A partida que o Bragantino faz amanhã no Nabizão, 21h30, diante do líder São Paulo, válida pela 28ֺª rodada do Brasileirão, se revestiu de extrema importância depois de duas derrotas seguidas: uma em casa para o Furacão paranaense e outra no Allianz Parque, para o Palmeiras.
A equipe voltou a flertar com a Zona de Rebaixamento e tem, com o jogo de amanhã, mais duas difíceis jornadas: contra o Atlético Mineiro (que briga pelo título) e o Ceará, confronto marcado para Fortaleza.
O time folgou na virada e primeiro dia do ano, mas voltou às atividades no sábado e domingo, e hoje faz um recreativo para decidir qual equipe entra em campo. O técnico Maurício Barbieri, que não participou à beira do campo contra o alviverde paulista, por estar suspenso, volta ao comando. Outro que estava suspenso e volta é o lateral Luan Cândido. O jogador Helinho, que durante 10 dias esteve entregue ao Departamento Médico, se recuperou, porém por força de contrato está impedido de enfrentar o São Paulo, que detém os seus direitos federativos.
Se não houver imprevistos de última hora, Claudinho e Lucas Evangelista devem iniciar como titulares, o que não ocorreu diante do Palmeiras. A provável escalação: Cleiton, Aderlan, Leo Ortiz, Fabricio Bruno (Ligger) e Luan Cândido; Raul, Lucas Evangelista e Claudinho; Artur, Ytalo e Cuello (Bruno Tubarão).
São Paulo – O tricolor do Morumbi, que pretende manter a folga na tábua de classificação, tem duas ausências certas: Luan (suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e Pablo (lesionado). Um dos destaques do time, Luciano, ainda é dúvida, pois segue com uma inflamação na perna esquerda e ainda depende de avaliação.
O técnico Fernando Diniz também não definiu o ‘onze’ que vai a campo, mas pode optar por Tiago Volpi, Juanfran, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Igor Gomes, Daniel Alves e Gabriel Sara; Brener e Toró (Paulinho Boia ou Vitor Bueno).
Arbitragem – A CBF escalou um quinteto paulista para responder pela arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (árbitro), Danilo Ricardo Simon Manis e Miguel Caetano Ribeiro da Costa (auxiliares), Ilbert Estevam da Silva (quatro árbitro) e Márcio Henrique de Góis (árbitro de vídeo).
Rodada – Completam a rodada mais cinco partidas nesta quarta (6) e duas na quinta (7). Hoje: Botafogo x Athetico-PR (Estádio Nilton Santos (RJ), 19h15); Coritiba x Goiás (Estádio Couto Pereira (PR), 20h30); Grêmio x Bahia (Arena do Grêmio (RS), 20h30); Sport x Fortaleza (Estádio Ilha do Retiro (PE), 20h30) e Flamengo x Fluminense (Maracanã (RJ), 21h30). Amanhã: Ceará x Internacional (Arena Castelão (CE), 19 horas) e Atlético-GO x Vasco (Estádio Antônio Accyoli (GO), 21 horas. Dois jogos desta rodada foram adidados: Palmeiras x Corinthians (18 de janeiro, no Allianz Parque) e Atlético-MG x Santos (27 de janeiro, no Mineirão).
BRAGANTINO x SÃO PAULO: Uma história de 80 anos
A história de Bragantino e São Paulo começou exatamente há 80 anos, num 1º de setembro de 1940, domingo, em Bragança, partida amistosa num estádio acanhado, que nove anos depois veio dar lugar ao Marcelo Stefani. E já de cara o tricolor se saiu vencedor, goleando por 4 x 1, gols de Paulo (2), Juarez e Mendes. Dezesseis anos depois, também amistosamente, voltaram a se enfrentar, agora já no Marcelo Stefani, no dia 5 de agosto der 1956, e novo triunfo do tricolor, por 2 x 1, gols de Turcão e Dino Sani para o São Paulo.
