Um novo plano de ampliação das aulas presencial da Educação Básica, para o segundo semestre, foi anunciado pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, na tarde de quarta-feira (17). A partir de agosto os alunos poderão voltar às salas de aula, mas a presença ainda não é obrigatória.
Para efetuar o cálculo da porcentagem de alunos permitidos será considerada a capacidade total de acolhimento das escolas e não mais o total de matrículas. O distanciamento mínimo entre as pessoas passa a ser de 1 metro e não mais de 1,5 metro. Cada escola irá elaborar o seu plano de retorno observada a realidade da comunidade escolar, mas essa volta às aulas presenciais não será obrigatória para os estudantes.
O Governo também divulgou que está adquirindo 3 milhões de testes de Covid-19 destinados aos profissionais da educação e estudantes, que serão aplicados em parceria com Secretarias Municipais de Saúde em casos sintomáticos. Também será feita avaliação sentinela para garantir vigilância epidemiológica escolar.
Todos os demais protocolos de segurança para o combate ao coronavírus, como uso correto de máscara, medição de temperatura, higienização constante das mãos e identificação e afastamento de casos suspeitos ou confirmados serão mantidos. Os casos devem ser notificados à UBS (Unidade Básica de Saúde) e registrados no sistema de monitoramento da Seduc-SP, o SIMED, e atualizado com o registro médico.
“Quanto mais tempo demorarmos a voltar, maior será o déficit de aprendizagem dos nossos estudantes. É urgente voltarmos com nossas crianças, jovens e adultos às aulas presenciais”, destacou Rossieli Soares.
Serviço essencial
O Governo de São Paulo já havia decretado a educação como um serviço essencial e com o novo plano de ampliação da retomada das aulas em agosto, a Secretaria da Educação quer minimizar os efeitos causados pela pandemia.
Sem o ensino presencial, os impactos na aprendizagem também são grandes. Avaliação feita pela Seduc-SP e Universidade Federal de Juiz de Fora detectou uma estimativa de 11 anos para os alunos da rede estadual recuperarem a aprendizagem em Matemática.
Além disso, os impactos na saúde emocional dos estudantes podem ser potencializados. Em outro estudo da Seduc-SP em parceria com o Instituto Ayrton Senna antes da pandemia, já mostrava baixos índices na auto percepção dos alunos em aspectos emocionais que podem piorar depois de tanto tempo longe das salas de aula.