Três pênaltis, todos assinalados pelo VAR, definiram o resultado do jogo entre Ceará e Bragantino, realizado no domingo à noite, em Fortaleza. O jogo em si teve dois tempos distintos, com ligeira superioridade do Vozão na etapa inicial, e um Bragantino que comandou as ações no segundo tempo.
As chances de gol nos primeiros 45 minutos foram poucas, mas alternadas entre os dois times. O Bragantino fez marcação quase que individual em Vina, Léo Chu e Fernando Sobral, neutralizando a criação de jogadas que se viu na vitória cearense contra o Flamengo. Ainda assim o Ceará colocou uma bola contra a trave de Cleiton. Também sem muita criatividade, os comandados de Barbieri esbarraram no forte esquema defensivo do Ceará.
A etapa final foi totalmente do Bragantino, que impôs o seu ritmo de jogo, subiu a marcação para o campo adversário, criou as melhores chances de gol e abriu o placar em jogada de Artur pela direita, que foi empurrado dentro da área pelo lateral Bruno Pacheco e o pênalti assinalado (pelo VAR). Isso aos 55’, que Claudinho converteu.
Embora mais bem postado, um pênalti infantil cometido por Ricardo Ryller, seis minutos depois, quase na pequena área, em que empurrou Luís Otávio, permitiu ao Ceará chegar ao empate. O árbitro não marcou, o jogo seguiu e muitos minutos depois o VAR chamou o árbitro, quando o Bragantino iria efetuar uma cobrança de escanteio, para rever a jogada e assinalar o pênalti. Lima bateu e empatou.
Mas foi o Bragantino que seguiu melhor e Aderlan, aos 75’, chuta para grande defesa de Richard. Aos 85’ Hurtado chuta forte e a bola passa rente ao gol e aos 95’ o VAR marca novo pênalti, cuja bola, depois de chutada por Claudinho, pegou no braço erguido de William Oliveira. A cobrança ocorreu aos 99’, depois de muita reclamação.
A arbitragem, bastante confusa, foi o destaque negativo do confronto, em que pese toda a experiência do árbitro.
No decorrer dos 90 minutos o Bragantino foi muito superior, teve mais posse de bola (64%), maior número de finalizações (15 x 12) e o dobro de chutes no gol (7 x 3).
Depois de 15 jogos fora de casa, o Bragantino obteve sua segunda vitória.
O time volta a campo amanhã, no Nabizão, para enfrentar o Vasco da Gama.
ATUAÇÕES
Cleiton: Boas defesas, principalmente no primeiro tempo e desta vez não abusou das saídas com os pés.
Aderlan: Atento na marcação, importante nas coberturas e muito inteligente quando atuou ofensivamente.
Léo Ortiz: Não teve muito trabalho, principalmente no segundo tempo.
Fabrício Bruno: Em que pese falhas na cobertura das laterais, não comprometeu.
Edimar: Teve muito trabalho no primeiro tempo, pois o Ceará concentrou as jogadas de ataque pelo seu setor. Foi bem no apoio.
Raul: Melhorou em relação ao jogo diante do Atlético-MG, mas longe de suas melhores atuações. Defensivamente foi melhor.
Ricardo Ryller: Compôs bem o meio-campo, ajudou na criação, mas conquistou o seu 9º cartão amarelo, que o deixará fora do jogo contra o Vasco. Eric Ramirez entrou faltando 15 minutos e não teve tempo de mostrar nada de especial.
Claudinho: Muito melhor na etapa complementar, quando chamou para si a responsabilidade de criar e atacar. Com os dois gols, é disparado o artilheiro da equipe.
Artur: Sofreu o pênalti no início do segundo tempo e só.
Ytalo: Compôs a marcação no primeiro tempo e teve uma boa chance aos 42’, quando cabeceou no canto e obrigou o goleiro cearense a grande defesa. Deu lugar a Hurtado, que finalizou uma vez, com perigo.
Helinho: Correu bastante nos primeiros 20 minutos, tentou infiltrações rápidas pela esquerda e depois caiu de produção. Foi substituído por Bruno Tubarão, que no pouco tempo em campo criou duas ou três boas jogadas de ataque.
Barbieri: Foi inteligente ao neutralizar o bom meio-campo do Ceará, logo de início, com marcações quase que individuais, o que possibilitou um jogo sem grandes sustos. Também acertou ao realizar apenas 3 mudanças durante os 90 minutos.
30ª RODADA
CEARÁ 1 x 2 BRAGANTINO
Local: Arena Castelão, Fortaleza (CE)
Data: 17 de janeiro de 2021 (domingo, 20h30)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ) – Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Henrique Alves de Lima Filho (RJ)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Bruno Pacheco (CE) e Edimar e Ricardo Ryller (Bragantino)
Gols: Lima aos 61’ (Ceará) e Claudinho aos 55’ e aos 96’ (Bragantino)
CEARÁ: Richard, Samuel Xavier, Tiago, Luís Otávio e Bruno Pacheco; Fabinho (William Oliveira), Fernando Sobral, Lima (Victor Jacaré), Léo Chu (Saulo Mineiro) e Vina (Kelvyn); Cleber (Wescley). Técnico: Guto Ferreira.
BRAGANTINO: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul, Ricardo Ryller (Eric Ramires) e Claudinho; Artur, Ytalo (Hurtado) e Helinho (Bruno Tubarão). Técnico: Maurício Barbieri.