Bragança Paulista encerrou 2023 com 164 casos de dengue confirmados e 497 notificações para a doença. Esse número representa uma queda de 32,5% em casos confirmados em relação ao ano de 2022. Os números até agora registrados de notificações e casos confirmados, mostram que esse ano o cenário deve ser diferente. Nos primeiros 25 dias do ano já são 340 notificações – 70,5% do total de notificações do ano passado inteiro – e 77 casos positivos para a doença – 47% do total de casos confirmados em 2023. O quadro se mostrou positivo no ano passado, também devido as ações tomadas pelo Prefeitura no combate à doença no município com os Arrastões de Limpeza, visitas de casa a casa, bloqueio de controle de criadouros, visitas a pontos estratégicos e imóveis especiais, entregas de folders, ações educativas com palestras nas escolas municipais e atendimentos de denúncias de foco de dengue, e a implantação de fluxograma de atendimentos nas UPA’s.
A participação e conscientização da população é imprescindível para que Bragança não seja mais um município brasileiro com o surto da doença. Quando o quadro muito agravado por todo País, o Ministério da Saúde anunciou nova ação para o enfrentamento das arboviroses, a tão esperada vacinação contra a dengue. O imunizante já faz parte do calendário vacinal nacional e começará a ser aplicado em fevereiro em algumas regiões estratégicas e Bragança Paulista e região não está entre elas.
Do Estado de São Paulo foram incluídos nessa primeira vacinação 11 municípios endêmicos, sendo eles: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Todos pertencentes a região do Alto do Tietê.
Enquanto o município não é incluído na vacinação contra a Dengue, a Prefeitura intensificará as ações com a confecção e distribuição de informativos e faixas colocadas em pontos estratégicos, aquisição de testes rápidos que serão realizados de acordo com o critério médico; nebulização veicular nas ruas; e a nebulização costal em casas e/ou comércio com infestação de mosquito.
Sobre a vacina – O Brasil é o primeiro país do mundo a vacina contra a dengue disponível no sistema público de saúde. Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina Qdenga ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS. Serão entregues mais de 5 milhões de doses, entre fevereiro e novembro.
No entanto, o público vacinado contra a doença vai ser menor, já que são necessárias duas aplicações para a imunização completa em uma janela de três meses. O volume é por limitação na capacidade de produção.
Com isso, o governo teve de definir os seguintes critérios de priorização: serão vacinados a princípio de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos por estarem entre o público com maior número de internações pela doença; foram incluídos os municípios de grande porte — que são aqueles com mais de 100 mil habitantes — e com classificação de alta transmissão de dengue do tipo 2. Além disso, as cidades próximas a esses locais também foram incluídas no que o governo chama de “regiões de saúde”.
Por isso, vão receber a vacina 521 cidades contempladas que incluem 16 estados e o Distrito Federal. O número representa pouco mais de 10% do total de municípios no país — 5.570.
Em 2023, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan online), do Ministério da Saúde, revelam que foram registradas 1.079 mortes pela doença até o último dia 27 de dezembro. Em 2022, o número de óbitos fechou em 1.053.