Ser superior ao adversário durante os 90 minutos não foi suficiente para o Bragantino sair com a vitória diante do Bahia, na noite de sábado, partida que marcou a reabertura da Arena Fonte Nova, em Salvador.
Resultado ruim para quem almeja vaga na Libertadores, pois foram mais três pontos desperdiçados contra adversários inferiores.
O jogo em si teve dois tempos distintos. No primeiro, ruim tecnicamente, o Bragantino comandou as ações, foi mais vezes à meta do Bahia, criou um pouco mais, porém não soube traduzir em gols esse melhor desempenho. O Bahia foi improdutivo no ataque e não conseguiu criar chances reais de gol.
Na etapa final os dois times aceleraram o ritmo, foram mais presentes no setor ofensivo, criaram boas chances, como a do Bahia, logo aos 59’, em jogada aérea de Oscar Ruiz, que cabeceou para grande defesa de Cleiton. Mesmo dominando, o Bragantino saiu atrás no marcador. A zaga do Massa Bruta repetiu erros anteriores, ficou marcando a bola e aos 61’, em cobrança de escanteio, deixou o atacante Rodallega sozinho no interior da pequena área, que teve tempo de se ajeitar para mandar às redes de ‘bicicleta’.
O gol não abalou os bragantinos, que oito minutos (69’) depois chegavam ao empate em boa jogada de Eric Ramires que entrou pela direita na área baiana, cruzou para Cuello, no outro extremo que ajeitou de cabeça para Ytalo completar. O gol não só fez justiça ao time, como também a Ytalo, que praticamente atuou sozinho durante toda a partida.
O Massa Bruta quase amplia aos 78’, em conclusão de Helinho que desviou na zaga, mas o goleiro Mateus Claus conseguiu grande defesa.
Desfalcado, o Bragantino sentiu as ausências de Artur, Praxedes e Lucas Evangelista. Resultado ruim e nova perda de pontos que vão fazer falta mais adiante.
ATUAÇÕES
Cleiton: Boas defesas e sem chance no gol de bicicleta de Rodallega. Ainda impediu um outro gol certo do atacante. Nota 7,0.
Aderlan: Foi bem na marcação e sentiu falta de Artur na construção de jogadas ofensivas pelo setor direito. Nota 7,0.
Léo Ortiz: Mais preso à zaga, falhou num lance pelo alto e assistiu a bola cruzar toda a extensão da área no gol do Bahia. Nota 5,5.
Natan: Também ficou espiando a trajetória da bola no gol do adversário. Nota 5,5.
Luan Cândido: No mesmo patamar de seus companheiros de zaga, teve dificuldades em apoiar. Nota 5,5.
Jadsom Silva: Voltou de suspensão com melhor desempenho que em outros jogos. Protegeu bem a zaga e quase deixa o seu ainda no primeiro tempo. Nota 6,5.
Vitinho: É fraco, destoa do restante da equipe, prende muito a bola e tem visão estreita de jogo, apesar de um lançamento primoroso para Ytalo no primeiro tempo. Nota 5,0.
Eric Ramires: Outro que fez boa apresentação, voltou para ajudar a defesa e mais presente na criação. Boa assistência na jogada do gol. Nota 7,0.
Helinho: Muita correria, quase consegue o desempate e um pouco melhor que das vezes anteriores. Nota 6,5.
Ytalo: Grande partida. Não só pelo gol, mas presente na área adversária e um garçom de primeira. Nota 7,5.
Cuello: Outra boa partida, partícipe no auxílio à defesa, na armação de jogadas e na assistência ao gol de Ytalo. Nota 6,5.
Barbieri: Já passou da hora de arrumar o setor defensivo. Os erros são os mesmos de sempre, com gols adversários oriundos de jogadas aéreas. E dois de bicicleta: Rodrigo Muniz (Flamengo) e Rodallega (Bahia). Nota: 6,0.
BAHIA 1 x 1 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 21ª rodada
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (BA)
Data: 18 de setembro de 2021 (sábado, 21 horas)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) – Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO)
Público e renda: Portões fechados
Cartões amarelos: Rodallega (Bahia) e Jadsom Silva e Gabriel Novaes (Bragantino)
Gols: Rodallega aos 61’ (Bahia) e Ytalo aos 69’ (Bragantino)
BAHIA: Mateus Claus, Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Luiz Otávio e Juninho Capixaba; Lucas Araújo (Edson), Lucas Mugni e Daniel (Gilberto); Oscar Ruyz (Maycon Douglas), Rodallega (Rodriguinho) e Isnaldo (Luizão). Técnico: Diego Dabove.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan (Weverton), Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Jadsom Silva (Weverson), Vitinho (Gabriel Novaes) e Eric Ramires; Helinho, Ytalo (Hurtado) e Cuello (Emiliano Martínez). Técnico: Maurício Barbieri.