“O orgulho daqueles que não conseguem construir é destruir.” (Alexandre Dumas)
PAC DA PACIFICAÇÃO
O Projeto do PAC que está para ser votado pela Câmara na próxima terça-feira,16, pode ser um ponto que sinalize a oposição ao governo municipal não ser burra ou predatória, como sugere o editorial de capa desta edição da GB. O projeto do PAC da Mobilidade Urbana envolve empréstimo de R$ 21,2 milhões junto à Caixa Econômica, já autorizado pelo governo federal. O conflito entre oposição e situação se agravou no início do mandato com o advento do IPTU.
Ao findar o ano, a Prefeitura vem vencendo quase todas as ações impetradas contra a cobrança do IPTU e a oposição acabou silenciada até porque o assunto esgotou.
Não há motivo para que a oposição vote contra o projeto do PAC da Mobilidade. A não ser que haja razões não republicanas insatisfeitas.
A OBRA SAI
De qualquer forma o prefeito sentenciou que vai fazer a obra com ou sem a aprovação do projeto do PAC.
Politicamente, seria um prato cheio para o prefeito se a oposição não aprovar o projeto, porém vai utilizar recursos próprios que poderiam ser investidos em outras áreas igualmente prioritárias.
Empréstimo de R$ 21,2 milhões não é sempre que o governo federal disponibiliza para as prefeituras.
ADVERSÁRIOS
Agora parece sacramentado que o ex-prefeito Amauri Sodré e o grupo Chedid se tornaram adversários políticos, depois de uma aliança de mais de 30 anos. O caldo teria entornado na convenção do União Brasil que escolheu Edmir Chedid como candidato a prefeito e a vice GI. Amauri esperava ser o escolhido. A partir de então Amauri apareceu muito pouco na campanha e se aproximou dos adversários tradicionais dos Chedid.
Agora ele saiu do União, se filiou ao PL e está trabalhando na assessoria do deputado federal Cesinha Madureira (PSD).
CAMINHANDO
Há um grupo de ex-servidores municipais e do grupo Chedid, preteridos para continuar na Prefeitura na administração Edmir Chedid, por razões que não cabe aqui comentar, que tem se unido a Amauri Sodré nas andanças pela cidade, conforme saltitam pelas redes sociais.
A figura do delegado seccional de Polícia, Sandro Montanari, também tem sido companhia constante de Amauri. Ao que tudo indica um dos dois será candidato a deputado estadual.
VAIDADES
As supostas candidaturas de Amauri e Sandro a deputado estadual me parecem ser mais por vingança, vaidade e trampolim para 2028, do que almejar a eleição de fato. Há dois federais que supostamente estariam alimentando essa ilusão, ou seja, Cesinha de Madureira e Saulo Pedroso, e quem sabe, até José de Lima, todos do PSD. Teriam eles, cacife financeiro disponível e eleitoral para propiciar a mínima chance de eleição de, pelo menos, um deles?
Na verdade, o grupo de José de Lima e Saulo Pedroso não se conforma até hoje de ter perdido as eleições de Bragança e Atibaia, respectivamente, para o grupo liderado por Edmir Chedid.
MINAR O REDUTO
Creio que o objetivo é minar o reduto eleitoral do prefeito Edmir que foi deputado por 32 anos e agora deve apoiar um sucessor para 2026. Na sua última eleição em 2022, Edmir obteve 129.097 votos.
É muito voto para ficar flanando de graça na praça em ano eleitoral. Mas acho que isso não vai acontecer, porque acredito que o político Edmir Chedid vai indicar seu sucessor, na hora certa.
Desde 1962, com a primeira eleição do saudoso deputado Nabi Abi Chedid, somada à primeira de Edmir Chedid em 1994, que renunciou em 2022 para ser prefeito, Bragança não ficou sem representante na Assembleia Legislativa. Foram 60 anos ininterruptos que a família Chedid e a região ocuparam assentos na Alesp.
TABULEIRO
No tabuleiro político, Saulo Pedroso deverá fazer das tripas coração para ser reeleito e manter-se blindado das complicações jurídicas que enfrenta há anos. Cesinha de Madureira, almejaria ser candidato ao senado. Então, é muito cedo para cravar qualquer opinião sobre candidaturas, a não ser aquelas que já estão nas ruas.
ATAQUES
O editorial da GB Norte da semana passada, intitulado “Prefeitinhos e Prefeitinhas de araque” , provocou a ira dos parasitas e bracinhos curtos que são sustentados pelo dinheiro público, que vestiram a carapuça. Esta semana os ataques a este jornalista se intensificaram no universo do funcionalismo municipal. Não me importo, podem falar o que quiserem. A verdade e a razão sempre vencem. É uma questão de tempo.
ATESTADOS FAJUTOS
A força da fala do prefeito tem sido arrebatadora. No início do mês anunciou o programa Atestado Responsável com objetivo de obstar a emissão de atestados falsos a servidores municipais, viciados no esquema de sacanear o município faltando deliberadamente ao serviço e depois justificando com atestado fajuto. A maioria dos atestados era solicitada na segunda-feira, fator que lotava as UBS e UPAS dando a falsa impressão que a população estava doente. Na verdade, a maioria era de pessoas em busca de atestado, a qual sempre leva um acompanhante. Então pacientes mesmo, eram apenas 1/3 dos presentes.
QUEDA BRUTAL
Esses 2/3 de pessoas contribuíam para que o atendimento aos realmente doentes fosse demorado e prejudicado.
Na primeira semana da campanha, a emissão de atestados falsos caiu 15% e durante esta semana que finda, chegou a 42%.
A campanha acabou por beneficiar não só a Prefeitura, como também a iniciativa privada, que está comemorando a queda brutal de faltas ao trabalho, desde que a campanha foi deflagrada.
A COBRA VAI FUMAR
O imbróglio provocado pelas terceirizadas da Educação, Promove e ICVV que não pagaram salários e 13º de seus 820 colaboradores (mas o prefeito pagou) ainda vai dar muito pano para manga. Descobriu-se que havia provisionamento de R$20 milhões depositado numa conta corrente em banco convencional. Depois, esse valor teria sido transferido para uma conta de banco Fintech e confiscado por decisão judicial, segundo alega a empresa. O prefeito Edmir não gostou dessa conversa e determinou abertura de sindicância para apurar detalhadamente a questão.
SALMOS: 127 – 1:5
¹ Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
² Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
³ Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
⁴ Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
⁵ Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.