Por WAGNER AZEVEDO
Emblemático camisa 10 do Bragantino, que assinalou o gol da vitória diante do Barretos em 1965 no Pacaembu, que alçou o alvinegro à elite do futebol paulista, faleceu na manhã desta sexta-feira (5) o jogador Hélio Burini, que residia em São Paulo.
O jogador, que lutou sempre contra o aumento de peso e que por isso mesmo fazia uma carga maior de treinamentos físicos que seus companheiros, foi um dos raros talentos que passaram por Bragança. Iniciou sua carreira no Palmeiras, onde jogou de 1958 a 1964. Foi emprestado ao XV de Piracicaba em 1960, equipe que ficou nas primeiras colocações, e chegou ao Bragantino no segundo semestre de 1964, depois de rápida passagem pelo Guarani, contratado junto ao Palmeiras. E permaneceu no alvinegro até o final da temporada de 1968. Jogou ainda no Náutico e encerrou a carreira no Aliança de São Bernardo do Campo.
Fora do futebol, Burini voltou à capital paulista, residindo no bairro do Cambuci.
Passou a trabalhar num projeto para menores carentes, coordenado pela Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo e na escolinha de futebol da Portuguesinha da Vila Mariana.
Hélio começou a ter problemas de saúde em 2014, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e desde então passou a conviver com enfermidades. Em maio do ano passado foi internado na Santa Casa de São Paulo e entre idas e vindas, veio a falecer ontem, a dois dias de completar 81 anos.
Bragantino – A meia-esquerda do Leão tinha dono, era de Hélio Burini, o camisa 10, que formou dupla com inúmeros volantes, como Del Pozzo, Roberto Coelho, Sérgio Echigo e Osvaldinho.
Dono de um potente chute de esquerda, também tinha habilidade na hora das cobranças de falta e principalmente nos lançamentos de longa distância. Era um líder nato e foi peça fundamental não só na conquista do título de 1965, como também nos anos seguintes: na elite em 1966, e nas semifinais da Série A2 de 1967 e 1968.
No título conquistado em 1965, formou no time que tinha Odarci, Robertão, Ivan, Valter e Geraldo; Del Pozzo e HÉLIO BURINI; Nardinho, Norberto, Nivaldo e Wilsinho.
Para quem o viu jogar, um privilégio, pelo talento e liderança dentro de campo. E hoje fica o sentimento de gratidão. Que Deus o receba em sua infinita glória.