguns chutes a gol. Defensivamente, porém, tem falhado muito. Nota 6,0.
Eric Ramires: Tenta ocupar todos os espaços, mas não consegue nenhum resultado prático. Nota 5,5.
Cuello: A figura mais lúcida do setor ofensivo, foi quem mais levou perigo ao adversário. Nota 6,5.
Artur: Não sabe se joga aberto pelo lado de campo ou se assume funções no meio. E acaba não fazendo bem nenhuma das duas funções. Nota 5,5.
Ytalo: Tenta ajudar na construção das jogadas, criou boas chances aos companheiros, porém conclui pouco a gol. Nota 6,0.
Helinho: Figura decorativa. Corre muito e a conclusão das jogadas são ruins. Nota 5,0.
Emiliano Martínez: Entrou e fez apenas uma jogada que chamou a atenção: o pênalti que resultou no segundo gol do Santos. Nota 4,0.
Barbieri: Não consegue arrumar o setor de meio-campo. A ausência de titulares tem sido fundamental para a queda de produção. Isso o leva a improvisar e os resultados são ruins. E sabe que não pode contar com os reservas que tem, fraquíssimos. Nota 5,0.
SANTOS 2 x 0 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 31ª rodada
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), Santos (SP)
Data: 10 de novembro de 2021 (quarta-feira, 19 horas)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS) – Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e José Eduardo Calza (RS)
Público: 9.443 pagantes – Renda: R$ 184.250,00
Cartões amarelos: Vinicius Zanocelo e João Paulo (Santos) e Jadsom Silva (Bragantino)
Gols: Marinho aos 27’ e Carlos Sánchez aos 91’ (Santos)
SANTOS: João Paulo; Kaiky, Luiz Felipe (Robson) e Danilo Boza; Marcos Guilherme, Vinicius Zanocelo, Felipe Jonatan (Carlos Sánchez), Gabriel Pirani (Vinicius Balieiro) e Lucas Braga (Ângelo); Marinho e Diego Tardelli (Moraes).
Técnico: Fábio Carille
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Fabricio Bruno, Natan e Edimar; Jadsom Silva (Emiliano Martínez), Eric Ramires e Helinho (Gabriel Novaes); Artur, Ytalo (Alerrandro) e Cuello (Gonzalo). Técnico: Maurício Barbieri.