“Amor pelo jogo, paixão por competir – mas tudo tem um preço.” (Abel Ferreira, técnico multicampeão pelo Palmeiras)
ENTREVISTA (I)
A entrevista que o CEO do Bragantino, Diego Cerri, concedeu ao site GE, foi mais do mesmo. Repetição enfadonha de outras declarações dadas ao mesmo portal. O mais preocupante, de acordo com o que disse, é que o time fez um bom campeonato, assim como no Paulistão. Se o sarrafo é para ser colocado nesse patamar, então foi bem demais. Lutou para não ser rebaixado no Brasileirão e por pouco não ficou de fora das quartas de final do Paulista. Sobre o elenco, as declarações geram ainda mais calafrios. Cerri afirmou que o elenco, de modo geral, é bom e que precisam ser utilizados jovens talentos da base. Na verdade, e em campo é isso o que se viu, o elenco é fraco. Como em toda regra, há exceções, mas a maioria não tem futebol para a elite nacional. Em relação aos ‘talentos’ da base, até hoje nenhum vingou. Vários ‘inhos’ surgiram, tipo Bruninho, Gustavinho e Vinicinho, que não chamaram a atenção de nenhum outro clube e, portanto, estão longe de atingir a meta da Red Bull, de fazer dinheiro com eles.
ENTREVISTA (II)
Quem leu com atenção a entrevista, percebeu que as perguntas foram feitas em tom blasé, sem criar saia justa ao entrevistado. Um ponto importante, como a pior média de público no campeonato, nem foi cogitado. Foi um vexame o total de torcedores nos jogos do Braga em casa. Diante dos chamados clubes grandes, se a torcida adversária não tivesse vindo a Bragança, o vexame seria ainda maior. Um exemplo: Bragança tem três vezes mais habitantes que Mirassol. Por mais que o time estreante na Série A tenha realizado excelente campanha, é inimaginável ficar à frente do Massa Bruta na média final de público em 19 jogos disputados em casa, como foi constatado.
FORA DA LIBERTA
O São Paulo até fez a parte dele, conseguindo perder do desesperado Vitória na Bahia. Ou seja, deu todas as chances ao Bragantino de, vencendo o Internacional, ficar com uma das vagas na pré-Libertadores. Mas aí o Massa Bruta fez aquilo que já se esperava: perdeu do Colorado gaúcho, e pelo mesmo placar do primeiro turno, em Bragança: 3 x 1. O time da Red Bull vai ter que se contentar com a Sul-Americana. Para essa empreitada, no entanto, não vai poder ficar com esse elenco.
EQUAÇÃO
Time com um Centro de Treinamento de primeiríssimo mundo, que custou milhões de dólares; futuro estádio para 20 mil pessoas, moderno e tecnológico, que também deverá custar muitos milhões e um time que não ganha absolutamente nada. Como resolver essa equação?
VAI FICAR?
Na tal entrevista do CEO do Braga, não foi confirmada a renovação de contrato com o técnico Vagner Mancini. Dois caminhos se impõem: se é para disputar campeonatos com performance ‘meia boca’, mas não sem sustos, Mancini continua. Se o objetivo é alcançar títulos, já que o time vai disputar Paulistão, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Brasileirão em 2026, então o nome terá que ser outro, mas longe de Mancinis, Seabras, Caixinhas, Barbieris etc.
MUDANÇA
Reunião na CBF alterou a fórmula de classificação dos clubes para a Libertadores do ano que vem. Ao invés dos seis primeiros colocados do Brasileirão, agora serão cinco. Os outros dois vão sair da Copa do Brasil, ou seja, campeão e vice.
AGRONEGÓCIO
Com a paralisação do futebol, vai ter início a fase do agronegócio, com a plantação de notícias sobre a contratações de jogadores. Todos os dias a imprensa especializada vai divulgar que vários jogadores estariam propensos a jogar nos grandes clubes brasileiros. E a grande mídia não economiza. Se deixar, colocam Cristiano Ronaldo, Messi, Haaland, M’bappé, Yamal, Estevão no Flamengo. Sim, a preferência na hora de puxar o saco, é o rubro-negro carioca.
CAMPEÃO
A equipe do União Santa Filomena, sem sustos, conquistou o Amador Série D no último domingo. Juntamente com o Central Paulista, vice, disputam a Série C no ano que vem. O certame transcorreu sem sustos e incidentes maiores.
AMADOR
Todas as competições de futebol amadoras na cidade foram encerradas e só retornam no ano que vem, depois do Carnaval. O mesmo vale também para as competições de futsal, campeonato de menores (campo e salão) e os principais campeonatos, Séries A, B, C e D. A Liga Bragantina levou todas essas disputas sem problemas dentro ou fora de campo.