WAGNER AZEVEDO
A que ponto chegamos? No que não poderia sequer ser imaginado! Garantir a segurança nas escolas diante de recorrentes atentados e, por consequência, o medo diante dos noticiários ou provocado por fake news, como o anúncio de atentados no próximo dia 20 de abril, data da chacina de Columbine-EUA e aniversário de Adolf Hitler. Para não ampliar esse clima de medo, é importante não sair compartilhando sem confirmar se não é fake news.
De qualquer forma, os atentados em escolas exigem providências imediatas das autoridades e, a seguir, ações específicas em cada unidade escolar. Todas essas vulnerabilidades vem deixando os pais dos alunos super preocupados, inseguros e muito assustados, bem como, os alunos e os profissionais que atuam nas escolas.
As autoridades municipais devem tomar providências imediatas colocando nas escolas um profissional especialista para garantir essa segurança para, no mínimo, inibir possíveis tentativas de atentados como fez, por exemplo, o prefeito de Cajamar, colocando os Guardas Civis Municipais-GCMs neste momento, enquanto as escolas ainda não se reorganizaram para aprimorar adequadamente a segurança.
A seguir, é necessário realizar um planejamento estratégico com ações para zerar tais vulnerabilidades em cada escola, e evidente que é fundamental o envolvimento das comunidades escolares – direção, professores, alunos e seus pais – e as dos entornos das escolas. Essa iniciativa possibilitará um leque de oportunidades com ações em defesa de cada unidade escolar, contextualizadas na realidade local, entendendo as causas e como enfrentá-las, buscando soluções. Essa participação aflora o sentimento de pertencimento dessas comunidades com as escolas, o que pode ajudar muito.
O governo federal anunciou a liberação de 150 milhões de reais para Estados e Municípios reforçarem as rondas no entorno das escolas. Criou um monitoramento emergencial de ameaças publicadas nas redes sociais como a deep web e a dark web influenciadoras de jovens e pessoas, estimulando-as à violência, ao uso de armas e à intolerância; uma realidade incontestável.
Nas redes sociais as fake news, visando confundir a opinião pública, indicam caminhos com variadas intenções. O Ministério da Justiça, no último dia 8, solicitou exclusão de 270 contas em rede social com conteúdos relacionados a ataques contra escolas através da Operação Escola Segura, informa o G1. Em SP foram registadas 279 ameaças a escolas na semana do assassinato da professora de 71 anos, segundo a Folha de SP.
Reconheçamos, temos alterações significativas que impactam na sociedade e, por óbvio, nas unidades escolares justificando adequá-las o mais breve possível. Hoje os professores lidam com elas no dia-a-dia, nas salas de aulas, muitas vezes desviando o foco de sua missão principal: de levar os alunos ao aprendizado dos conhecimentos necessários.
Garantir condições adequadas aos profissionais deve ser prioridade das secretarias da Educação, ofertar formação continuada neste contexto – pós pandêmico e com esses ataques criminosos – possibilitaria melhores condições para a aprendizagens dos alunos melhorando a qualidade do ensino, lembrando que tais aprendizados serão avaliados pelo SAEB-Sistema de Avaliação do Ensino Básico no fim de outubro deste ano, conforme anunciou o MEC.