Jonathan Alberti
Meu tubo, minha vida
É impressionante como algumas pessoas que vivem em situação de rua enxergam oportunidade de “moradia” em qualquer lugar. São prédios abandonados, antigas indústrias invadidas, porém dessa vez a engenhosidade extrapolou. Pessoas que vivem na região do Lavapés, em sua maioria usuários de drogas, enxergaram na tubulação de concreto, que será usada na construção de galerias na Avenida Euzébio Savaio, uma forma de moradia e esconderijo para se drogar. Os tubos estão dispostos no local há algumas semanas, pouco mais de um mês, tempo necessário para que os oportunistas já montassem até sala de estar dentro da tubulação. Claro que as Forças de Segurança têm realizado ações para dispersar as pessoas que ali ficam e a Secretaria de Ação e Desenvolvimento Social tem oferecido abrigo, que é negado pela maioria das pessoas que ali vivem.
Traficantes no tubo
Infelizmente os tubos não são usados apenas como esconderijo da fria noite e sim para o consumo de drogas, como o crack. Além disso, traficantes que agem diuturnamente naquela região, utilizam a tubulação como esconderijo de drogas e até para se esconderem quando viaturas passam pelo local. Como são vários tubos, os marginais passam despercebidos ao se misturarem com os moradores de rua. Como as drogas estão escondidas, aparentemente sem donos, os traficantes saem ilesos.
Forças de Segurança agem
Claro que com toda a movimentação no local, as Forças de Segurança se mobilizaram rapidamente e já realizaram diversas incursões e saturações no local. Inúmeras pessoas foram averiguadas, mas nenhuma prisão foi feita, principalmente, porque nada ilícito foi encontrado. Após a saturação, como as Forças de Segurança não podem montar plantão no local 24 horas por dia, os “moradores de tubos” voltam ao “Meu tubo, minha vida”.
Semana Nacional do Trânsito
A Semana Nacional do Trânsito teve até quarta-feira (21), duas mortes causadas por acidentes de trânsito. Uma, na fatal rodovia Capitão Bardoíno, onde um caminhão tombou e matou o motorista e feriu gravemente um ajudante. Já o outro, aconteceu na Avenida Minas Gerais, onde um jovem de 24 anos perdeu a vida após colidir sua motocicleta contra um veículo. Enquanto as pessoas morrem, a Secretaria de Mobilidade Urbana celebra a semana com meia dúzia de faixas penduradas pela cidade e com uma programação tímida exclusiva para motociclistas e que é tratada como “Mega Evento” no Posto de Monta, neste final de semana. Ações que talvez teriam mais eficácia seria a implantação de redutores de velocidade e radares em locais necessários, melhora nas sinalizações de solo e vertical, campanhas de conscientização para todos os motoristas, com panfletagem, palestras, cursos, etc. Ao invés de “pedintes” poderíamos ter ações de conscientização nos semáforos da cidade. #ficaadica
Redação decadente
Alguns “profissionais” de jornalismo parecem desaprender. Ou será que nunca aprenderam? Temos visto por aí releases (material informativo distribuído entre jornalistas, com resumos, dados específicos que facilitem o trabalho jornalístico), digamos que diferente, parecendo texto de marqueteiro, com um quê voltado ao público infantil. Texto jornalístico, no nosso entendimento, deve ser sério, conciso e esclarecedor para quem lê, com todas as informações necessárias confirmadas. Tem que saber dividir material publicitário de texto informativo/jornalístico. Claro que há exceções, temos excelentes profissionais, mas observamos que estes estão ficando cada vez mais raros.
Respostas tardias…
Já usei esse espaço por diversas vezes para justificar a falta de informações da Secretaria de Comunicação. Agora, informações não faltam, quase todas as demandas são respondidas pela SECOM. Porém, a Pasta fica de mãos atadas, quando alguns secretários ignoram o prazo de uma semana, 10 dias para respostas de simples questionamentos e respondem com dias de atraso. A SECOM cobra e os secretários ignoram. Aí, a Inês é morta, até porque manchete não espera boa vontade.
Meias informações
Quando respondidas dentro dos prazos, as pastas fazem alterações nas próprias respostas e sequer avisam a imprensa, principalmente os veículos que se preocuparam em passar a informação correta. Um exemplo foi a informação divulgada sobre arrastões de limpeza pela secretaria de Saúde. A GB divulgou a data enviada pela SECOM, que com certeza repassou a informação da assessoria de imprensa da Saúde. Porém, a Pasta cancelou o arrastão e sequer comunicou a imprensa e as pessoas que leram a reportagem da GB no site, redes sociais e também no Portal D’óro, se prepararam para a coleta que não aconteceu. Esse é apenas um dos vários exemplos. Lamentável quando uma das mais importantes fontes de informação sobre as ações do município, trata jornalistas com esse desdém como se estivessem fazendo um favor para os jornais.
Saudade
Diante das críticas elaboradas, hoje seria o dia em que por volta das 10h meu telefone tocaria. Do outro lado estaria o querido amigo, saudoso prefeito Dr. Jesus Chedid, dizendo que resolveria todos os problemas listados. Nunca justificou um erro de sua administração, apenas foi e resolveu, me ligando depois para agradecer a divulgação da solução dos problemas. Grande líder, amigo e político. Saudades…