Se em outras jornadas o Bragantino teve uma peça ofensiva incompetente na hora de concluir a gol, na partida de ontem (11) contra o Atlético-MG, no Nabizão, o time foi cirúrgico: chutou duas vezes a gol e assinalou dois gols.
A partida começou com o Galo tentando encurralar o Bragantino em sua defensiva e quase abriu o marcador logo aos 38 segundos de jogo, quando Savarino rolou uma bola para Vargas que bateu forte, mas encontrou o travessão. Logo em seguida, Allan arremata com precisão, mas Cleiton faz grande defesa.
O Atlético-MG foi o dono das ações, com maior posse de bola e um esquema eficiente que pouco permitiu ao time de Barbieri, que não conseguiu criar ações ofensivas, nem mesmo em jogadas de contra-ataque. Mesmo dominando, o Galo também não foi eficiente para furar a defensiva do time da casa.
Aos 46’ o lateral Weverton atacou pela direita, quase perdeu a bola, insistiu, tocou para Helinho que cruzou para a marca do pênalti, onde estava Ricardo Ryller, que apenas desviou levemente a trajetória da bola, abrindo o marcador.
Segundo tempo – Como era esperado, o Atlético veio com tudo pra cima do Bragantino e martelou até conseguir o gol de empate, aos 9’. Keno e Arana fizeram boa jogada pela esquerda, a defensiva falhou na cobertura do lateral, o cruzamento percorreu toda a pequena área e foi encontrar Savarino, na direita do ataque, que empurrou para as redes.
A partir daí as duas equipes caíram de rendimento, até o Bragantino conseguir chegar pela segunda vez ao gol do Galo, em cobrança de escanteio de Claudinho, que Edimar aproveitou para outro desvio de cabeça e colocar o Massa Bruta na frente.
O Galo tentou prender o Bragantino em seu setor defensivo, porém as chances reais de gol foram poucas. Eduardo Sasha perdeu um gol cara a cara com Cleiton, que acabou fazendo a defesa, e Morato e Claudinho também desperdiçaram duas boas oportunidades.
O Atlético chegou ao empate através de penalidade máxima, infantilmente cometida por Ramirez, que errou a bola e acertou o lateral Arana dentro da área. A infração não foi assinalada pelo árbitro, mas pelo VAR.
Resultado que não foi bom para nenhuma das equipes.
Na coletiva, ao final da partida, o técnico Barbieri, aquele que não erra nunca, jogou nas costas da arbitragem o empate do Atlético. Durante 90 minutos foi incapaz de modificar o modo de jogar do time, que se viu refém do Galo na maior parte dos 90 minutos.
O Bragantino volta a campo no domingo, em Fortaleza, onde enfrenta o Ceará. Cuello e Ligger vão cumprir suspensão (cartão amarelo), mas voltam Aderlan e Artur.
ATUAÇÕES
Cleinton: Fez duas boas defesas que poderiam ter resultado em gol. Mas sair jogando com os pés, definitivamente, não é a sua praia.
Weverton: Surpreendeu pela forma como atacou e não se sentiu intimidado ao marcar o principal jogador do Galo. Participou do primeiro gol.
Fabrício Bruno: Falhou na cobertura que originou o gol de empate do Atlético. No geral, foi bem.
Léo Ortiz: Assim como seu companheiro de zaga, falhou no gol de Savarino. Mas esteve firme na maioria do tempo.
Edimar: Teve trabalho com Savarino e arriscou mais indo ao ataque. Foi recompensado com o gol que colocou o time em vantagem.
Raul: Talvez a sua pior apresentação. Disperso, em vários momentos confuso em suas ações, errando muitos passes, desta vez não ajudou o setor de criação.
Ricardo Ryller: Outra boa atuação, defendeu e atacou com a mesma eficiência, foi premiado com o gol e inexplicavelmente acabou substituído.
Claudinho: Também não esteve em jornada das mais inspiradas, mas mesmo assim teve participação no segundo gol e perdeu outro.
Helinho: No primeiro tempo tentou jogadas de profundidade e foi o garçom de Ryller no primeiro gol. O time tem jogado a maior parte do tempo pela esquerda.
Ytalo: Sem a criação de jogadas não teve o que fazer em campo. Ainda tentou voltar e buscar a bola, mas sem as assistências ficou difícil.
Cuello: Não repetiu a atuação que teve contra o São Paulo. Herdou o posto de Ryller nos cartões amarelos. Cada jogo recebe um e não enfrenta o Ceará.
Barbieri: Inexplicavelmente tirou Ryller para a entrada de Ramírez, que cometeu a penalidade em Arana e propiciou o gol de empate do Atlético. Errou também ao tirar Weverton e colocar Ligger. Foi pela direita da defesa, já sem o lateral, que o Atlético construiu a jogada do segundo gol. Difícil entender os critérios que usa em determinadas substituições.
29ª RODADA
BRAGANTINO 2 x 2 ATLÉTICO-MG
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista (SP)
Data: 11 de janeiro de 2021 (quarta-feira, 20 horas)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN) – Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) e Jean Márcio dos Santos (RN)
Público e renda: portões fechados
Cartões amarelos: Ligger, Fabrício Bruno, Claudinho e Cuello (Bragantino)
Gols: Ricardo Ryller aos 45+1’ e Edimar aos 66’ (Bragantino) e Savarino aos 54’ e Hyoran aos 99’ (Atlético-MG)
BRAGANTINO: Cleiton, Weverton (Ligger), Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul, Ricardo Ryller (Eric Ramires) e Claudinho; Helinho (Bruno Tubarão), Ytalo (Chrigor) e Cuello (Morato). Técnico: Maurício Barbieri.
ATLÉTICO-MG: Everson, Guga, Réver, Júnior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Nathan), Alan Franco (Jair) e Hyoran; Savarino, Vargas (Eduardo Sasha) e Keno. Técnico: Jorge Sampaoli.