Dois homens foram presos pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais – DIG, na tarde de quarta-feira (29). Durante as investigações, a dupla de 34 e 28 anos foi identificada como autora de quatro roubos. Eles foram detidos em um prédio invadido no Jardim Fraternidade. O delegado titular da especializada, Dr. Elton Costa, comandou as investigações e explicou como a equipe chegou a prisão dos marginais. Segundo ele, na tarde de quarta-feira (29), equipe de investigadores recebeu informações de que autores dos crimes estariam se preparando para mais um roubo. Imediatamente as equipes se mobilizaram e, com apoio de investigadores da DISE – Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes, foram ao local, na avenida dos Imigrantes. No local, um prédio abandonado e invadido, as equipes iniciaram a incursão com cautela, tendo em vista que os ladrões poderiam estar armados. Após breve busca eles detiveram Antonio dos Santos, de 34 anos e Franklin Bruno Alex Frige das Neves, de 28 anos, além de outros dois homens suspeitos. “Eles estavam juntos, supostamente se preparando para um novo crime, junto do carro em que realizaram outros crimes”, explicou o Dr. Elton Costa.
O delegado disse ainda que o quarteto foi levado à delegacia para averiguação e de pronto na delegacia confessaram os crimes. Eles foram submetidos a reconhecimento pessoal pelas vítimas dos quatro casos, sendo dois roubos em um restaurante de espetinhos, no Jardim Águas Claras, um roubo em uma residência na Hípica Jaguari e outro de um veículo pertencente aos Correios, na Vila Esperança. “Essas vítimas de forma sistemática, se submeteram ao procedimento de reconhecimento pessoal na qual os dois suspeitos entre outras pessoas com as características semelhantes foram apresentados a elas. Os dois (Antonio e Franklin) suspeitos foram reconhecidos em dois casos e outro (Antonio) foi reconhecido nos quatro casos”, disse Dr. Elton, que ainda explicou que nos quatro casos a especializada conseguiu encontrar parte ou todos os autores dos crimes.
O delegado ainda disse que Antonio, que diz ser de São Paulo, tem passagens por crimes contra o patrimônio na capital, inclusive foi preso, deixando a cadeia há menos de 6 meses. O criminoso disse que veio à Bragança por relacionamentos pessoais e diante de uma “dificuldade financeira” cometeu os roubos.
Com a confissão dos suspeitos e com o reconhecimento, o delegado solicitou a prisão temporária da dupla à justiça que foi expedida no mesmo dia, permanecendo ambos presos. Os outros dois homens, que também somam passagens criminosas, foram ouvidos e, como não tiveram suas participações confirmadas nos crimes, liberados.
Parada Dú Espetinho no Águas Claras
Os investigadores da Especializada iniciaram as investigações após o primeiro roubo, ocorrido em 21 de agosto, em um estabelecimento comercial denominado Parada Dú Espetinho, na Avenida Antônio Pierotti, no Jardim Águas Claras. Na ocasião, dois homens, estando um deles armado com um revólver, renderam o comerciante e exigiram o dinheiro do caixa, fugindo logo em seguida em direção à Avenida Atílio Menin, onde entraram em um veículo GM/Celta. Eles levaram cerca de R$ 500.
Pouco mais de um mês, no dia 23 de setembro, os marginais voltaram a agir no mesmo estabelecimento. Três indivíduos se aproximaram, estando um deles armado, e renderam um transeunte, roubando sua carteira contendo documentos e cartões bancários, R$ 70 em espécie e seu telefone celular. Quando eles foram efetuar o roubo no estabelecimento, o comerciante reagiu e trocou socos com o marginal que estava armado, tendo ele e seu comparsa fugido sem roubar o estabelecimento, entrando novamente em um veículo GM/Celta. O delegado Dr. Elton Costa explicou o risco de uma reação em um caso de roubo e fez o apelo. “Desaconselho qualquer tipo de reação. Aconselho as pessoas a tomarem um certo cuidado ao entraram e saírem de suas casas, que é o momento em que acontece a abordagem. Então, tome um certo cuidado, verifique se tem alguém estranho, fiquem sempre atentos, porque esse é o momento mais vulnerável e que ocorre a maioria dos crimes” disse o delegado.
Residência na Hípica Jaguari
Três dias antes, no dia 20 de setembro, uma residência na Hípica Jaguari foi roubada pelos marginais. Por volta das 6h mãe e filho saiam de casa para o trabalho, quando foram rendidos por dois homens armados, com um revólver e uma pistola. Eles logo perguntaram sobre o cachorro da vítima, o Bethoven. Intrigado a vítima perguntou como ele sabia o nome do animal de estimação, recendo a resposta do ladrão que o roubo foi “fita dada”, logo em seguida o marginal ainda perguntou pelo cofre da casa.
Ameaçando as vítimas de morte a todo momento, os bandidos ainda questionaram se tinha mais alguém na casa, sendo respondido que a companheira da vítima estava dormindo em um dos quartos. Um dos marginais foi com a vítima até o quarto onde a jovem dormia, enquanto a mãe do rapaz foi com o outro marginal até o quarto onde fica o cofre de onde foi subtraído cerca de R$ 3 mil. Os marginais ainda roubaram os celulares do rapaz e de sua companheira, além de uma mala com roupas e um veículo Fiat/Punto vermelho. Segundo relato da vítima, um dos marginais era negro e o outro era banco, um terceiro indivíduo estava do lado de fora da casa aguardando os comparsas em um carro para dar o “cavalo”. Após o roubo, as três vítimas foram trancadas no banheiro da residência. Após saírem, eles acionaram a PM. Mais tarde o carro da vítima foi encontrado abandonado na Avenida Rosa Raffanti Cechettini, próximo ao Conjunto Habitacional Marcelo Stéfani.
Carro dos Correios
Por fim, outro roubo foi realizado no dia 25 de setembro na Vila Esperança. Um funcionário dos Correios realizava entregas com o carro da empresa e quando retornou se deparou com um homem negro, portando uma arma encostado na porta do veículo. Ele apontou a arma para a cabeça do carteiro e disse “perdeu”, levando o veículo Fiat/Fiorino com 167 encomendas e 540 cartas, além da carteira e celular da vítima. Mais tarde populares acionaram a PM, informando que o veículo fora abandonado na estrada Aurélio Frias Fernandes, próximo a Santher. A PM foi ao local e constatou que os pacotes haviam sido levados. O gerente da agência de Correios foi acionado e levou a chave reserva do veículo que foi removido.