A última fase da vacinação contra a gripe começou ontem e deve se encerrar no dia 5 de junho. Foram disponibilizadas 2 milhões de doses para o grupo que será vacinado nessa fase que são adultos de 55 a 59 anos de idade e professores de escolas públicas e privadas.
Mesmo com o início da última fase e novo grupo, as pessoas que pertencem a outros grupos, mas ainda não foram imunizadas, podem e devem comparecer aos postos. O Governo paulista fez um alerta especial para mães e menores de seis anos, grupos que ainda têm cobertura vacinal inferior a 20% em todo território paulista, divulgou o Governo.
A terceira etapa começou no dia 11 de maio e foi dividida em duas fases, buscando reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à Covid-19. No entanto, até a última quinta-feira, 14, segundo o governo estadual, compareceram aos postos somente 430.872 crianças (14,1% de cobertura vacinal), 79.654 gestantes (17,7%) e 13.663 puérperas (18,4%). Também foram aplicadas doses em 9.216 pessoas com deficiências.
Em Bragança – Em Bragança foram aplicadas 4.473 doses, divididas em 3.828 crianças, 517 gestantes, 72 puérperas e 56 pessoas com deficiência. Quem está nesse grupo e ainda não se vacinou as doses estão disponíveis nos 29 postos de saúde da cidade, é o que informou a secretaria municipal de saúde.
Adesão – Embora o prazo para estes grupos fosse 17 de maio, as doses ainda estão disponíveis para quem comparecer aos postos, visto que a meta é alcançar pelo menos 90% de um total de 3 milhões de crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, 451,1 mil gestantes e 74,1 mil puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias).
Historicamente, a adesão é contida entre mães e menores. Neste ano é um pouco melhor em comparação ao ano passado, mas ainda aquém do que é preciso. Em 2019, a campanha começou em 10 de abril, e em seis dias só havia alcançado 13,1% das crianças, 18,7% das grávidas e 21,4% das puérperas.
“Pedimos às famílias para zelarem pela imunização de seus pequenos, grávidas e às mães que deram à luz recentemente. Estão circulando doenças respiratórias, como a gripe e a Covid-19, e toda medida preventiva é necessária. Ir ao posto rapidamente para se vacinar é um gesto de cuidado individual e coletivo”, enfatiza a diretora de Imunização da Secretaria da Saúde, Nubia Araújo. “Essa vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção”, enfatiza.
Balanço total – Em toda a campanha deste ano, SP pretende vacinar 90% da população-alvo de 15,4 milhões de moradores contra o vírus Influenza. Até 14 de maio, 10,5 milhões estão vacinados. Já foi atingida 100% de cobertura com a imunização dos seguintes públicos: 5,6 milhões de idosos; 1,3 milhão de profissionais da saúde (100%) e 5,8 mil indígenas.
Ainda é necessário vacinar no mínimo mais 250 mil pessoas com doenças crônicas, pois apenas 1,8 milhões foram alcançados, o que corresponde a 80% do total imunizado no ano passado.
Também estão protegidas 185 mil pessoas do sistema prisional, 146,1 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 97,7 mil caminhoneiros; 55 mil motoristas de transporte coletivo; e 6,8 mil trabalhadores portuários.
Em 2020, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019.
Coronavírus – A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.
As equipes devem anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.