“Todas vitórias ocultam uma abdicação” (Simone de Beauvoir)
MOBILIDADE (I)
A prefeitura, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, reorganizou o tráfego no estacionamento do Jardim Público nos dias de semana quando há jogos do Bragantino. A questão foi levantada aqui na Coluna semana passada. Aquela área de estacionamento é utilizada pelos frequentadores do entorno do Jardim Público e principalmente por pais de alunos que os buscam no Instituto Educacional Coração de Jesus. Ocorria que as vagas do estacionamento eram interditadas para dar lugar a barracas de bebidas e comida por volta das 16 horas, impedindo o acesso ao colégio no horário de saída dos alunos.
Nesta quinta-feira, por ocasião do jogo Bragantino x Água Santa, o setor de Trânsito procedeu as alterações, liberando cerca de 80 % das 50 vagas, satisfazendo a necessidade de todos. Parabéns!
MOBILIDADE (II)
Outra situação que requer ação imediata da Secretaria de Mobilidade ocorre no cruzamento da avenida Imigrantes com os acessos à rodovia Capitão Bardoino e Jardim da Fraternidade. Nos horários de pico os semáforos tornam-se supérfluos devido ao excesso de veículos que, somado a indisciplina de alguns motoristas, ocasionam congestionamento e os riscos de acidentes são iminentes, provocando uma demora de 30 minutos para se trafegar ao menos 100 metros, gerando caos, além de torrar a paciência até de um monge. É necessário a presença de um ou mais agentes de trânsito para disciplinar o tráfego.
MOBILIDADE (III)
A prefeitura construiu ciclovia ao longo da avenida dos Imigrantes para minimizar os riscos aos ciclistas que a utilizam para trabalhar ou praticar o esporte.
Porém, no trecho da empresa Amaral até o fatídico cruzamento dos acessos à rodovia e ao Jardim Fraternidade, nos horários de pico, se transforma em motovia. Diante do congestionamento que expliquei no tópico anterior, moto-táxi, moto delivery e particulares invadem a ciclovia e praticamente expulsam os ciclistas da sua via exclusiva. É uma vergonhosa e inadmissível falta de respeito e educação.
Talvez a presença de um agente de trânsito para fiscalizar as duas situações que ocorrem simultaneamente no mesmo local possa minimizar os problemas e aliviar o aborrecimento e a paciência dos usuários.
CAMPANHA
Há muito tempo não se promove campanha em massa de orientação e educação no Trânsito em Bragança Paulista, um dos setores em que a minoria da população indisciplinada atazana a vida da maioria e, muitas vezes, ceifa vidas.
Já que os vereadores estão inertes às questões que envolvem o cotidiano da população, como o trânsito por exemplo, fica aqui as duas sugestões ao prefeito.
ELEIÇÃO
Desde a redemocratização do Brasil nunca houve tantas incertezas em período pré-eleitoral no Brasil como ocorre neste ano.
Uma situação historicamente inusitada, onde se debate a pandemia, ideologia e comportamento de pré-candidatos, além de uma disputa frenética pelo dinheiro público que financiará os partidos e a eleição, principalmente aos concorrentes aos cargos de governador e presidente da República.
Para os cargos do legislativo a disputa também é acirrada mas menos feroz. A decepção, pelo que se convencionou nominar em todas eleições anteriores como Renovação, provocada pelos novatos eleitos em 2018, praticamente extingue o argumento “ Renovar” como instrumento de convencimento do eleitor.
A maioria dos novatos eleitos em 2018, que levou milhares de votos de Bragança e região, foi uma decepção. O eleitor acreditou no novo e se ferrou.
Quando começar a campanha, entre agosto e setembro, esse pessoal, geralmente com a mesma cara de pau, vai reaparecer e tentar levar o voto mais uma vez. Tem eleitor que precisa deixar de ser otário. Eleição não é concurso de beleza, nem de poesia, fala mansa, muito menos ação de caridade. Eleição é coisa muito séria e o voto, a arma potente de reconhecimento por quem faz do cargo um instrumento de ação e trabalho que resulta em benefícios para a cidade e qualidade de vida da população. Está aí o trabalho do prefeito Jesus e do deputado Edmir Chedid para comprovar o que estou dizendo.
