A Delegacia de Investigações Gerais – DIG, está desde as primeiras horas de quinta-feira (2) investigando os quatro furtos ocorridos na quarta-feira (1º) na região sul da cidade. A GB conversou com o Delegado Titular da Especializada, Dr. Elton Costa, sobre o caso. Ele esclareceu a forma como os crimes ocorreram e falou sobre os próximos passos da polícia. Ele disse ainda que já no curso das investigações na manhã de quinta-feira (2) um casal de venezuelanos, vindo de São Paulo, foi detido entrando na cidade com um veículo usado em furtos no mês de junho. Segundo o delegado, o casal já tinha vindo a cidade há um tempo atrás e cometido alguns furtos e retornaram para realizar outros furtos. Eles foram levados à delegacia interrogados em relação ao primeiro fato e chegado a dizer que nessa segunda vez tinham a intenção de furtar, mas que não tinham concretizado o crime, motivo pelo qual não ficaram presos. “Esses indivíduos entenderam a força da justiça e com certeza não retornaram à cidade para cometer outro crime. Não há uma sensação de impunidade, todos os crimes são verificados e dentro das possibilidades e dos meios nós conseguimos chegar aos autores evitando que outros crimes aconteçam”, disse o delegado.
Sobre a ação criminosa, Dr. Elton Costa esclareceu que os furtadores aproveitaram de uma situação para realizar o crime. “Temos um ou dois indivíduos em um veículo, que bateram a porta das casas e ao ver que as casas estavam vazias, se aproveitaram para entrar e subtrair os objetos de valor que estavam em fácil encontro”, explicou.
Os crimes – Os quatro furtos aconteceram no Jardim Comendador Cardoso, Jardim Europa, Jardim São José e Taboão e, segundo Boletim de Ocorrência, ocorreram entre às 12h e 14h, porém em dois casos as casas permaneceram vazias durante toda a manhã não sendo possível precisar o horário do crime. É o caso de uma residência na Avenida das Nações, no Jardim Europa. Segundo Boletim de Ocorrência, registrado por volta das 18h, o crime ocorreu por volta das 13h17, quando a PM foi acionada sobre um caso de furto qualificado e no local encontrou o portão e porta arrombados. O registro traz ainda que foram furtados uma televisão e um notebook. Já o outro caso aconteceu na rua Nelson Carline, no Jardim São José. Segundo a vítima relatou no Plantão Central, ela deixou sua casa por volta das 6h para ir trabalhar e quando retornou às 12h constatou que o portão e a porta foram arrombados e que sua casa estava toda revirada. De sua casa foram levados 5 pares de tênis, uma furadeira, um secador de cabelos, uma televisão e dois celulares. Um prejuízo estimado em R$ 6.500,00.
Na rua José Alves da Fonseca, no Jardim Comendador Cardoso, em menos de uma hora e meia os ladrões furtaram diversos objetos da casa, entre eles um carro. Segundo registro, o morador deixou sua casa às 12h45 e retornou às 14h10, quando ao chegar notou o furto do veículo Mitsubishi Outlander, placas locais, GAC6J39. Ao entrar ele encontrou sua casa toda revirada, notando que os marginais furtaram dois notebooks, dois Ipads, um telefone celular Iphone, 10 relógios de pulso, um Playstation 4, um nintendo Wii, uma televisão, joias, perfumes e demais objetos.
Por fim, uma jovem universitária também teve sua casa invadida e seu notebook furtado. Ela relatou em Boletim de Ocorrência, que se ausentou de ser apartamento na rua João Polidori, por volta das 13h40 e quando retornou às 15h45, notou o furto. Segundo o relato ela reside no apartamento para estudantes em um condomínio de torre única com três andares e 12 apartamentos. Ela disse ainda que o local não possui portaria, mas que existem um portão e uma porta de acesso as quais só os moradores têm as chaves. No momento do crime ela estava na USF, que fica há cinquenta metros de seu apartamento. Quando voltou ela disse que encontrou a porta aberta, encontrando seu quarto todo revirado constando o furto.
Registro – Dr. Elton Costa falou ainda sobre a importância de se fazer o registro de ocorrência em qualquer crime, mesmo os de menor potencial ofensivo. Segundo o delegado, os registros, além de serem encaminhados para investigação, servem de estatística policial. “Essa estatística server para direcionar o patrulhamento ostensivo da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal. Então o que nós chamamos de “cifra negra”, que são esses crimes que não são registrados, nos atrapalham no direcionamento do patrulhamento”, explicou. Dr. Elton disse ainda que hoje o registro é mais fácil, através da delegacia eletrônica que durante a pandemia teve um aprimoramento para o registro de crimes. O B.O. é encaminhado à delegacia eletrônica e distribuído para área de competência. “O delegado de Polícia, ou o escrivão vão avaliar, se for o caso fazer requisições ou solicitar que a pessoa compareça a Unidade Policial. Caso não seja necessário, esse B.O. é validado. Isso facilita para que as pessoas façam o registro, no sentido de trazer a polícia esses crimes que ocorreram por menor que sejam”, finalizou.