Difícil imaginar como seria o desenrolar da partida desta quinta-feira (19), na Vila Belmiro, se o Santos tivesse aberto o placar logo aos 40 segundos de jogo, em jogada que foi concluída três vezes a gol: uma bola na trave, no rebote defesa de Cleiton e em novo rebote, arremate sobre a meta. E aos 4 minutos, também em grande defesa do goleiro do Massa Bruta.
O Bragantino, depois do susto, se assentou em campo, passou a controlar as ações, colocou em prática o seu futebol costumeiro e foi envolvendo o Santos. E como aquele que não ‘faz’ acaba tomando o gol, foi isso o que aconteceu aos 8 minutos, depois de um chute da entrada da área de Aderlan, que se chocou com o travessão e, no rebote, Eduardo Sasha de cabeça abriu o marcador.
Foi o bastante para o Peixe acusar o golpe, começar a errar passes e permitir maior controle de bola para os comandados do técnico Caixinha. O Santos ainda fustigou a meta de Cleiton uma ou duas vezes, mas foi novamente Sasha, de pênalti, aos 28 minutos, que ampliou a vantagem, depois de uma pintura de lançamento de Léo Ortiz para Matheus Gonçalves, que se aproveitou da falha da zaga, encobriu o goleiro João Paulo e foi derrubado. O Bragantino ainda exigiu duas grandes defesas do goleiro santista.
Etapa final – O melhor dos mundos para o Bragantino aconteceu logo aos 2 minutos do segundo tempo, com o novo ‘talismã’ do time, Eric Ramires, que concluiu a gol após passe de Helinho. Aí o Santos desabou.
As substituições feitas pelos dois técnicos deu melhor resultado para o Bragantino, que detinha a posse de bola, trocava passes sem pressa, mas tudo mudou com a entrada de Thiago Borbas no lugar de Sasha. Aí o Braga praticamente abdicou de atacar e deu todo o campo para o Santos crescer, criar inúmeras oportunidades, principalmente com Soteldo e Julio Furch, e novos ‘milagres’ de Cleiton. A insistência deu resultado e a 4 minutos do fim, em chute cruzado de Soteldo, Léo Ortiz tentou cortar e fez o gol contra. Fim de jogo.
Vice-líder do campeonato, o Bragantino volta a campo amanhã, às 18h30, no Estádio Nabi Abi Chedid, quando recebe o Fluminense.
ATUAÇÕES
Cleiton: Pelo menos quatro grandes defesas, principalmente no início da partida, que garantiram o resultado. Nota 8,0.
Aderlan: Bom primeiro tempo, ótimo no apoio ao ataque e participação no primeiro gol. Nota 7,5.
Luan Patrick: Na maioria das ações vai bem, mas peca ainda nas tentativas de sair jogando e em jogadas de recuperação. Não comprometeu. Nota 7,0.
Léo Ortiz: Um primeiro tempo primoroso, com direito a um passe magnífico que originou o segundo gol do time. No segundo tempo ficou mais na marcação. Nota 8,0.
Luan Cândido: Boa partida quando resolveu apoiar o ataque. Defensivamente ainda provoca arrepios no torcedor e nos companheiros. Nota 6,5.
Raul: Começou como titular, mas ainda demonstra falta de ritmo, principalmente em relação aos companheiros que têm um jogo encaixado. Nota 6,0.
Matheus Fernandes: Um primeiro tempo em que ajudou bastante na criação, e depois caiu um pouco de produção até ser substituído. Nota 6,5.
Lucas Evangelista: O maestro do time, cria jogadas, ajuda na marcação e se desloca por todo o campo com facilidade. Nota 7,5.
Matheus Gonçalves: A surpresa de Caixinha na escalação. Muito bom primeiro tempo e rápido na jogada que originou o pênalti. Nota 7,0.
Eduardo Sasha: Sua movimentação ofensiva, para abrir espaços aos companheiros é perfeita. Para coroar a atuação, fez dois gols. Nota 9,5.
Vitinho Kiev: Se movimentou bem pela esquerda e levou perigo ao Peixe por seu setor. Nota 7,0.
Helinho: Entrou no segundo tempo, correu bastante e foi o garçom do gol de Eric Ramires. Nota 7,0.
Jadsom Silva: Entrou para compor o meio-campo e ajudar na marcação. Nota 6,5.
Eric Ramires: O talismã de Pedro Caixinha. Três jogos em que entra na etapa final e três gols assinalados. Nota 7,5.
Sorriso: Entrou para tentar prender a ala direita do Santos em seu campo de defesa. Nota 6,0.
Thiago Borbas: No esquema de jogo adotado por Caixinha não tem lugar no time. É lento, pouco participativo e não consegue deslocações rápidas. Prejudicou as ações ofensivas desde que entrou na etapa final. Nota 5,0.
Pedro Caixinha: Surpreendeu na escalação que iniciou a partida, foi perceptivo em quatro substituições e cobrou os jogadores durante todo o tempo. Nota 7,5.
SANTOS 1 x 3 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro – 27ª Rodada
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), Santos (SP)
Data: 19 de outubro de 2023 (quinta-feira, 20 horas)
Árbitro: Raphael Claus (SP/Fifa) – Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP/Fifa) e Daniel Paulo Ziolli (SP) – Árbitro de vídeo: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG/Fifa)
Público: 12.850 pagantes – Renda: R$ 523.612,50
Cartões amarelos: João Paulo, Jean Lucas, Dodi e Nonato (Santos) e Luan Patrick (Bragantino)
Gols: Eduardo Sasha aos 8’ e aos 28’ e Eric Ramires aos 47’ (Bragantino) e Léo Ortiz (contra) aos 86’ (Santos)
SANTOS: João Paulo; João Basso, Joaquim e Dodô; Lucas Braga, Dodi (Weslley Patati), Jean Lucas e Lucas Lima (Mendoza); Kevyson (Nonato), Maxi Silvera (Soteldo) e Marcos Leonardo (Julio Furch). Técnico: Marcelo Fernandes.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Luan Patrick, Léo Ortiz e Luan Cândido; Raul (Helinho), Matheus Fernandes (Eric Ramires) e Lucas Evangelista; Matheus Gonçalves (Jadsom Silva), Eduardo Sasha (Thiago Borbas) e Vitinho Kiev (Sorriso). Técnico: Pedro Caixinha.