O primeiro
Em jogos oficiais a história de ambos começou quando o Bragantino ascendeu à principal divisão do futebol paulista, em 1966. E o primeiro embate se deu no feriado de 7 de setembro, com um Marcelão lotado, mais de 5 mil pagantes, público que o Bragantino de hoje consegue raríssimas vezes. Além de ser o primeiro jogo contra um grande do Estado, outra atração fez parte do espetáculo: o árbitro Armando Marques, o mais famoso não só da época, mas certamente de todos os tempos. O Massa Bruta perdeu por 1 x 0, em jogo equilibrado, gol foi anotado pelo atacante Prado, que saiu justamente do Bragantino, no início dos anos 1960, para atuar no clube do Morumbi.
BRAGANTINO 0 x 1 SÃO PAULO
Local: Estádio Marcelo Stefani, Bragança Paulista (SP); Data: 7 de setembro de 1966 (quarta-feira); Árbitro: Armando Marques; Renda: Cr$ 15.354.000 (5.600 pagantes). Gol: Prado aos 64’ (São Paulo). Bragantino: Odarci; Luizinho, Luizão, Valter e Ivan; Armando e Roberto Coelho; Dema, Toninho Mineiro, Aloísio Mulato e Araras. Técnico: João Avelino. São Paulo: Fábio; Osvaldo Cunha, Bellini, Jurandir e Tenente; Nenê e Adiber; Valter Zum Zum, Prado, Babá e Paraná. Técnico: Aymoré Moreira.
Returno – Já em situação bastante delicada na tabela de classificação, o Bragantino foi ao Cícero Pompeu de Toledo, no dia 23 de outubro, já em situação muito ruim na tabela de classificação, e embora tenha feito uma boa partida, inclusive saindo na frente no placar, acabou por sofrer nova derrota.
SÃO PAULO 3 x 2 BRAGANTINO
Local: Estádio Cicero Pompeu de Toledo (Morumbi), Capital (SP); Data: 23 de outubro de 1966 (domingo); Árbitro: José Astolphi. Renda: Cr$ 5.793.000 (2.929 pagantes). Gols: Fefeu aos 13’ e Adilson aos 17’ e aos 52’ (São Paulo) e Araras aos 8’ e Wilsinho aos 21’ (Bragantino). São Paulo: Fábio; Renato, Bellini, Jurandir e Celso; Fefeu e Nenê; Iaúca, Adilson, Babá e Paraná. Técnico: Aymoré Moreira. Bragantino: Aldo; Robertão, Ivan, Valter e Ferrari; Roberto Coelho e Hélio Burini; Araras, Toninho Mineiro, Aloisio Mulato e Wilsinho. Técnico: Neivaldo.
Título
A primeira e única decisão de título contra um grande clube que o Bragantino realizou, foi contra o São Paulo, no Brasileirão de 1991, com vitória tricolor no jogo de ida, 1 x 0, no Morumbi, gol de Mário Tilico, no dia 5 de junho de 1991, e empate sem gols no jogo de volta, em Bragança, para um público de 12.492, arbitragem de José Roberto Wright. As equipes foram a campo com: BRAGANTINO – Marcelo, Gil Baiano, Júnior, Nei e Biro-Biro; Mauro Silva, Ivair (Luís Müller), Alberto Félix e Mazinho Oliveira; Sílvio e João Santos (Franklin). Técnico: Carlos Alberto Parreira. SÃO PAULO – Zetti, Zé Teodoro, Antônio Carlos Zago, Ricardo Rocha e Leonardo; Ronaldão, Bernardo, Cafu e Raí; Macedo e Müller. Técnico: Telê Santana.
Retrospecto
Ao longa da história dos dois clubes foram 44 partidas, computando-se o amistoso de 1956, com 25 vitórias do São Paulo, 8 do Bragantino e 11 empates. Os tricolores anotaram 72 gols e os bragantinos, 39.
O maior triunfo do Braga foi pelo placar de 3 x 1, no dia 13 de agosto de 2014, em jogo válido pela Copa do Brasil. Pelo lado são-paulino, a vitória mais elástica foi em Bragança, já no estádio Nabi Abi Chedid, quando goleou o Massa Bruta por 5 x 0, no Paulistão, dia 14 de fevereiro de 2015.