Dados da Pesquisa IPC Maps, empresa especializada em potencial de consumo, mostram que, no ano passado, as famílias brasileiras desembolsaram cerca de R$ 215,8 bilhões com medicamentos – um acréscimo de 9,5% em relação a 2023. Com o reajuste previsto para vigorar a partir do próximo dia 1º, a tendência é que tais valores sejam ainda maiores ao longo do ano.
Segundo o levantamento, o Estado de São Paulo lidera o ranking nacional, tendo respondido por quase R$ 61,3 bilhões dos gastos; porém foi o Distrito Federal que, na comparação entre 2023 e 2024, contabilizou a maior alta – de 25,9% – nas despesas com remédios, resultando em mais de R$ 3,8 bilhões repassados pelas famílias.
Também em crescimento, embora mais lento, está a quantidade de farmácias no Brasil. Nos últimos dois anos, cerca de 4.227 unidades (3,5%) foram abertas, totalizando 123.565 estabelecimentos no ano passado.
Bragança – Os bragantinos também viram seus gastos com remédios aumentarem em 23,26%, na comparação do ano passado com 2023. Foram R$ 258,5 milhões em 2024 e R$ 209,7 milhões no ano imediatamente anterior.
Sobre a quantidade de estabelecimentos farmacêuticos, o crescimento foi menor, de 4,21%, passando de 95 unidades há dois anos, para 99 em 2024.
Planos – Os bragantinos também viram crescer o consumo com planos de saúde e tratamento médico dentário. No ano passado esse montante chegou a R$ 309,1 milhões e, um ano antes, R$ 260,5 milhões. Nessa área, os bragantinos desembolsaram 15,8% a mais.
Reajuste – Os preços dos medicamentos podem ter reajuste a partir da próxima terça-feira (1/4), segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os valores devem ser informados pelas farmacêuticas à CMED (Câmara de Regulação de Medicamentos) até segunda-feira, como ocorre anualmente. O valor do reajuste ainda não foi divulgado pelo CMED. No entanto, o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) sugere que o reajuste deve variar de 2,60% a 5,06%, com um reajuste médio de 3,48%.
O reajuste pode variar conforme a concorrência no mercado. Quanto maior a oferta de um determinado remédio, menor tende a ser o aumento autorizado. Isso acontece principalmente com genéricos e similares sem patente, que possuem preços mais competitivos. Já medicamentos patenteados ou com poucas alternativas disponíveis podem sofrer reajustes mais elevados.
IPC Maps – Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento.
A estimativa de consumo para este ano será conhecida no início do mês de maio, quando o estudo será divulgado em nível nacional.
O trabalho do IPC traz ainda múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setor es de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, apresenta um detalhamento de setores específicos.