PESQUISAS (I)
As pesquisas eleitorais, que pululam aqui e ali, ao gosto de quem as contrata, tem um ponto em comum: o principal candidato da Terceira Via na eleição presidencial tem nome: Voto Nulo. Na média, tem 9% do eleitorado, o que é mais que os 8% de Sérgio Moro, 7% de Ciro Gomes e 3% de João Dória. Para experientes analistas, num eventual segundo turno o Voto Nulo deve crescer significativamente, pois avalia-se que Sérgio Moro vai para Washington, Ciro Gomes para Paris e João Dória para Dubai.
ELEIÇÃO (II)
Ainda se pode extrair das pesquisas que, além dos que pretendem anular o voto, outros 25% ainda não escolheram candidato. Numa rápida operação matemática, na soma de ambos chega-se a um contingente considerável de 30% de eleitores. Se a Terceira Via apresentar esse nome, tem todas as chances de vencer. Mas corremos o risco do Voto Nulo virar presidente do Brasil.
BENGALA
Os acordos ‘de cavalheiro’ e ‘negócios de interesse de grupos’ continuam sendo usados à vontade por deputados e senadores. A mais recente diz respeito à PEC (Proposta de Emenda à Constituição 32/21) que eleva de 65 para 70 anos a idade máxima para nomeação em tribunais superiores, também conhecida como a “PEC da Bengala”. A matéria segue para análise do Senado. Uma vez em vigor, vai permitir aos políticos indicarem amigos e correligionários para o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), tribunais regionais federais (TRFs), Tribunal Superior do Trabalho (TST), tribunais regionais do Trabalho (TRTs), Tribunal de Contas da União (TCU) e Superior Tribunal Militar (STM), este em relação aos indicados civis.
REFLEXÃO: Salmos 55 1:23
- Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração, e não te escondas da minha súplica.
2. Atende-me, e ouve-me; agitado estou, e ando perplexo,
3. por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim iniqüidade, e com furor me perseguem.
4. O meu coração constrange-se dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram.
5. Temor e tremor me sobrevêm, e o horror me envolveu.
6. Pelo que eu disse: Ah! quem me dera asas como de pomba! então voaria, e encontraria descanso.
7. Eis que eu fugiria para longe, e pernoitaria no deserto.
8. Apressar-me-ia a abrigar-me da fúria do vento e da tempestade.
9. Destrói, Senhor, confunde as suas línguas, pois vejo violência e contenda na cidade.
10. Dia e noite andam ao redor dela, sobre os seus muros; também iniqüidade e malícia estão no meio dela.
11. Há destruição lá dentro; opressão e fraude não se apartam das suas ruas.
12. Pois não é um inimigo que me afronta, então eu poderia suportá-lo; nem é um adversário que se exalta contra mim, porque dele poderia esconder-me;
13. mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo.
14. Conservávamos juntos tranqüilamente, e em companhia andávamos na casa de Deus.
15. A morte os assalte, e vivos desçam ao Seol; porque há maldade na sua morada, no seu próprio íntimo.
16. Mas eu invocarei a Deus, e o Senhor me salvará.
17. De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei; e ele ouvirá a minha voz.
18. Livrará em paz a minha vida, de modo que ninguém se aproxime de mim; pois há muitos que contendem contra mim.
19. Deus ouvirá; e lhes responderá aquele que está entronizado desde a antigüidade; porque não há neles nenhuma mudança, e tampouco temem a Deus.
20. Aquele meu companheiro estendeu a sua mão contra os que tinham paz com ele; violou o seu pacto.
21. A sua fala era macia como manteiga, mas no seu coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite, todavia eram espadas desembainhadas.
22. Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.
23. Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de traição não viverão metade dos seus dias; mas eu em ti confiarei.