A Prefeitura de Bragança decidiu que não vai autorizar a retomada das aulas presenciais para acolhimento, reforço e recuperação no município, ao divulgar comunicado na tarde desta quarta-feira (2) através da Secretaria Municipal da Educação.
O documento traz uma séries de questões que impedem neste momento o retorno dos alunos às salas de aula e destaca: necessidade de ouvir pais, alunos e profissionais da educação; avaliar criteriosamente os riscos à saúde da comunidade escolar, bem como levar em conta os protocolos do Plano São Paulo, do Governo do Estado, e a pesquisa divulgada, em que 83% dos 8.424 participantes ouvidos, entre funcionários, pais e responsáveis, se mostraram contrários ao retorno das atividades agora em setembro.
Também reportou a manifestação do Comité de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, a partir de estudo realizado no município, quanto à Soroprevalência (frequência de indivíduos numa população que apresentam um determinado elemento no soro sanguíneo) com base nos testes de Covid-19 realizados até 17 de agosto, que apontou de 15,5% a 20,4% das crianças de zero a nove anos como soro prevalentes.
O Governo do Estado, em publicação de decreto feita no Diário Oficial de segunda-feira (31), deu aos municípios o poder de decidir pela reabertura das unidades escolares públicas e privadas.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, há claros riscos e o registro de surtos da Covid-19 em várias unidades escolares neste momento, que impedem o retorno presencial dos alunos, mesmo com a adoção de todas as medidas de precaução.
Sobre um retorno presencial em 7 de outubro, conforme previsto no Plano São Paulo, a Secretaria destacou que novamente serão ouvidos o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, os profissionais da Secretaria Municipal de Educação e a comunidade escolar, através de nova pesquisa, a partir da situação real da pandemia à época da previsão de retorno.