Em mais uma ação relâmpago, a Delegacia de Investigações Gerais – DIG, resolveu o homicídio de Ederson Aparecido Tridente, de 36 anos, na madrugada de domingo, 7. Um homem de vulgo “Pantera” de 50 anos, que foi cúmplice do crime e transportou o corpo até seu descarte às margens do ribeirão Lavapés, no Jardim da Fraternidade, foi preso e confessou sua participação. Outros dois homens foram identificados e já tem mandados de prisão temporária expedidos.
O delegado Dr. Rodrigo Caldeira Sala, que responde pela DIG, acompanhou o caso desde o início do registro da ocorrência e debruçou na investigação junto com equipe de tiras da especializada até a resolução do crime. Ele relatou a reportagem que estava trabalhando no Plantão Central no momento da comunicação do crime e realizou os trâmites iniciais. “Fomos ao local e encontramos o corpo envolto em um lençol e saco plástico e amarrado com cordas. Ao lado do corpo havia um carrinho de mão usado para transportar o corpo da vítima até o local”, disse o delegado.
Ele explicou que a primeira meta era a identificação do corpo, que foi feita rapidamente pela equipe do Instituto Médico Legal – IML, o que ajudou no processo para saber os hábitos da vítima. Em um primeiro movimento a equipe de investigadores da especializada coletou informações com a família e apurou que ele era usuário de drogas e que frequentava um barraco, à cerca de 50 metros da sua casa. O local, fica a cerca de 370 metros de onde o corpo foi deixado, às margens do ribeirão Lavapés, na rua Antonio Sabella, no Jardim Fraternidade.
Em diligências na madrugada de terça-feira, 9, a equipe da especializada recebeu informações de que uma testemunha apontou os autores do
crime. Ela foi ouvida e relatou que o carrinho de mão utilizado para desovar o corpo pertencia a seu ex-companheiro. Ela disse ainda que ele era traficante e que seu “barraco” na rua Ciro Berlink, no Parque dos Estados, em uma espécie de conglomerado de “barracos” é ponto aberto de encontro para o consumo coletivo de drogas por diversos dependentes químicos e que ela frequentava o local. Relatou também que se separou do marginal há cerca de 15 dias por ele ter comportamento agressivo e a espancar constantemente.

Com essas informações a equipe prontamente se deslocou ao local junto da testemunha que franqueou a entrada, uma vez que ela vivia ali com o ex-companheiro, e não encontram ninguém. Assim que entraram o delegado e os tiras encontraram vestígios de sangue nas paredes, pilares, e muito sangue no colchão. A Polícia Científica foi acionada e realizou os trabalhos técnicos bem como coletou o material genético para confronto.
Na manhã seguinte o local foi incendiado e o Corpo de Bombeiros esteve no local e controlou as chamas. A Polícia acredita que um dos autores foi o responsável por incendiar o local com intenção de ocultar as provas, porém, a perícia técnica já havia sido feita.
Segundo o delegado, “A testemunha relatou que além do ex-companheiro, o barraco era frequentado diariamente por mais dois homens, um deles de vulgo “Pantera”. No entorno do local encontramos o indivíduo de vulgo Pantera, que prontamente confessou sua participação no crime”, disse.
Em sua oitiva ele relatou que sua participação no crime se limitava a ficar de vigia no portão observando uma possível chegada da polícia enquanto o traficante espancava e depois esfaqueava a vítima até a morte e depois desovar o corpo. “Ele disse que por isso receberia em troca R$ 500 em espécie e uma pedra bruta de crack e com base nisso já pedimos a prisão dele”, disse o delegado.
A reportagem apurou que “Pantera” disse que a suposta motivação do crime seria porque a vítima teria deletado o traficante para a polícia e como uma forma de retaliação foi praticado esse crime.
Agora a DIG segue com o trabalho investigativo com diligências e oitivas para findar o caso e chegar aso dois foragidos.
