“O jogador vê, o craque antevê” (Armando Nogueira, jornalista e cronista esportivo)
VICE-LÍDER
Assim como quem não quer nada, o Bragantino foi indo, indo, indo e já é o vice-líder do Campeonato Brasileiro. Surpresa? Até certo ponto sim, pois os chamados ‘favoritos’ continuam sendo Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Grêmio e, claro, por enquanto, o líder Botafogo. A consistente campanha do Massa Bruta, principalmente nos jogos como mandante, o levaram a essa posição privilegiada, e certamente vai aparecer com um dos maiores percentuais para disputar a Libertadores, nos cálculos dos muitos matemáticos que, a cada rodada, são obrigados a refazer as contas.
DIFÍCIL
A vitória diante do Palmeiras foi difícil, mesmo o time do técnico Abel com uma equipe reserva, com 7 jogadores da base. O Bragantino errou muito no primeiro tempo, principalmente pela falta de sintonia entre a defesa e o meio-campo. O gol de Endrick, que recebeu a bola entre os dois ‘Léos’, é um erro primário no futebol. O espírito de luta mostrado no segundo tempo, fez por merecer o triunfo.
UMA SEMANA
O técnico Pedro Caixinha vai ter mais uma semana inteira para preparar o time que vai enfrentar, no próximo domingo, o Athletico Paranaense, lá em Curitiba. Desta vez quem ficará de fora é Lucas Evangelista, que levou o terceiro amarelo diante do alviverde.
DERROTA
Se os reservas do Palmeiras fizeram bonito em Bragança, os do Fluminense tomaram um ‘passeio’ do Cuiabá, que voltou a vencer na competição por 3 x 0. E com os três pontos conquistados, se afastou mais da zona de rebaixamento.
EFETIVADO
Já não é a primeira vez que o técnico Marcelo Fernandes é efetivado como titular na equipe do Santos. Sempre que o barco começa a ir a pique, o chamam para dar jeito na situação. Novamente está dando certo, com duas vitórias que tiraram o Peixe do Z4. Mas é preciso deixá-lo trabalhar e evitar a contratação de um novo treinador que, como manda o manual, começará tudo do zero.
VALE-TUDO
Na briga na parte de baixo da tabela do Brasileirão, quando o jogo é entre aqueles ‘desesperados’, vale-tudo. Na Vila Belmiro, o locutor do estádio, antes do início da partida, bradou alto e bom som que o adversário do Peixe, o Vasco, ‘é a equipe que mais conhece a Série B’. Precisava chegar a tanto?
PEGANDO FOGO
A briga pelo acesso à elite do Brasileirão continua pegando fogo. Com 8 rodadas para o término e 24 pontos em disputa, a decisão de quais os quatro que vão subir, deve ficar mesmo para a última rodada. A diferença entre o líder Vitória (58 pontos) e o 5º colocado, Novorizontino é de 7 pontos. De 8 pontos se ampliarmos até o 6º colocado. Briga que vai deixar os torcedores à beira de um ataque de nervos. A classificação hoje é a seguinte: Vitória (58 pontos), Sport (54), Juventude e Guarani (53), Novorizontino (51) e Atlético Goianiense (50 pontos). A destacar o excelente trabalho de Thiago Carpini, que tirou o Juventude da zona de rebaixamento e o colocou na terceira posição.
NOS ANAIS
Assim como na política, há coisas no futebol que só acontecem no Brasil. No Brasileirão de 1968, à época chamado de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, num domingo dia 6 de outubro, a Portuguesa de Desportos foi jogar diante do Bahia, na Fonte Nova, em Salvador. A campanha de ambos no campeonato foi ruim, terminando nas duas últimas colocações do grupo. Pois bem, voltando ao jogo, um fato inédito até hoje consta nos anais da então CBD (Confederação Brasileira de Desporto), hoje CBF. Assim que chegou a Salvador, para ter acesso à Fonte Nova, acredite o leitor, a Portuguesa só conseguiu depois de pagar ingresso. Isso mesmo, jogadores, comissão técnica e dirigentes tiveram que pagar e, só assim, ter acesso ao estádio. O placar final, de 1 x 0 para a Lusa, pelo menos serviu de vingança.