Darlan Romani, residente em Bragança Paulista, onde também treina na sede da Confederação Brasileira de Atletismo (CBat), ficou perto do pódio no arremesso de peso na Olimpíada do Japão, na madrugada desta quinta-feira (5), no Estádio Olímpico de Tóquio. Ele terminou em quarto lugar, com a marca de 21,88 m, alcançada em sua primeira tentativa.
Quinto colocado nos Jogos do Rio-2016, Darlan passou por muitas dificuldades nesta temporada. Sofreu com uma hérnia de disco, que exigiu uma cirurgia em fevereiro, foi contaminado pelo coranavírus e ficou longe de seu treinador, o especialista Justo Navarro, que foi para Cuba em dezembro e não conseguiu retornar ao Brasil por causa da pandemia. “Todo mundo fez de tudo, o Comitê Olímpico do Brasil e a Confederação Brasileira de Atletismo fizeram de tudo para trazer o meu treinador. A gente fala disso todo dia”, comentou.
O norte-americano Ryan Crouser, recordista mundial, conquistou o bicampeonato olímpico, com 23,30 m, Joe Kovacs, também dos Estados Unidos, ficou com a medalha de prata, com 22,65 m, seguido do neozelandês Tomas Walsh, com 22,47 m.
O brasileiro, recordista sul-americano com 22,61 m, que ficou também em quarto lugar no Campeonato Mundial de Doha-2019, saiu muito abatido da competição. “A história se repete… 2019, Olimpíada… Os meninos estão de parabéns, o Crouser voltou a arremessar mais de 23 m, o Kovacs e o Walsh mais de 22 m. Os caras são bons. Eu acredito que poderia ter arremessado mais, ainda estou com cabeça quente, tenho de parar para analisar. Estou com a cabeça a milhão, mas quero agradecer a torcida”, disse Darlan.
O atleta nascido em Concórdia/SC teve dificuldades até para falar. “A pandemia complicou tudo, né? Em março do ano passado a gente vinha treinando muito forte, entrou a pandemia, teve a cirurgia, a COVID, enfim… É difícil falar”, comentou quase chorando. “Não tenho o que falar, só quero agradecer a torcida de todos. O Brasil pode ter certeza que mais uma vez sou quarto, mas não quero isso mais para a minha vida. Daqui a três anos tem a próxima Olimpíada e tenham certeza que se eu dava 200% agora tenho de dar 300% para subir ao pódio.”