Sonhar não custa nada, até porque a matemática é uma ciência exata, e ela ainda dá esperanças de classificação ao Bragantino para a Copa Libertadores deste ano.
A vitória desta quarta-feira (3) por 2 x 0, sobre o Atlético Goianiense, foi mais um passo nesse sentido. Triunfo que, diga-se de passagem, só ocorreu quando os comandados de Maurício Barbieri decidiram jogar bola.
Na etapa inicial o Bragantino só deu seu primeiro chute ao gol do goleiro Jean, aos 31 minutos. Antes, nos dez primeiros minutos, viu o rubro-negro de Goiás sufocar a defensiva do Massa Bruta com uma marcação alta, contínua e que resultou em três ataques perigosos, com Janderson, pela direita.
A partir daí o ritmo das duas equipes caiu muito e as jogadas ofensivas, de ambas as partes, ocorreram em menor intensidade. O primeiro chute perigoso foi de Helinho, aos 31 minutos, que obrigou Jean a uma boa defesa. Aos 35’ o Atlético chegou a marcar, através de Marlon Freitas, porém o VAR confirmou o impedimento. E o primeiro gol do Braga quase acontece aos 45’, em jogada de Ytalo (ao lado de Claudinho os dois melhores da partida), que Jean novamente defendeu. E no primeiro tempo foi só.
Na etapa final o Bragantino foi aos poucos empurrando o Atlético para sua defensiva, dominou as ações e passou a criar chances reais de gol. Mas aos 4’ quase o rubro-negro abre o marcador, em jogada que obrigou Cleiton a sair da área e dar um chutão.
Aos 10’, para coroar sua brilhante atuação, Ytalo marcou para o Bragantino em uma triangulação perfeita: Helinho tocou para Claudinho, na direita, já dentro da área, que com categoria achou Ytalo de frente para a meta goiana, que não desperdiçou. Dois minutos depois, porém, o empate poderia ter ocorrido, não fosse a intervenção de Edimar, que tirou a bola para a lateral, depois dela passar por entre as pernas de Cleiton, em jogada de Wellington Rato.
As substituições tiveram início a partir daí, nos dois times, e o Bragantino continuou dominando as ações e procurando a marcação do segundo gol. Que quase saiu em bom chute de Artur, que Jean mais uma vez defendeu.
De tanto insistir, o Massa Bruta começou a cair de produção a partir dos 39’, mas nem por isso permitiu qualquer reação do time goiano. O segundo gol poderia ter saído de uma jogada de Bruno Tubarão, aos 44’, mas saiu um minuto depois, com a marcação de um pênalti pelo VAR. Em jogada no interior da área do Atlético, a bola bateu na mão de Rithely e Claudinho cobrou só aos 48’, e se tornou o artilheiro do Brasileirão. E foi esperar pelo apito final do árbitro.
ATUAÇÕES
Cleiton: Fez boas defesas e, em algumas delas, evitou gols.
Aderlan: Voltou de contusão e atuou de forma correta, defendendo e atacando com a mesma intensidade.
Léo Ortiz: Preciso e fundamental em jogadas que poderiam ter originado gols do adversário.
Ligger: Outra boa atuação, inclusive em jogadas de ligação com o ataque.
Edimar: Sofreu bastante com Janderson, mas na maioria das jogadas levou vantagem. Melhor ofensivamente que na partida anterior.
Raul: Foi mais presente nas jogadas defensivas e na parte final do jogo controlou as ações no setor.
Claudinho: No primeiro tempo não se achou em campo. Na etapa final cresceu de produção até se tornar o artilheiro do campeonato.
Eric Ramírez: Figura apagada, pouco produziu e acabou substituído.
Artur: Melhor que em apresentações anteriores. Teve duas boas chances de marcar.
Ytalo: Partida ímpar. Atacou, voltou buscar a bola, foi o garçom eficiente de sempre, perdeu algumas oportunidades de gol, mas deixou o seu. Partidaço.
Helinho: Bom primeiro tempo, mais incisivo que em outros jogos, mas caiu de produção no segundo tempo.
Dos jogadores que entraram no decorrer da partida, destaque para Bruno Tubarão e Ricardo Ryller.
Barbieri: Tem o mérito de manter o mesmo time que vem alcançando bons resultado e tem feito as alterações com maior critério.
34ª RODADA
BRAGANTINO 2 x 0 ATLÉTICO-GO
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 3 de fevereiro de 2021 (quarta-feira, 19h15)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR) – Auxiliares: Bruno Boschilia (PR) e Sidmar dos Santos Meurer (PR)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Léo Ortiz e Helinho (Bragantino), William Maranhão, Rithely e Wellington Rato (Atlético-GO)
Gols: Ytalo aos 55’ e Claudinho aos 93’ (Bragantino
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar (Luan Cândido); Raul, Eric Ramírez (Ricardo Ryller) e Claudinho (Vitinho); Artur (Cuello), Ytalo e Helinho (Bruno Tubarão). Técnico: Maurício Barbieri.
ATLÉTICO-GO: Jean, Dudu, João Victor, Eder e Natanael; Marlon Freitas (Vitor Leque), William Maranhão (Pereira) e Matheus Vargas (Rithely); Wellington Rato, Chico (Danilo Gomes) e Janderson (Arnaldo). Técnico: Marcelo