A derrota do Bragantino para o Palmeiras no sábado (14), no Allianz Parque, em São Paulo, mostrou que a equipe tem problemas em seu meio-campo, pouco criativo, e na zaga, especialmente em jogadas aéreas. Nos primeiros 15 minutos o Palmeiras marcou duas vezes utilizando-se de bolas altas, que por sorte dos comandados de Barbieri, foram anuladas pela arbitragem.
Aconteceu isso aos 3 minutos, em cobrança de lateral de Mayke, que jogou a bola para o interior da área, Gustavo Gómez subiu mais que Natan, desviou, Gustavo Scarpa aproveita a sobra e bate, Cleiton defende e no rebote Dudu manda às redes, mas o árbitro anula pela posição irregular do atacante palmeirense.
Aconteceu aos 19 minutos: Gustavo Scarpa cobra escanteio, toca para Mayke, livre de marcação, que devolve a Scarpa que cruza na cabeça de Roni que cabeceia para o gol. O VAR é acionado e novamente o gol anulado pela posição irregular do atacante. Roni, de baixa estatura, ganhou de cabeça do zagueiro Natan. E de tanto insistir nas bolas altas o Palmeiras abriu o marcador aos 30 minutos, em mais uma falha da zaga bragantina. Após cobrança de falta de Scarpa, bola na área, Danilo sobe mais que o zagueiro Natan e cabeceia para as redes.
O Bragantino só incomodou aos 48 minutos, em chute a gol de Sorriso, que passou rente à trave. E logo em seguida, em mais uma pixotada do zagueiro Natan, que saiu jogando errado e entregou a bola nos pés dos palmeirenses, Dudu foi acionado e exigiu boa defesa de Cleiton.
Etapa final – O jogo caiu muito de qualidade no segundo tempo e as alterações feitas pelo técnico Maurício Barbieri não conseguiram alterar o rendimento do time. Titulares que estavam no banco de reservas foram para o jogo, porém pouco acrescentaram.
O Palmeiras nitidamente deu a posse de bola ao Massa Bruta, passou a tentar as jogadas de contra-ataque, mas viu a incompetência do time de Bragança em criar situações de gol. Muito toque de bola que pouco incomodou a meta de Weverson.
De importante, apenas o segundo gol aos 52 minutos. Em cobrança de escanteio para o Bragantino, com a presença do goleiro Cleiton na área palmeirense, a defesa corta, Scarpa fica com a sobra, lança Breno Lopes que avança e ao entrar na área é derrubado pelo goleiro do Bragantino. Pênalti que Veiga cobrou e deu números finais à partida.
O Bragantino tem problemas em sua zaga, um meio-campo que cria pouco e deixa o ataque refém dessa falta de produtividade. Alguns jogadores considerados titulares precisam urgentemente ir para a reserva, pois não produzem o que se espera e já há um bom tempo.
ATUAÇÕES
Cleiton: Novamente sem culpa nos gols, ainda fez duas boas intervenções. Nota 7,0.
Aderlan: Teve problemas para marcar o ataque palmeirense pelo seu setor e muito longe das boas atuações no apoio ao ataque. Nota 6,0.
Léo Realpe: Novamente uma partida regular, não comprometeu em momento algum. Nota 6,5.
Natan: Um desastre total. Ruim nas jogadas aéreas, péssimo nas saídas com a bola e se posiciona mal em muitas situações. Precisa urgentemente de banco. Nota 4,0.
Guilherme: Teve problemas para conter Dudu e ofensivamente até que não foi mal. Nota 5,5.
Raul: Sua segunda partida após 9 meses de afastamento. Foi bem na proteção à zaga e ainda buscou colaborar com os companheiros de meio-campo. Nota 6,5.
Eric Ramires: Outro que está precisando urgentemente de banco. Não consegue sintonia ofensivamente e pouco ajuda quando o adversário tem a bola. Erra passes em demasia. Nota 4,5.
Hyoran: Mais um que pode perfeitamente ir para a reserva. Há seis partidas produz muito pouco e prejudica o time com a falta de criação de jogadas. Nota 4,5.
Bruno Tubarão: O mais lúcido do time quando uma ou outra ação ofensiva ocorreu. Sozinho, no entanto, pouco conseguiu realizar. Nota 5,5.
Jan Hurtado: Diante de uma dupla de zagueiros afinada, nada de bom produziu. Ainda assim correu bastante. Nota 5,0.
Sorriso: Contratado com status de revelação, ainda não produziu o esperado. Nesta partida, no entanto, foi um pouco melhor que nas anteriores. Nota 5,5.
Artur: Vindo de muitas semanas de afastamento, ainda está longe do ideal. A nova função para a qual tem sido escalado, como armador, não rende o futebol que ele sabe jogar. Nota 5,0.
Ytalo: Padece do mesmo problema de sempre: o time cria poucas oportunidades para conclusão a gol. Nota 5,0.
Helinho: Outro que não vive um bom momento e pouco contribui entrando logo no início ou no decorrer dos jogos. Nota 5,0.
Nathan Camargo: De apenas 16 anos, fez sua estreia, mas precisa de muito mais tempo para mostrar o que sabe. Sem nota.
Luan Cândido: Entrou para jogar no meio, depois recuou para sua posição de origem, mas nada poderia fazer num time sem inspiração. Nota 5,0.
Barbieri: Tem evitado criticar os jogadores que estão produzindo pouco, mas precisa mudar esse comportamento. A cada resultado ruim tenta justificar com frases de efeito repetitivas e sem resultado prático. Nota 5,0.
PALMEIRAS 2 x 0 BRAGANTINO
Campeonato Brasileiro Série A – 6ª Rodada
Local: Arena Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data: 14 de maio de 2022 (sábado, 16h30)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza – Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Gustavo Rodrigues de Oliveira (SP) – Árbitro de vídeo: Daiane Caroline Muniz dos Santos
Público: 36.123 pagantes – Renda: R$ 2.267.245,54
Cartões Amarelos: Mayke e Gustavo Gómez (Palmeiras) e Nathan e Nathan Camargo (Bragantino)
Gols: Danilo aos 30’ e Raphael Veiga aos 97’ (Palmeiras)
PALMEIRAS: Weverson; Maycon (Gustavo Garcia), Gustavo Gómez, Murilo e Jorge (Vanderlan); Zé Rafael (Atuesta), Danilo e Raphael Veiga; Dudu (Breno Lopes), Rony (Rafael Navarro) e Gustavo Scarpa. Técnico: Abel Ferreira.
BRAGANTINO: Cleiton; Aderlan, Léo Realpe, Natan e Guilherme (Luan Cândido); Raul, Eric Ramires (Nathan Camargo) e Hyoran (Artur); Bruno Tubarão (Helinho), Jan Hurtado (Ytalo) e Sorriso. Técnico: Maurício Barbieri.