Na quinta-feira (14) o projeto pioneiro na saúde da América Latina, a disponibilização de bolsas de sangue nas unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e transfusão de sangue para vítimas que sofrem algum tipo de sangramento, completou três anos.
A ação é desenvolvida através de parceria com o Hospital Universitário São Francisco (HUSF), que fornece as bolsas de sangue do tipo O- (O negativo) para a transfusão em ambiente pré-hospitalar, ou seja, nas ambulâncias especializadas do SAMU (UTI Avançada).
Tal dinâmica de socorro, segundo a literatura médica mundial, é praticada em apenas 16 países – nas Américas, é realizada somente nos Estados Unidos e Canadá. Bragança Paulista foi a primeira cidade da América Latina a realizar o serviço. O processo passou por todas as esferas de Vigilância Sanitária (local, estadual e federal – Anvisa), com 16 meses até a validação do projeto. Desde a implantação, foram realizados mais de 30 procedimentos de transfusão de sangue.
As bolsas de sangue podem ficar até 100 horas fora da geladeira. O processo conta com uma caixa capaz de manter o sangue em temperatura ideal. Durante a operacionalização, as bolsas são devolvidas pelo SAMU ao Hemonúcleo Regional às segundas, quartas e sextas, porém, não serão descartadas, pois os hemocomponentes seguem dentro do prazo de validade. Desta forma, é realizada a reposição, mantendo os protocolos de refrigeração adequados.
Doação – Para que este projeto tenha êxito, o Hemonúcleo Regional do Hospital Universitário São Francisco fornece as bolsas de sangue. De acordo com a unidade, atualmente o estoque de sangue O Negativo (O-) está baixo. O Hemonúcleo funciona de segunda a sábado, exceto feriados, das 7h30 às 13h, e opera mediante agendamento, para evitar aglomerações.